Governo
Como não há um momento único – nenhum golpe, declaração de lei marcial ou suspensão da Constituição – em que o regime obviamente “ultrapassa o limite” para a ditadura, nada é capaz de disparar os dispositivos de alarme da sociedade. Aqueles que denunciam os abusos do governo podem ser descartados como exagerados ou falsos alarmistas. A erosão da democracia é, para muitos, quase imperceptível.
O Político Não é Meu, O Político Não é Seu
O político não me pertence
O político não lhe pertence.
O político não é meu
O político não é seu.
Abre a mente!
Ele sabe falar,
Ele tem lábia,
Ele nos enrola
Na fala.
Estamos cegos.
Precisamos acordar!
O político não é meu
O político não é seu.
O político não lhe pertence
O político não me pertentece.
Ele faz e nos enrola,
Ele não faz e nos enrola.
Política partidária
É jogo de xadrez,
Somos piões nessa
História, a briga
É entre gigantes.
O político não é meu
O político não é seu.
O político não me pertence
O político não lhe pertence.
Nesse jogo somos
Marionetes,
Conduzido pelo Estado,
Massacrados pelo sistema.
O político não é meu
O político não é seu.
O político não me pertence
O político não lhe pertence.
A sociedade em si é autonoma,
Controlada pelo sistema.
O político não é meu
O político não é seu.
O político não me pertence
O político não lhe pertence.
Por que não desconstruir
Essa farça?
Brasileiro: Um povo doutrinado por anos, que se espanta com a mudança. Mesmo votando certo, julga errado! Povo doente, sem mente e sem personalidade.
As cobras têm uma facilidade incrível para se adaptar a ambientes e se esconder quando lhes convêm. Ficam à beira de rios, nas pedras, em árvores e sob rochas. E, às vezes, ocupam palácios.
Para levar um país ao empobrecimento, há doentes morais e parasitas do erário; para defender seu povo e mudar a história, há homens de Estado.
GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA
Essa nação que só tem coração
Não têm olhos nem têm ouvidos
Mal se compadecem pelo seu cidadão
Sofrendo e chorando morrendo aos gritos
Ouve-se, então, um pedido de socorro
Lapidado no tom de uma voz pueril
Do fundo da garganta de um corpo febril
Mas ninguém pára, ninguém quer, ninguém vem ajudar,
estão todos ocupados pra se preocupar
E de pouco em pouco morrem os nossos cidadãos
Manchados de sangue sem justiça nas mãos
Homens que traçam seu próprio destino
Com tempo e suor verdadeiros artesãos
Infelizmente permanecem reclusos
Escondidos nas sombras de seus desvãos
Queria eu poder sonhar com a revolta do pião
A quebra do tabuleiro e o fim da disputa
Nem branco nem preto, nem cutia nem gavião
Nem rico nem pobre, nem cético nem cristão
Apenas pessoas, frutos do mesmo embrião
Mas com esse jeitinho brasileiro
Que é quente no frio e frio no verão
Tanto pode ser ruim como também pode ser bão
Que ajuda seu josé mas prejudica seu João
Que esconde os erros embaixo do colchão
Esse jeitinho brasileiro
Que temo que seja nossa problema
mas também nossa solução
Nada hai de mudar por ele senão
Até lá, vejo fome surgir e corrupção se espichar
O povo que come milho se debulhar
Que engole verdade sem questionar
Que ve os estragos sem se assanhar
De nada adianta “Deixa pra lá”
Afinal, se não for futebol, samba e novela
Nem é brasil, só mais uma remela
Pois eu lhe digo: tenha muita cautela
Limpe seu olho e acenda essa vela
Cuidado pra não ser pego pela própria rela
Pássaro de asa cortada é prisioneiro de sua própria cela
Aquele que se conforma é barco sem manivela
Vive pra ser guiado sem direito a sua tutela.
O poder do Direito tem que estar acima do direito do Poder, e o dever do Poder, abaixo do poder do dever.
A Constituição brasileira foi feita apenas para constar, para constatar, para conspirar, e não para constituir...
Reflita: O fato é, somos nós os responsáveis por quem nos governa, então, temos no poder quem merecemos...
Substituir a tal da elite opressora, por um ditador opressor, não resolve o problema, e historicamente até piora, e muito.
Não existe prosperidade num regime comunista, porque não existe ditador que não seja ganancioso e egocêntrico, coisa de ser-humano.
Se tivesse lido um pouco mais, se tivesse estudado, se não tivesse cortado a fila da merenda, se tivesse devolvido o troco que recebeu errado do motorista, se não tivesse jogado papel de bala no chão, achando que estava contribuindo com o “emprego” do varredor de rua, se não tivesse vendido o seu voto, talvez o gigante não estivesse tão enfurecido com o governo que tem, talvez não estivesse pagando caro para se manter no poder, talvez não estivesse com tantos problemas de saúde, educação, lazer, transporte público, meio ambiente, etc.