Grandes Pensadores

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Nós que defendemos outra fé, nós que consideramos a democracia não só como uma forma degenerada da organização politica, mas como uma forma decadente e diminuída da humanidade que ela reduz a mediocridade, onde colocaremos nossa esperança?

Tomadas pelo ódio, as mulheres são mais perigosas que os homens; antes de mais nada porque, uma vez despertado o seu sentimento hostil, não são freadas por nenhuma consideração de justiça, deixando o seu ódio crescer até as últimas consequências; depois porque são exercitadas em descobrir feridas (que todo homem, todo partido tem) e espicaçá-las: no que sua inteligência, aguda como punhal, presta-lhes um ótimo serviço (ao passo que os homens, vendo feridas, tornam-se contidos, são com frequência generosos e conciliadores).

Friedrich Nietzsche
100 aforismos sobre o amor e a morte. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Pode-se prometer ações, mas não sentimentos, pois estes são involuntários. Quem promete a alguém amá-lo sempre, ou odiá-lo sempre, ou ser-lhe sempre fiel, promete algo que não está em seu poder; mas...

O Diabo — o mais antigo amigo do Conhecimento
O Diabo é quem tem as perspectivas mais largas sobre Deus, por isso se distancia tanto dele; o Diabo é o amigo mais antigo do Conhecimento.

Friedrich Nietzsche
in Além do Bem e do Mal - aforismo 129.

⁠⁠Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas – assim me tornarei um daqueles que fazem belas coisas.Amor fati[amor ao destino]: seja este, doravante, o meu amor! Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja desviar o olhar! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia, apenas alguém que diz Sim!

Não foi o conflito de opiniões que tornou a história tão violenta, mas o conflito da fé nas opiniões, ou seja, das convicções.

Friedrich Nietzsche
Humano, demasiado humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

“Acaso vos aconselho o amor ao próximo? Antes vos aconselho a fuga do próximo e o amor ao remoto!”

O amor e o ódio não são cegos, mas ofuscados pelo fogo que trazem consigo.

O amor perdoa ao ser amado até o desejo.

Quando imagino uma espécie de homem que repugna a todos os meus instintos, o resultado é sempre um alemão.

A crueldade está entre as mais velhas alegrias festivas da humanidade.

O que é tão difícil para os homens compreenderem, dos mais remotos tempos até hoje, é sua ignorância sobre si mesmos!

A mais barata e mais inofensiva forma de viver é a do pensador: pois, para dizer logo o mais importante, o que ele mais necessita são justamente as coisas que os outros menosprezam e deixam de resto.

O que acontece para a árvore, acontece também para o homem. Quanto mais deseja elevar-se para as alturas e para a luz, mais vigorosamente enterra suas raízes para baixo, para o horrendo e profundo: para o mal.

Um sábio perguntava a um louco qual era o caminho da felicidade. O louco respondeu-lhe imediatamente, como alguém a quem se pergunta o caminho da cidade vizinha: 'Admira-te a ti mesmo e vive na rua'. 'Alto lá', exclamou o sábio, 'pedes demais, basta já que nos admiremos!' E o louco respondeu logo: 'Mas como admirar sem cessar se não nos desprezarmos constantemente?
(A Gaia Ciência)

A mais perigosa desaprendizagem
Começa-se por desaprender de amar os outros e termina-se por não encontrar nada mais digno de amor em si mesmo.

(do livro em PDF: 100 aforismos sobre o amor e a morte )

Julga-se que a necessidade é a causa que cria algo; mas a necessidade, na maior parte das vezes, é o efeito desse algo.

O homem do conhecimento, ao obrigar seu espírito a conhecer, contra o pendor do espírito e também, com frequência, os desejos de seu coração – isto é, a dizer Não, onde ele gostaria de aprovar, amar, adorar – atua como um artista e transfigurador da crueldade.

Cada partido compreende que interessa a sua própria conservação não permitir que se esgote o partido contrário; o mesmo ocorre com a alta política.

Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que realmente conhece.

Friedrich Nietzsche
Crepúsculo dos Ídolos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.