Grandes Pensadores

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Na verdade, se o próprio Cristo estivesse no meu caminho eu, como Nietzsche, não hesitaria em esmagá-lo como um verme.

Che Guevara
O'Donnell, Pacho. Che: El argentino que quiso cambiar el mundo (2012).

Nota: Citação atribuída a Che Guevara por Dolores Moyano Martín, amiga de infância da irmã de Che, a partir de uma entrevista com Pacho O'Donnell, realizada em 2002.

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Nietzsche dizia que no caos de nós próprios é que se originam estrelas. E eu concordo. Só deixamos sorrir, porque um dia também tivemos que chorar. Sei que muitas vezes estamos diante de situações que fogem às nossas expectativas e precisamos nos reinventar. Mas o caminho sempre existe e nos permite a chance de ver o bonito. Aproveite a sua vista. Aproveite o seu momento. Aproveite a vida. Se deixe olhar.

Torna-te quem tu és. E você, sabe quem é?

Sentença de granito de Nietzsche –

Nietzsche e Sartre, que perderam o pai quando jovens. Será que Nietzsche teria se tornado o Anticristo se o pai, um pastor luterano, não tivesse morrido quando ele era criança? Na autobiografia de Sartre, ele demonstra alívio por não precisar ter a aprovação do pai.

Você está preparado para ter sabedoria?
No livro de Friedrich Nietzsche: Assim falou Zaratustra. Em determinado momento ele compara o homem a uma árvore. Ele afirma que: Quanto mais a árvore deseja crescer para o alto e para a luz, mais vigorosamente suas raízes se mergulham no solo, na escuridão e nas profundezas para o mal.
Essa afirmação de Nietzsche, mostra o antagonismo que existe dentro de nós.
Ora, quando você toma conhecimento de algo, logo, você descobre o quão estulto era acerca daquele assunto. E talvez, o quão errado já tenha agido em relação ao fato agora aprendido.
Você somente poderá reconhecer na outra pessoa os seus próprios defeitos ou qualidades que você possui.
Para saber o que é o belo, você deve saber o que é o feio. Se a outra pessoa possui qualidades ímpares e você as reconhece, isso é um sinal de que você também possui essas qualidades.
Ninguém dá o que não tem, e ninguém enxerga o que já não tenha visto.
Quanto mais conhecimento e sabedoria tiver, maior será seu conhecimento sobre o oposto.
Pergunto: Você está preparado para ter conhecimento? Para ter sabedoria?
Quem já caminhou nas chamas conhece o calor e certamente se queimou. Este andante tem o conhecimento e a sabedoria através da vivência e da experiência.
Podemos distinguir o certo do errado, mas, vivenciar o certo e o errado, não é tarefa fácil.
Se eu lhe disser que saltar de paraquedas é uma experiência ímpar. Você pode até acreditar que sim ou que não, você pode imaginar a adrenalina, o vento em seu corpo, o vazio sob seus pés, o medo, o euforismo, enfim... Você pode apenas imaginar, terá conhecimento, mas, não terá a experiência que poderá lhe proporcionar uma sabedoria mais elevada.
Concluo dizendo com pesar que: Sim, as pessoas puras nada sabem. Os puros, não foram tocados pelas impurezas da vida, logo, são abençoados pois pouco sabem, pouco vêem.
Quanto mais conhecimento, maior será o seu sofrimento e, maior será sua sabedoria.
Pense e reflita.
Paz e bem.
Seja luz.

O eterno retorno é uma ideia misteriosa e, com elas, Nietzsche pôs muitos filósofos em dificuldades: pensar que um dia tudo vai se repetir como foi vivido e que tal repetição ainda vai se repetir indefinidamente! O que significa esse mito insensato?
O mito do eterno retorno afirma, por negação, que a vida que desaparece de uma vez por todas, que não volta mais, é semelhante a uma sombra, não tem peso, está morta por antecipação, e por mais atroz, mais bela, mais esplêndida que seja, essa atrocidade, essa beleza, esse esplendor não têm o menor sentido. Essa vida é tão importante quanto uma entre dois reinos africanos do século XIV, que não alterou em nada a face do mundo, embora trezentos mil negros tenham encontrado nela a morte depois de suplícios indescritíveis.
Será que essa guerra entre dois reinos africanos do século XIV se modifica pelo fato de se repetir um número incalculável de vezes no eterno retorno?
Sim: ela se tornará um bloco que se forma e perdura, e sua brutalidade não terá remissão.
Se a Revolução Francesa devesse se repetir eternamente, a historiografia francesa se mostraria menos orgulhosa de Robespierre. Mas como ele trata de algo que não voltará, os anos sangrentos não passam de palavras, teorias, discussões, são mais leves que uma pluma, já não provocam medo. Existe uma diferença infinita entre um Robespierre que apareceu uma só vez na história e um Robespierre que voltaria eternamente para cortar a cabeça dos franceses.
Digamos, portanto, que a ideia do eterno retorno designa uma perspectiva em que as coisas não parecem ser como nós as conhecemos: elas aparecem para nós sem a circunstância atenuante de sua fugacidade. Com efeito, essa circunstância atenuante nos impede de pronunciar qualquer veredicto. Como condenar o que é efêmero? As nuvens alaranjadas do crepúsculo douram todas as coisas com o encanto da nostalgia: até mesmo a guilhotina.
Não faz muito tempo, surpreendi-me experimentando uma sensação incrível: folheando um livro sobre Hitler, fiquei emocionado com algumas fotos dele; lembravam-me o tempo de minha infância; eu a vivi durante a guerra; diversos membros da minha família foram mortos nos campos de concentração nazistas; mas o que era a sua morte diante dessa fotografia Hitler que me lembrava um tempo passado da minha vida, um tempo que não voltaria mais?
Essa reconciliação com Hitler trai a profunda perversão, moral inerente a um mundo fundado essencialmente sobre a inexistência do retorno, pois nesse mundo tudo é perdoado por antecipação e tudo é, portanto, cinicamente permitido.

(A Insustentável Leveza do Ser)

Friedrich Nietzsche disse: 'Não posso acreditar num Deus que quer ser louvado o tempo todo'. Mas penso como pode existir alguém que não conheça um Deus tão vivo a ponto de não querer adorá-lO todo o tempo.

Nietzsche errou!

Deus não quer ser louvado a todo instante, por isso nos fez filhos e não servos. Crê-lo agora, meu caro?!

...desconheci sempre a arte de prevenir os outros contra mim...Nietzsche

"Torna-te o que és!" Nietzsche
Não seja uma aparência, não fale sobre o que não pensa, não minta sobre a ti mesmo, assim pensas que estará enganando ao teu próximo, mas não passas de um tolo enganando a ti mesmo!
Seja só você...

⁠“Tudo o que não me mata torna-me mais forte”, — disse Nietzsche, antes de morrer.
É uma frase bonita, mas não é verdade. Tudo o que não me mata na hora, vai-me matando aos bocados e devagar.
Mentiras, traições, faltas de respeito, de amor ou atitudes que comprometem o nosso bem estar — matam aos bocadinhos. Levamos tempo e vivemos auto reconstruções, para que essa ferida feche. E vamo-nos lembrando dela pela marca e pela pele, — que fica muito mais dura e forte a volta do lugar.
Vai se matando a bondade, a confiança, a honestidade e um saco cheio de coisas que nos fazem bem.
Quando nos magoam demasiado — cobrimo-nos igualmente de pele mais dura e mais forte, para que nada nos possa afectar.
Dá para se aliviar: fiquei mais forte - sim, verdade.
Mas lá no fundo, alguma coisa partiu e não é fácil de a consertar.
E, até, podes saber como e quando defender-te, se for preciso e, como também, fazer aprender. Já não te admiras nem te surpreendes pela negativa. Mas continuas a perder alguma coisa demasiado importante, cada vez que alguém te comprova que não devias confiar.
Perdes e vincas o sentimento de não poderes recuperá-lo. Algo teu, que começa e acaba na fé e na bondade.
Tornas-te mais forte, sim, mas graças às tuas outras qualidades, não graças às pessoas, nem atitudes, que contribuíram para a tua pequena revolução.
Porque tudo o que não te mata, só não te mata logo, mas, eventualmente, pode acabar por matar.
Então mais vale limitar logo as coisas e as pessoas que te vão matando aos lentos bocados, em vez de os ir deixando continuar.

A morte não significa nada para nós: quando somos, a morte ainda não chegou e quando ela chega, não somos mais.

Não pode afastar o temor que importa para aquilo a que damos importância quem não saiba qual é a natureza do universo e tenha a preocupação das fábulas míticas. Por isso não se podem gozar prazeres puros sem a ciência da natureza.

Aquele que aprecia e vive a serenidade, a deseja também nos outros!

Considerando que os pensamentos que temos quando acordados nos podem ocorrer também quando dormimos, sem que neste caso nenhum seja verdadeiro, resolvi supor que tudo o que até então encontrara acolhimento no meu espírito não era mais verdadeiro que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo em seguida, notei que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava, necessáriamente era alguma coisa. E notando esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes para a abalar.

Podemos distinguir duas espécies de cólera: uma que é muito súbita e se manifesta muito no exterior, mas mesmo assim tem pouco efeito e pode facilmente ser apaziguada; e outra que inicialmente não aparece tanto, porém corrói mais o coração e tem efeitos mais perigosos.

Os mortais são dominados por uma curiosidade tão cega que, muitas vezes, envenenam o espírito por caminhos desconhecidos, sem qualquer esperança razoável, mas unicamente para se arriscarem a encontrar o que procuram: é como se alguém, incendiado pelo desejo tão estúpido de encontrar um tesouro, vagueasse sem cessar pelas praças públicas para ver se, casualmente, encontrava algum perdido por um transeunte.

(...)

As meditações confusas obscurecem a luz natural e cegam os espíritos. Quem se acostuma a andar assim nas trevas enfraquece de tal modo a acuidade do olhar que, depois, não pode suportar a luz do pleno dia.

Inserida por gtrevisol

Há uma vitória e uma derrota a maior e a melhor das vitórias, a mais baixa e a pior das derrotas, que cada homem conquista ou sofre não pelas mãos dos outros, mas pelas próprias mãos.

⁠Não questionar é engolir a própria insignificância

A alma é pois, imortal; renasceu repetidas vezes na existência e contemplou todas as coisas existentes e por isso não há nada que ela não conheça! Não é de espantar que ela seja capaz de evocar à memória a lembrança de objetos que viu anteriormente, e que se relacionam tanto com a virtude como com as outras coisas existentes. Toda a natureza, com efeito, é uma só, é um todo orgânico, e o espírito já viu todas as coisas; logo nada impede que ao nos lembrarmos de uma coisa – o que nós, homens, chamamos de “saber” – todas as outras coisas acorram imediata e maquinalmente à nossa consciência. [...] pois sempre, toda investigação e ciência são apenas simples recordação.
A fala transcrita no texto é de Sócrates, que conversa com Mênon. Para ilustrar a teoria da reminiscência, chama um escravo e lhe pede que examine umas figuras sensíveis e , por meio de perguntas, o estimula a “lembra-se” das ideias e a descobrir uma verdade geométrica.