Grito
Sinto a sua necessidade de me ver... Cada palavra me entra como uma facada. Um grito de VENHA! Soa como uma súplica.
Eu corro
Eu corro.
Eu grito.
Eu choro.
Eu lamento.
Eu sinto.
Eu desespero.
Eu fujo.
Eu corro da solidão;
Eu grito por um mundo melhor;
Eu choro pela falta de amor;
Eu lamento por falta de sentimentos;
Eu sinto a dor da partida;
Eu fujo pro mar, onde posso amar, somente amar por onde as ondas me levar.
Ao grito
pede-se
paciência
pega a gota
cata
escorre
sangra o peito
jazia quieto
mente que mente
ao ser errado
erroneamente
estardalhaço
mania fática
de se ilustrar
dizendo que
céu
pode ser
mar
Vinha Maria
cheia de segredos
na capela escondia
seu grito soprano
mas quem era Maria;
se não a faca e o queijo?
que corta e alimenta
os mais finos desejos
por Maria era sina
de adolescente carente
na frente da mãe
se fazia de inocente
ah, Maria, sei eu de seus planos!
a quem me recorria
como se fosse um padre
ah, Maria, sei lá dos teus sonhos!
não sou travesseiro
pra te confortar nos seus prantos
de tão pequena que era
se escondia do assunto
de querer ser grande
se jogava no mundo
sabe lá deus pr'onde
ninguém se importava
tampouco Maria
que virava passarinho
quando a vida lhe cobrava
ah, Maria
deixe de ser assim menina
o presente, agora
a vida fere
o futuro, lá longe
quem quer, conserte
pois leva tempo
pra que aprenda
certas coisas
que lhe falta tanto
Ser um amigo
É saber ouvir com o coração
É escutar o grito dentro da alma
De alguém que precisa ser percebido
É sentir com um toque de lucidez
Que a vida é breve
É saber reconhecer a falta que faz
Aquela prosa no fim do dia
Meu amigo
Me estenda a mão
Ouça o que tenho para contar
Seja meu verso
Minha história
No livro que escrevo
A saudade é a esperança
De um reencontro
De um breve recomeço
Para enfim compor uma nova poesia
Eu grito por dentro
Vida que chega em um ponto que basta
Momentos que eu não posso expressar o nada do tudo que sinto.
A dor de sentir-se perto do fim
Sentir que pouco à pouco
As coisas ao seu redor vão perdendo o gosto, a graça.
Ter medo de tudo
Ter medo de nada
Como explicar esse buraco de abismos...
Com pensamentos incorretos e indesejáveis?
Querendo saltar de um pesadelo
Fugir de si mesmo
Enfrentar a floresta sombria do caos.
Estar gritando por dentro e por fora
O silêncio do vazio oculto
E por fora não demostrar nada
Das garras do mar de estresse
Vamos se livrar?
Da janela, uma ilusão perdida
Quanto mais tentamos se distanciar
Do buraco, é que ele está lá
Onde luzes não há.
Onde o nada do viver dói
E que corrói nossos limites
Fisicamente e psicologicamente.
Me suicido em segundos de imaginações
Viver é cruel e insano
Sobreviver é uma missão.
Mas não me preocupo mais com o tédio
Ele absorve a emoção da alma
E ele sim, faz parte da vida
Queria dormir e nunca mais acordar
Viver num sonho bom, eterno e imaginável
Ou quando morrer
Virar uma estrela, quem sabe?!
Mas não, continuo vivo e sangrando
Se é que estou VIVO mesmo
ESTOU ?
O grito...
E todos os momentos, são de infindáveis reflexões, mas continua gravada na memória, aquela tempestade camuflada por véus que lamenta a falta de opção para se posicionar e soltar o grito que se mantém enclausurado, travando uma atitude de decisão.
by/erotildes vittoria
Oh vento do leste, porque levastes meu amado?
O grito estridente da saudade, angústia minha alma
Sem o encanto dos teus lábios, o brilho dos seus olhos, receio que, o espírito dá vida que em vós habita, morrerás...!
O cantar dos pássaros, o grito de alegria.
Horas de conversa "fiada".
De te chamar de querida!
Abraços longos e apertados.
Beijos, mesmo que fossem roubados.
Da insonia madrugada a fora, com a certeza que você estaria ali comigo ao romper da aurora.
Sim eu sinto falta de você e de um sorriso fácil.
Não, não quero voltar no tempo .
Quero apenas sentir tudo novamente.
Madrugadas Infindas
No silêncio estrondoso das noites
grito palavras Indizíveis,
o frio em erupção me desperta de sonhos insones.
Resquícios de saudades atrozes
tornam as madrugadas infindas.
Delírios que adormecem meus devaneios
logo despertam As dores de um amor mal vivido.
Exaurida em cada amanhecer visto cores e flores
e flutuo Nas dores.
Liberto-me das noites que me atormentam
GRITO MUDO
Por todos os caminhos
onde trilhei
Vi animais ,crianças e velhos
sentados no chão
sem janelas
sem abrigo
Com flores na mão
Passando frio
fome e
mendigando por um pedaço de pão .
Pedindo um colo ao mundo
clamando socorro aos céus
por um pouco de mais atenção.
Com os pés molhados no desalento
Os olhos bebendo o sal do sofrimento.
E nessa toada do meu grito mudo
Não existe um dia
Que não me lembre
dos tão sofridos
tão inocentes
sem vozes
sem afagos
sem telhados
sem amparos
sem esperança neste cruel mundo.
Qual o seu maior grito?
Eu me contorço
Faço curva em meu dorso
Toco de leve a natureza
Pés em riste e firmeza
Abro o peito e num sustenido
Grito ao mundo o meu gemido...
mel - ((*_*))
O GRITO DOS BRAVOS
Onde se testou nossa bravura?
Onde se esgotou a vã doçura?
Onde se expôs tanta loucura
Capaz de destilar tão vil agrura?
Não, não foi nos campos de batalha
Onde o ódio se esvai, fogo de palha
Como nos tornamos desumanos?
Tão sagrados, tão profanos.
Tão sensatos, tão insanos.
D’onde vêm os gemidos que ouço?
Ecos vindos de um frio calabouço
Nada excede a frieza e a feiura
De quem covarde aos seus dedura
Que beleza pode haver na captura?
Na verdade extraída sem lisura?
Requintes de crueldade