Graça
A curiosidade leva à descobertas. As descobertas levam ao conhecimento. O conhecimento estimula novas curiosidades e, consequentemente, à novas descobertas. Neste infindável ciclo, no mínimo, nos tornamos mais maduros e ampliamos a nossa capacidade de lidar com a vida e com as nossas relações. Então, permita-se desbravar novos horizontes, tudo, sempre, é aprendizado.
Um dia a gente amadurece a ponto de entendermos a diferença entre terem cuidado conosco e terem o controle sobre nós. Passamos a diferenciar o amor da posse e descobrimos que para "sermos" não dependemos do "termos", pois tudo que precisamos para a nossa identidade está disponível na alma. Passamos a nos certificar que para sonhar não existem regras, idade, nem tema basta-nos o desejo, e que para realizar qualquer coisa na vida a vontade é pouco, precisamos acreditar na nossa capacidade e investirmos muita dedicação.
Um dia a gente amadurece ao ponto de entendermos que não entender nada também faz parte do nosso autoconhecimento e que descobrir-se um eterno aprendiz na arte de recomeçar a entender tudo que, supostamente, já foi compreendido é de uma sabedoria elevadíssima.
Um dia a gente amadurece e descobre o quão recém-nascidos somos.
Toda forma de resistência causa algum tipo de dor, cansaço, desconforto, até mesmo dúvida quanto à importância e/ou necessidade da própria resistência. Resista se for a saída, mas tenha em mente que em algum momento haverá uma consequência, seja externa, em geral, de imediato, ou no seu íntimo, sem data marcada, normalmente tarde demais para reverter.
Pouco adianta tentarmos preservar alguns valores que funcionaram bem em gerações passadas se a sociedade não é mais a mesma e os seus novos valores não são compatíveis com o propósito da boa convivência. A evolução é sempre bem- vinda, a adaptação à ela é fundamental, o respeito é essencial, mas, pergunto - precisava tanta falta de educação, tanta falta de consciência social e de desprezo pelos valores que, por natureza, sempre contribuíram, positivamente, com a harmonização nas relações? Será, mesmo, que a evolução precisa estar atrelada à degradação do comportamento humano?
Sim, ando nostálgica, mas, igualmente, frustrada com o mundo que sonhei ser muito melhor nesta fase da minha vida. Até é, em alguns muitos aspectos, mas todos estão interligados às questões materiais, não aos valores que aprendi a valorizar por serem mais humanizados.
A sua presença no mundo será um bem de grande alcance social quando tu se dispuseres a viver a sua vida por você e para você próprio, desta forma serás feliz consigo mesmo e este bem estar se refletirá na sua atitude e posicionamento no mundo influenciando, com extrema naturalidade, na seleção de pessoas afins facilitando a aproximação de gente de verdade para compartilhares esta sua tão preciosa vida e não de robôs ou sugadores de energia, quando tu precisarás redobrar o cuidado contigo.
Sabemos quando um relacionamento afetivo valeu à pena e acrescentou de forma positiva às nossas vidas quando, na separação, levamos o melhor do outro e deixamos o melhor de nós
Ser de fácil leitura é declarar-se incompetente na arte de surpreender, apesar do silêncio das omissões.
Por medo de perder o que já foi conquistado, muitos de nós não temos coragem de aceitar o desafio de novas conquistas. A insegurança nos impede de vivenciarmos experiências passíveis de agregar valor ao que já está estabelecido como um bem pra nossa vida, então nos acomodamos nas almofadas do conformismo dispensando novas sensações. Um direito que merece respeito.
Mude. Mudanças podem ser saudáveis, mas mude sem se descaracterizar, pois do contrário, na sequência, tudo perderá o sentido, e nada mais se justificará.
Se você compartilha do entendimento de que o corpo é a morada da alma procure ser coerente no trato desta edificação divina. Não há mal em buscar ter prazer na carne, mas temos que ser os primeiros a respeita-la.
... e tudo que você organiza no coração, com a mente tomada pela luz do dia e da razão, vem a noite e, indelicadamente, revira tudo de novo. Seria um serviço mal feito da razão ou um controle, do coração, fragilizado pela insubordinação dos sentimentos frente às ordens frias da massa cinzenta?
Não quero uma vida, aqui no azul debaixo, pautada no eterno, uma vez que sou ciente de que não sou eterna na vida. Quero muitas e longas experiências provisórias, porque são elas que me preparam para a vida que ainda tenho que viver antes da vida no azul de cima.
Feliz daquele que cultiva um sonho, pois sua alma mantém-se fortalecida e nunca fica sem combustível na estrada da esperança, nessa viagem pela vida.
O excesso de "politicamente correto" na sociedade está, além de chato, prejudicial, pois está propagando a omissão como sinônimo de elevação do espírito.
Aos quinze e vinte anos a gente acha que tem resposta pra tudo, mais tarde descobrimos que sequer havíamos entendido a pergunta, e mais tarde ainda percebemos que não entendemos nada da vida e optamos por aceitar tudo porque constatamos que não adquirimos sabedoria ou moral para respondermos sobre o que nós mesmos não nos preocupamos em aprender quando o Tempo, o tempo inteiro, tentava nos ensinar com as nossas experiências e com os acontecimentos à nossa volta, pois estávamos mais ocupados em viver intensamente e responder o conveniente para o momento do que entendermos o verdadeiro processo da vida, o seu sentido real. Tarde demais para voltarmos atrás. Resignação e reencarnação é o que, em geral, passa a nos resta na idade supostamente madura, bem como nos convencer que vivemos mais um Tempo perdido.
É muito fácil para o homem ser um grande parceiro da mulher na velhice depois que foi um grande galinha na juventude do casamento.
Peço a Deus que as crianças consigam, desde a mais tenra idade, ter a percepção que trilhar o caminho do bem não só é o caminho mais difícil, mas que trata-se do único caminho para o alcance da verdadeira paz do espírito humano, e que não deixem para descobrir esta afirmativa quando adultos, porque esta paz já estará comprometida mesmo que o arrependimento venha imediatamente após ao mal cometido, pois ainda assim a sua paz, se esta conseguir se instalar na sua consciência, nunca será idônea.
Mulheres doçura demais numa relação afetiva é chatice e também pode causar separação, porque não há homem que aguente, com satisfação plena, melação eternamente, e na melhor das hipóteses este opta por procurar a companhia de umas "salgadinhas" fora de casa para variar e degustar com uma bebidinha relaxante, e assim garantir a saúde emocional através de uma boa e diferenciada nutrição para melhor poder encarar a overdose de mel ao voltar para a colmeia, ou para usar a sua abelha como glicose na recuperação do fígado maltratado pelo prazer. Fato é que há homens que preferem minimizar os efeitos do diabetes, desenvolvido no ambiente doméstico, adquirindo uma pressão alta fora de casa.
Mas este é um assunto que ninguém gosta muito de tocar, pois soa a intriga, grosseria ou destruição de sonho, porque o politicamente correto é incentivar o método "infalível" do banho de açúcar na relação, mas quando algo dá errado a abelha que se dane, depois, com a invasão das formigas.
O mundo está cheio de "psicólogos" sociais que não conseguem administrar as próprias emoções e instabilidades, porém sabem como ninguém indicar a fórmula para que o outro possa agir sabiamente na mesma situação. O mundo está cheio de "psicólogos" sociais com comportamentos diferentes dos que consideram o ideal nas várias experiências da vida de um ser humano, bem como está cheio de "psicólogos" sociais palestrantes sobre os questionamentos existenciais da humanidade, mas mal sabem as respostas das suas próprias insatisfações e perturbações. Ah, como há "psicólogos" sociais perfeitos, equilibrados, amigos, complacentes, com a alma humanizada e bem resolvidos nas redes sociais, pena que sem se dedicarem a uma religião, para que tenham um suporte psíquico, sequer conseguem conviver com os seus íntimos nem com eles próprios, e precisam, fundamentalmente, evitar de olhar no espelho da consciência. Talvez, nesta sociedade, seja preciso haver mais trabalhadores braçais, uma espécie de gari, que estejam dispostos a serem coroados como ignorantes e à margem da conveniência para identificarem o lixo social que está sendo jogado na vida comum, recolher os itens passíveis de transformação e ousar expô-los à reciclagem numa tentativa de salvar o meio interior dos futuros ambientes. Eu procuro, sempre que possível, selecionar e doar o meu lixo, porque tenho total consciência emocional que não me incluo, estando envolvida com uma religião ou não, na categoria de pessoas que acreditam ter um espírito biodegradável e que não prejudicam o meio, pois a vida os absorve no fluir de suas bacterianas purezas e caridades.
Salvemos o Planeta, enquanto há Tempo, reconhecendo-nos produtores, em potencial, de lixo moral que precisa urgentemente ser, não reciclado, mas exterminado se quisermos fazer parte do verdadeiro processo de evolução da espécie e deixarmos qualidade humana para o próximo milênio.