Grecia
DA GRÉCIA HELENA
Um dia, de noite,
Pela madrugada
Afogueada,
De lua cheia,
Eu vou raptar-te,
Ó, minha moça, sereia,
Para amar-te,
No meu castelo de areia.
Contigo, beber o vinho da loucura
Num desejo insano de ternura,
Em cama armada de dossel,
À luz da lua embriagada
Pelo sol, ao vê-la excitada,
Por um cálice de licor de mel.
Um dia, de noite,
Pela madrugada,
Sem se dar conta de nada,
Eu irei raptar-te,
Adorar-te,
Como obra de arte
Roubada,
Ó, minha moça morena,
Da Grécia, Helena,
Minha eterna e doce amada!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 17-02-2023)
Poeticamente e ironicamente, pode-se dizer que a religião da Grécia antiga é excelsa porque os deuses dessa religião permitiram ser vistos como mitos. Mesmo que de fato tenha atuado na Grécia antiga uma divindade real que fez coisas boas ou ruins que foram relatadas, olhamos para esses relatos e temos a certeza de que são sobre uma divindade não real, ou seja, possivelmente, se tivesse existido tal divindade, teria permitido que passassem a vê-la como mito.
Tróia
A vitória não foi de Tróia, nem da Grécia,
Não foi de Aquiles, nem de Heitor, nem,
de Páris nem de Helena, linda porém.
A vitória não foi de Atenas, que crescia.
Não foi de Roma, nem antes do Egito,
nem de Canaã ou de Babilónia ou da Assíria.
A vitória foi de Deus, que livrou o mundo aflito,
depois da queda de Tróia, mudou tudo assim.
Começou a falar ao mundo, pel'o povo de Israel.
Ao povo de Israel por profetas como Samuel.
Finalmente nos deu a vitória, por Jesus Cristo,
que derramou seu sangue, sem ser em vão isto.
A vitória não é das cidades antigas, nem dos reis,
mas de Deus e do seu grande e forte amor...
Que está em Jesus Cristo nosso redentor.
Que aos povos deu as do amor leis!
A batalha final será no Armagedom, contra o mal.
E em uma outra de Gog e Magog, no fim do reino milenar.
Aceitai isto vós, dos povos que me ledes, sim homens,
ouvi, vós todos, que sois de várias ordens!
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Ésquilo o grande dramaturgo da Grécia antiga, percebendo que muitas pessoas ofereciam presentes ao filósofo Sócrates, disse: Nada tenho para dar-te. Sendo assim, eu mesmo me ofereço a ti. Sócrates lhe respondeu: Eu te devolverei a ti mesmo, melhor do que tenha recebido.
Isto me fez lembrar de muitos seguidores de Jesus Cristo, que ao se entregarem a Ele se tornaram bem melhores do que eram. Eu sou um deles.
A lógica de que os mais fracos deveriam submeter-se aos mais fortes perpetua-se desde a Grécia antiga até os dias atuais, negando a humanidade dos vulneráveis e tornando teoricamente aceitável seu extermínio.
Assim, a violência perpetrada contra povos e nações que não se enquadram nos interesses das grandes potências econômicas e militares, bem como contra os residentes das periferias urbanas, muitas vezes não suscita grandes comoções, como se estes não fossem plenamente humanos.
A invocação da noção de humanidade, em muitas ocasiões, revela-se como uma mera abstração, desprovida de significado efetivo diante das realidades de marginalização e violência enfrentadas por grupos sociais historicamente excluídos.
Origem do Dia das Mães
A mais antiga comemoração do dia das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".
Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A ideia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.
"Não criei o dia das mães para ter lucro"
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todo, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.
Cravos: símbolo da maternidade
Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.
No Brasil
O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
"Oh crédula, crédula helena, em seu véu se acoita.
Tamanha pura beleza, em tão bela escultura.
Mil navios se faz lançar, mil navios irão pelejar.
Ilhas, cidades zarpam ao mar.
Seu belo rosto como a lua, do perigo deve-se livrar.
Para uma guerra apaziguar, o bem de todos suscitar.
Homens em bronze vem a pressagiar, em cinzas a urbe Homérica tornar.
O flagelo dos filhos de Apolo veras a clamar.
Cavalos rinchando e trotando para as vidas salvar.
Brasa propaga-se a incender, tal desgraça calhou sobrevir.
Alaridos a despojos, rebentos de Troia assentam-se para sempre na escuridão.
Tolhidos em grilhões, os prezados de Apolo estão, em eterna submissão, incessantes aqueus."