Grades poesias de Professor
A ESCLEROSE
Sou uma prisioneira dentro de mim,
Meu corpo é minha própria cela
E minhas grades são os meus pensamentos...
Já não reconheço minha face no espelho
E as mãos cianóticas não podem mais segurar meus sonhos.
Vivo entre grasnidos e estertores,
Embora o pulmão e a mente ainda guardem aspirações.
Meu coração é um animal selvagem,
Que entre arritmias ainda palpita por dias melhores.
Mesmo que a digestão esteja comprometida,
Não vou engolir esse sentimento de derrota e melancolia.
Mesmo cheia de sintomas, ainda cultivo uma esperança.
Uma dessas pequeninas é verdade,
Mas tão resistente, tão ectasiada,
Quanto os últimos capilares que ainda restam em meus dedos.
Essa esperança, assim como os sonhos,
São especiais, porque são para poucos.
Ela é um resultado de se saber
Que dias melhores virão,
Porque existem heróis de máscaras e aventais que lutam por mim.
E entre Raynaud e prognósticos,
Vou afastando as sombras.
E como já disse o poeta,
Não acrescento mais dias à minha vida,
Mas sim vida aos meus dias.
#GRADES
O vento da vida pôs-me aqui...
Alma, criada para amar errante...
Pássaro do aqui e agora...
Amanhã, outro horizonte...
Ah, que o tempo venha sem horas...
Sou como você me vê...
Nada há que me impeça...
Apenas sonhar...
Muito querer...
Meu destino me leva a conhecer o mundo...
Nem sempre com ele estou afinado...
Um eterno procurar...
Senda no viver...
Melhorar...
Procuro o amor em mim...
Sendo eu obra e autor...
Coloco nisso algum sentido...
Como erguer algo sem apoio...
Às vezes me afasto de tudo isso...
Mas não me entrego ao abandono...
Então de que lado é o céu...
Escolho o meu...
Minha história?
Eu que a conto...
Há dias que não tem chegado ainda...
E nas asas da esperança...
Volto a sonhar...
Me procuro nas veredas...
Porque não seja agora a minha hora...
Meu limite...
Essa estrada...
Sabe-se aonde vai dar...
A luz que agora vejo...
Ilumina os olhos meus...
Tal qual já fui espelho quebrado...
Hoje cura meu peito ferido e aberto...
Rompi as grades de ferro...
Cá mais não me encontro...
Sem estar comigo...
Ponho-me liberto...
Desse confinamento...
Chamado mundo.
Sandro Paschoal Nogueira
"Paro e observo a janela com grades enferrujadas, ela desencadeia um daqueles filmes mentais. Era formado de imagens congeladas e por puro instinto desviei o olhar... Se alguém me encarasse naquele momento, veria minha alma se contorcendo. Dessa vez não estava apenas quebrada, tinha sido reduzida a partículas e temo ser levada pelo vento...
A esperança se apunhalou na minha frente no meio da rua, cada poste foi se apagando um por um, me deixando na completa escuridão de uma floresta.
Eu corri, mas fui derrubada por carvalhos de questionamentos, perfurada por galhos de dúvidas. Lágrimas silenciosas escorriam por mim, me afogando. Fiquei perdida em meio a lembranças insuportáveis, sabendo que aquela agonia era o divertimento de alguém.
Então vi um caminho seguro, era o colete salva-vidas naquele mar de sofrimento. Não ouvia mais o eco rouco e cansado da minha voz, era um tom suave trazendo respostas. Era esperança e alívio para meu corpo abatido. Melhor do que ser presenteada com a morte, era receber a vida que Ele me oferecia."
O caráter da realidade.
Um jogo.
Um preâmbulo.
Presas, caças.
Grades da mente.
Vítima.
Inocência.
Nem sempre.
A fraqueza gera culpa.
A carne.
A imprudência.
Insensatez.
Enganoso coração.
Bicho escroto.
Homem, homem.
A cura.
A esperança.
A porta.
A sanfona da vida.
Vai e volta .
Abre e fecha.
E a dor continua.
E a confusão.
E a mentira.
O engano.
Novamente.
Presas, caças.
Grades mentais.
Dor.
Escuridão.
Medo.
Covardia.
Onde estarás a porta do céu.
A capacidade cega.
A chave não abre.
A esperança perde força.
Sozinho.
Cru.
A caixa preta aberta ao público.
O poder domina.
Manipula.
Domina.
Propõe sofrimento.
E a chave da vida.
Confessando.
Sem luz.
Sem domínio.
Sem equilíbrio.
O clamor.
A súplica.
A humilhação.
Não adianta.
O cemitério dos vivos é barulhento.
O ranger das emoções.
A entrega.
Vendo.
Fazendo.
Dizendo.
Rendo me.
A febre é forte.
Sinto cheiro de morte.
Sem conhecer a salvação.
Aprisionado na cela do engano, da manipulação.
Muita dor e muito corte.
Morri.
Desisti.
Da vida.
De mim.
Giovane Silva Santos
Pandemia
Preso sem grades, sorrisos vendados.
O mundo mudou, o medo reinou.
Não posso senti-la, não devo beijá-la.
Sou um refém, não sou bandido.
Um Rei sem a sua Rainha.
Coração de um leão.
Sou coragem, paciência, cuidado e família.
Sou esperança, não estou sozinho.
Eu sou o pássaro que escolheu permanecer na gaiola aberta.
Sou o tubarão que se recusa a ir ao mar.
Tranquei todas as portas, mas as chaves estão todas lá!
Poupei meus amigos, nunca os esqueci!
Meu amor está em mim, não está comigo!
Sou o elefante esquecido.
A tartaruga que não sai do casco.
O escudo da família, sou resistência, eu sou essencial!
E assim, serei! Até o fim do abominável invisível.
Até que possamos ser eu e você novamente!
Meu amor, minha alegria, meu tudo!
O invisível pode até nos manter mascarados e distantes,
mas, nosso amor há de saber, que não irá transparecer.
E assim que estiver segura, meu coração será sua criatura.
E o seu ficará para sempre confortável, quente e seguro.
“O olhar egoísta, o pensamento intransigente, os lábios ignorantes são grades que aprisiona a felicidade.”
Giovane Silva Santos
Ser como o Vento,
É ser poesia,
Escrita em qualquer lugar...
Mesmo que tenha grades,
Tem asas, pode voar!
Eles quiseram tudo,
Nós quisemos o justo,
Eles se agarraram às grades,
Nós, nos tornamos horizontes.
Em cadeias te busco ó Leão de Judá.
Entre as feras que me cercam nesta floresta de grades, eu vejo feras de todos os tipos, com olhares famintos, e sedentos por sangue, é como presa viva, cada um aqui, nesta floresta, vejo os guardas florestais, fazendo ronda e nada se importando com a injustiça da selva, ah o Rei da floresta nesta noite, que não amanhece, a o Leão justo que desceu dos céus, para me libertar da minha transgressão, só eu, só eu mesmo sou culpado dos meus atos terríveis, mais é a ti ó Senhor dos Exércitos, que me apego ferozmente, rasgo e devoro sua palavra, todos os dias, para me alimentar desta terrível tortura e fome espiritual, nesta sela de grades, eu me faço de cego, de mudo e de surdo quase sempre, para um dia ir permanecer para todo o sempre em sua companhia, oh bravo e vitorioso Leão de Judá.
Poesias Líricas ao Rei Jesus
Existem grades que seguram suas escolhas.
Outras que foram postas por escolhas.
Mas existe uma escolha,
liberte se!
Mais fé no rumo
me relacionando com a verdade.
Achei a chave pra vida
e me libertei das grades.
Aprendi a ser ligeiro fiquei mais sagaz
Não escuto oque ce diz
Observo oque ce faz
Entre Grades e Sonhos
Perco-te aos poucos, amor meu,
Em cada suspiro, em cada adeus.
Teus passos se afastam, tão lentamente,
Como a brisa que escapa entre meus dedos.
O que fazer, quando o coração se parte,
Quando as noites são longas e frias?
Perdido entre grades de incerteza,
Sonho com dias de alegria.
Ato IV: A Queda do Justo
O ferro frio das grades ao redor,
Mas são minhas mãos que forjaram essas correntes.
Fui eu, juiz de sombras,
Aquele que se tornou prisioneiro de si.
Caminhei com a certeza do justo,
Mas meu coração carregava a dúvida.
E agora, o eco da culpa me consome,
Uma maré de lembranças, um rio de vergonha.
Ó céus, onde está a redenção,
Quando as mãos que julgam são impuras?
A inocência que condenei vive em mim,
E a morte dela é o fim do meu espírito."*
Nós somos as vozes do tempo,
Eternamente a espreitar no vento.
Julgas que o esquecimento virá,
Mas a alma carrega o peso das eras.
Vem, Johann, ouves o sussurro do vento?
Vem, caminhas na trilha dos condenados.
O destino nos une outra vez,
Mas desta vez, é a tua alma que será julgada.
Anneliese... teu nome ecoa em meu coração,
Tua sombra me segue, tua voz me chama,
Mas que redenção há para um homem perdido,
Quando a própria noite o abraça em silêncio?
Caminho pelo vale da morte,
E tu és a luz que não posso alcançar.
A justiça, um sonho destruído,
E agora, sou apenas um fragmento de escuridão.
"Fui o escultor de minha própria ruína, crente na justiça que agora me condena, e na escuridão que me abraça, percebo que a maior sentença é viver sem redenção."
CIÊNCIA
Os grades filósofos desvendaram,
dos olhares humanos literários,
A escola jônica, pitagórica e de Eleia
das origens à natureza,
nem artistas e nem sábios,
homens que serviram,
nomes que inspiraram.
-
Torvic In: aprendiz de Revezz: "The human Hand".
Dicotomia - Anestesia da Alma
Somos Animais capturados pela cultura, nos debatendo em grades, nos encarcerando em busca de segurança.
A dor maior é apostar nessa racionalidade, ao invés de nos aliar a nossa natureza interior.
Nossos instintos essenciais sao anestesiados, para sobrevivermos em um sistema que nos escraviza.
Nossa alma grita e pede socorro. O mundo implora, Salve-me!
Diante de uma janela
com grades na frente,
penso numa liberdade reprimida,
onde, pelo menos, é possível
apreciar a paisagem
enquanto a necessidade de voar
não é, finalmente, suprida.
PRISÃO QUE NÃO SE VÊ
Antes de te encontrar
tenho que me livrar
das grades que me aprisionam
tenho que estar pronta
para quebrar o espelho
e me libertar da sua imagem
do seu fascínio
do poder que você
exerce sobre mim.
Eu não quero a loucura de uma prisão sem grades e não quero viver a ilusão de que o amor é terreno infértil.
Quero é sentir a brisa do vento que vem sem destino e fazer o meu.
Nildinha Freitas
Lua
Grades, redes ou telas
Abertas encontram-se as janelas
Do lado de dentro
Solidão ou movimento
Enquanto a sua silhueta entorpece
A sua magia é uma linda prece
Nova ou Minguante
Cheia ou Crescente
Suas fases penetram as emoções
Tocam a alma e os corações
Podem trazer vazio e saudade
Mas também despertam o sonho da felicidade
Moon, Lua ou Luna
Contemplá-la é multiplicar fortuna
Seu brilho estonteante em prata
Traduz a sua imponência magnata
Através do olhar, tudo nela é muito belo
Daqui sinto-me a rainha deste feiticeiro Castelo
Tenho as Estrelas como elo.
Pensar é premeditar fantasias e realizar energias.
A prisão não são as grades,
as vezes você pode ser livre e preso dentro de você mesmo.
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