Grito
Sem piedade
Eu choro e berro,
Eu grito e urro feito urso.
Tudo isso por dor.
A dor de um coração magoado.
Não tem remédio.
Escuto gritos na floresta, segredos escondidos no armário.
Eu olho para meu punho, relógio parado.
O tempo parou e pensamentos maldosos.
Socorro, eu sei destruir.
Coloquei a mão sobre meus olhos, engolir corações sem piedade.
Por que eu fico julgando o mundo se eu sou igual?
Sombras, eu sinto o perigo do mal.
Espelhos quebrados para não ver minha maldade.
Socorro, eu sei magoar.
Por que eu julguei tanto você se eu não sei amar?
Pedidos de ajuda, todos pedem para ignorar.
Eu não sei o lado certo da moeda.
Raios caiam, eu mereço pagar.
Socorro, eles querem me ensinar a matar.
Matar corações que querem amar.
Nos lábios da ilusão eles querem beijar.
Socorro preciso parar e analisar.
Preciso sair deste lugar.
Tudo que tenho
nesta noite e nas mãos ...
É um grito insano
Um quarto amontoado
Um canto de solidão
Um corpo frio
Um sentimento vazio
Um poema sem razão
Uma ânsia silente
Uma saudade rasgada
e descontente
amargando o coração.
Inquietude
No silêncio da fria noite,
O grito sufocado clama por sorte!
Os anseios de melhoras são enfeites,
De um pensar desconexo da mente!
Esse grito que o sufoca,
Não é ouvido do outro lado da parede!
Ele não vê passar as horas,
O sofrimento é o seu deleite!
Como são longas essas noites...
Amanhece para todos, menos para ele.
Sentimentos que se perdem no cárcere,
Falta esperança de ver corrigido o erro!
O inocente sofre com a zombaria,
Meliantes dizem que ele está entorpecido.
Não veem futuro na sua fidalguia,
Depois que bate o cadeado está apodrecido...
Mas o grito do inocente não cessa!
Indignação que supera todo preconceito.
A missão da balança é o equilíbrio,
Mas se não lutar vai pender o seu peso.
A fria cela já não o comporta mais,
Precisa sentir a brisa das manhãs no seu rosto.
A sinfonia que o liga com a liberdade,
É a quietude da sua agora perturbada alma!
Calada da noite
Na calada da noite o silêncio assusta
Mas ouço as buzinas e sirenes
Um grito de desespero longe se escuta
Momentos nefastos nada solenes
O silêncio incomoda mas como conforta
O nada se torna muito vultoso
Nesse campo aberto uma extrema loucura
Nas folhas que caem sem cinismo
Escondo-me por medo da triste amargura
Manhã que parece não mais chegar
A noite está longa sem estrelas sem lua
Esperança em mim assim desvanece
A pergunta está sem resposta e nula
Desiludindo o simples autor
Ainda bem que existem as almas sedentas
Cantando para Deus com amor
Abri a boca para soltar um grito mudo
Liguei o chuveiro para disfarçar as lágrimas que caíam
Temperatura máxima para ver se a dor dispersava
Mas ela continuou ali
Entre soluços e arranhões
Espuma a meus pés
E meus olhos não queriam ver nada além da dor
Que me arrebenta as cordas vocais com silêncio.
Gritos de desespero que ultrapassam a barreira do som
Unhas que marcam e nem dói
No fim, desligo o chuveiro
Agarro na toalha e o espelho embaciado reflete
Não a dor que sinto mas o sorriso que se repete.
Se alguém perguntar isto nunca aconteceu.
1 - Fantasia
Fantasiei liberdade
Grito infinito sem ouvinte
Extinta corrente em meu ser
Asas abertas no céu do crepúsculo
Meu fim sem recomeço
Liberdade tem seu preço
Ecoei...
Meu grito para a lua.
Numa oração
De clamor, pelo desamor do mundo.
Pela união
Da HUMANIDADE
Pela Fé, amor e perseverança
Entre irmãos.
Metade de tudo que eu grito é silencio.
Que as palavras que eu falo não sejam repitas como prece, apenas respeitadas porque metade de mim é o que ouço e observo mas outra metade é um vulcão em erupção.
Mas metade de mim esta ficando cansada de viver nesse mundo onde todos querem se destruir.
Quero que minha loucura seja perdoada e o amor que não sou capaz de dar seja aceito.
Porque metade de mim é o que ouço e vejo mas continuo me calando mesmo estando em erupção.
E a lembrança do que fui, já se foi a algum tempo.
Não preciso do seu silencio porque estou cansada de querer ser algo que voce idealiza então tchau.
Já me acostumei em dizer "tchau".
A noite chega e com ela um grito muito distante
São as estrelas me desejando uma boa noite.
Sua missão por hoje acabou... durma em paz com o coração leve e tranquilo.
Assim desejo o mesmo aos meus amigos .
Ritmando
Samba é pro pé e no apito,
Rock é pro grito
Jazz é pra quem tem vivalma
Tango cai n’alma
Valsa é pra mulher linda
Samba-canção é pra amar a bem-vinda
Moda de viola é pra sertanejo
Marcha fúnebre é pra cortejo
Choro é um pouco de tristeza
Mas, viva o maluco beleza
Funk se dança no palanque
Bossa nova Tom ensinou pra ianque
Vanerão e pra gaúcho campestre
Baião quem inventou foi um mestre
Xote se dança e canta no nordeste
Frevo é de Olinda inconteste
Forró tem que dançar agarradinho
Gafieira se mistura samba e chorinho
Lambada é carimbó do Pará
Axé na Bahia nunca faltará
Calango é quando se faz quadras de improviso
Cateretê se bate palma e sapateia no contra piso
Maxixe se assemelha à polca tcheca, mas, não tal e qual
Pagode tem origem paulistana, no fundo do quintal
Xaxado sapateia o direito e desliza o esquerdo, ao som da zabumba
Dançar e cantar tudo isso é uma kizumba
UM GRITO PELA VIDA -(25/05/2016)
Já percorri caminhos que não me levaram a nada
E nesta estrada, resolvi voltar
Procurei achar o rumo certo
Andei por desertos, tentando me encontrar,
Pisei em espinhos, em terra quente me queimei
Saltei, pulei, corri, apressei os passos querendo chegar
E percebi, que nem sempre é de pressa que precisamos,
Devagar também se pode chegar
Senti sede, frio, em chuva me molhei,
Por muitas vezes sorri, tive medo, chorei
Sou alegria, sou choro, sou lamento, sou dor,
Sou tristeza, contentamento,
Eu sou um pouco do que o tempo me presenteou
Hoje ainda espero chegar ao meu destino,
Como menino, às vezes quero tudo de uma vez
Mas descobri que a pressa muito mal me fez
Vi que não há um porto definido, e assim caminho....
Por esta estrada, neste cenário da vida
Esquecendo as mágoas, decepções, as feridas,
Virando páginas, deixando para traz o que passou,
E em seguida, vou em frente tentando me encontrar com o amor
Entre idas e vindas
Sou assim, neste palco da vida
Já decepcionei, e também já causei dor e alegria
Fui intransigente, teimoso, desobediente,
Fiz da noite dia,
Fechei os olhos pra não querer enxergar
Que a vida é feita de decisões, deixei o tempo passar,
Levando sonhos, amores, conquistas, realizações,
E agora sou tentado a murmurar,
Gritar para mim mesmo que nada valeu a pena,
Que não adianta mais pensar
Que tudo nesta vida é ilusão,
Lamento, solidão,
Como diz o sábio Salomão
Que o homem nascido de mulher, é de poucos dias e cheio de inquietação
Se tudo tem que ser assim, por que viver?
Por que nascer?
Se uns nascem pra alegria, outros pra sofrer?
Uns para morar em palácios, outros na casinha de sapê?
Alguns vivem, com abundancia, esbanjam tudo que lhes vem às mãos,
Outros, nada tem, vivem nas calçadas, em relentos, dormem no chão
Pra muitos, a injustiça é a sua bandeira, hasteada,
Oprimem o pobre por esta estrada,
Fazem deles sua passarela, seu tapete pra pisar,
Onde esta a esperança, onde se pode encontrar?
Deus tenha misericórdia e faça tudo isso mudar.
Sim meu Deus, é em Ti que se pode encontrar,
Abrigo, esperança, direção, alento pra continuar
Por isso espero sempre que de mim te lembres
E me faças ao meu destino chegar
~~Amo do meu jeito maluco de amar, grito amor pelas janelas do tempo, de braço em braço, de boca em boca vou confirmando que não existe amor tão magnífico quanto o seu!~~
#5 – GRITO QUE TE AMO
SER FELIZ é um estado da alma feito de pequenos nadas, pelo muito que nos dizem, nos tocam, nos sensibilizam…
Não me coíbo de o expressar, nem tampouco me importa se, por isso mesmo, sou alvo de chacota.
Por isso, grito aos sete ventos que TE AMO! Um grito bem sonante, autêntico, solto, desinibido… para todo o mundo ver e ouvir que és tudo o que quero! Sim, e depois?!
Um dia construirei um castelo com as pedras… as tais que pelo caminho, vou guardando.
É isso aí!
PÁTRIA AMADA.
Nunca se ouviu o grito no Ipiranga, pois o povo não teve tenacidade de reverberar o brado retumbante. Mesmo naquela época já dormiam em berço esplêndido.
A liberdade ficou por conta apenas dos raios fulgidos. Que ainda assim, insiste em cintilar nesta Pátria.
O braço forte se tornou frágil, tão frágil que não desafiamos mais a igualdade, muito menos a morte. Pátria amada, idolatrada, mas omitida.
Brasil deixou de ser intenso e vivido, passou a ser enfermiço e a terra adoeceu. Não se vê mais a imagem do cruzeiro, homens ególatras.
Foi um gigante por sua natureza, era belo, era forte, mas sem impavidez. O futuro virou um devaneio.
Pareço que sou louca, maluca, doida.....
Simplesmente por que sinto, grito, gargalho, choro, canto, bebo, fumo, durmo, amo, odeio, vivo.
Se ser normal é ter esse maldito senso comum.
Desculpas, mas quero morrer dessa doença chamada loucura.