Grandes Pensadores
O que distingue o homem do animal é a razão; confinado no presente, lembra-se do passado e pensa no futuro: daí a sua prudência, os seus cuidados, as suas frequentes apreensões. A razão débil da mulher não participa dessas vantagens nem desses inconvenientes; sofre de uma miopia intelectual que lhe permite, por uma espécie de intuição, ver de uma maneira penetrante as coisas próximas; mas o seu horizonte é limitado, escapa-lhe o que é distante. Daí resulta que tudo quanto não é imediato, o passado e o futuro, atuam mais fracamente na mulher do que em nós: daí também a tendência muito mais freqüente para a prodigalidade, e que por vezes toca as raias da demência.
O homem é muito menos passível de ser modificado pelo mundo exterior do que se supõe. Só o tempo omnipotente exerce aqui o seu direito.
Assim como a necessidade reúne os homens espontaneamente, o tédio faz o mesmo depois que ela é removida.
Viva o Oriente! Vós deveríeis lamentar a.perda do Oriente! Se o homem podia garantir abrigo e alimentação a suas mulheres, ele não precisava mais se preocupar com elas; ele podia lutar, usar armas, ouvir os sábios; era imune à degradação representada pela submissão total de um homem valente a uma paspalhona; afinal, ele era livre, pois várias mulheres o protegiam do amor a uma única.
A glória que se tornará póstera assemelha-se a um carvalho que cresce bem lentamente a partir da sua semente; a glória fácil, efémera, assemelha-se às plantas anuais, que crescem rapidamente, e a glória falsa parece-se com a erva daninha, que nasce num piscar de olhos e que nos apressamos a arrancar.
Tudo o que se realiza em função de outra coisa é feito apenas de maneira parcial, e a verdadeira excelência só pode ser alcançada, em obras de todos os gêneros, quando elas foram produzidas em função de si mesmas e não como meios para fins ulteriores.
Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.
Tudo o que não puder contar como fez; Não o faça! Se há razões para não contar; há para não o fazer.
Descartes, Kant, Confúcio, Hume, Burke, Sartre e Hegel tinham razão: O paraíso se foi e o céu nunca foi o limite...
Correto é considerar solares a luz e a vista, mas não se deve identificá-las com o sol. Assim também a ciência e a verdade podem ser consideradas muito afins ao bem, mas nem uma nem outra idênticas a ele.
Sócrates foi o primeiro a evocar a filosofia do céu à terra, deu-lhe a cidadania nas cidades, introduziu-a também nas casas e obrigou-a a ocupar-se da vida e dos costumes, das coisas boas e das más.
Não saber o que aconteceu antes do teu nascimento seria para ti a mesma coisa que permanecer criança para sempre.
Entendo que os chefes devem reconduzir tudo a este princípio: aqueles que eles governam devem ser tão felizes quanto possível.