Grandes Pensadores

O medo é o pai da moralidade.

Há uma inocência na admiração: é a daquele a quem ainda não passou pela cabeça que também ele poderia um dia ser admirado.

Culpamos as pessoas das quais não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.

Há uma exuberância na bondade que parece ser maldade.

Não é a intensidade dos sentimentos elevados que faz os homens superiores, mas a sua duração.

Logo que comunicamos os nossos conhecimentos, deixamos de gostar deles suficientemente.

A vontade de superar um afeto não é, em última análise, senão vontade de um outro ou de vários outros afetos.

No convívio com sábios e artistas facilmente nos enganamos no sentido oposto: não é raro encontrarmos por detrás dum sábio notável um homem medíocre, e muitas vezes por detrás de um artista medíocre - um homem muito notável.

O homem é definido como um ser que evolui, como o animal é imaturo por excelência.

Todos vós, que amais o trabalho desenfreado (...), o vosso labor é maldição e desejo de esquecerdes quem sois.

Não é a força mas a constância dos bons resultados que conduz os homens à felicidade.

Quando adestramos a nossa consciência, ela beija-nos ao mesmo tempo que nos morde.

Logo que, numa inovação, nos mostram alguma coisa de antigo, ficamos sossegados.

Certos pavões escondem de todos os olhos a sua cauda - chamando a isso o seu orgulho.

No matrimônio existem apenas obrigações e alguns direitos.

Aquele que sabe mandar encontra sempre quem deva obedecer.

Deus está morto: mas, considerando o estado em que se encontra a espécie humana, talvez ainda por um milénio existirão grutas em que se mostrará a sua sombra.

Quando se amarra bem o próprio coração e se faz dele um prisioneiro, pode-se permitir ao próprio espírito muitas liberdades.

Em última análise, amam-se os nossos desejos, e não o objeto desses desejos.

O homem que vê mal vê sempre menos do que aquilo que há para ver; o homem que ouve mal ouve sempre algo mais do que aquilo que há para ouvir.