Goulart

Cerca de 625 frases e pensamentos: Goulart

⁠Suposta culpa

Coração!
Falta lhe discernimento para escolher
Para qual sentimento abrirá a porta
Sem que este seja o vilão
Que ao final te fará sofrer.
Coração!
Não se engane mais
Embebedar-se nas paixões
Só aumentará elas: as emoções
Entorpecentes intensos e fatais.
Coração!
Pobre coração!
Conspiraram contra ti há muito tempo
Pela força do seu grande talento
Em ser senhor da pulsação.
Talvez intuíram: se pode o sangue bombear,
Fazendo a vida se revigorar
Por quê não ser os batimentos
Uma maneira também de afirmar?
Coração!
Quem será ter sido o vilão?
A pista? Ele se tornou notório
Pois cheio da razão
Olhou para baixo e pensou:
Meu perfeito bode expiatório!

Inserida por goulart_esdras

⁠A matemática do Ser

O mundo não é uma função matemática,
E nem as pessoas, equações!

Produto final sequer cabe aqui!

Apesar da influência do conjunto universo,
Que nos fazem tendenciarmos,
Decompondo uns aos outros
Para que em múltiplos subconjuntos possamos,
Ver quem contém ou está contido
E assim, um critério lógico utilizarmos.

O diálogo nos desafia a compreender
Que sob a luz do coração,
O resultado é apenas o ter.

Mas o humano é ser!
E Ser Humano
Se dá somente pela demonstração.

Inserida por goulart_esdras

⁠Quem construiu o muro

De um lado gritam
Do outro também,
Entre eles um muro...
Nada mais além!

Uns esbravejam dali
Alguns acusam de lá,
E os dedos esticados a frente
Entre ambos os lados estavam a apontar.

Porém era só o muro que via
Somente este que ouvia,
E até de vez em quando sentia
Punhos cerrados, a lhe lançar!

Ânimos ficaram exaltados
Por tanto tempo, e então,
Certo dia o que no meio havia
Ruiu e se despedaçou no chão.

Os dois lados finalmente se encontram
Se entreolham, e iniciam um enfrentamento,
Começam a correr em um ar de guerra
Mas algo acontece neste momento...

Tropeços e mais tropeços nos tijolos
Alguém olha para o chão,
Assustado, vê espalhado que:
O muro não era qualquer construção!

Todos cessam a briga e percebem
Os tijolos eram parte deles também!
Alguém que resolveu não participar da escolha
E excluído virou um ninguém!

- Por isso que o muro era tão alto?
A maioria não queria confusão
Afinal escolher um lado,
Implica do outro, explícita exclusão!

E a medida que a intolerância avançou
Os opostos trataram de se separarem,
A extrema direita se formou,
A esquerda, longe trataram de se
posicionarem.

Porém, ficaram ao meio
Aqueles que não tinham objeção,
E estranharam o sentido de: como um todo
Possa se repartir e ainda assim ser São?

E estando estes unidos
Decidiram dos outros cuidarem:
Unindo se em uma estrutura sólida
Impedindo os dois lados de se machucarem.

Foram sábios guerreiros
E o silêncio decidiram usar
Arma contra a ausência de compreensão:
Qual o motivo de se guerrear?

Mas quando os divididos perceberam
Já era tarde demais,
O muro imóvel que de certa forma lutava
Agora se espalhou junto aos tais!

Se soa como ironia
Pode acreditar que não é só impressão,
Eles se perguntaram e não souberam responder:
- Este muro, quem fez a construção!?

Inserida por goulart_esdras

⁠A viagem do novo mundo

Quer conhecer o mundo?
Mas não tem dinheiro pra passagem?
Vou te explicar uma maneira
De sem custo algum, realizar a tua viagem.

Experimente se dirigir a alguém
E dê aquele sorriso,
Verá na face deste
Um imenso paraíso.

Inúmeras cidades de músculos
Cheias de ruas de expressões,
Que a conversa será o seu carro
Para visitar possíveis emoções.

Talvez no meio do caminho
Você sinta o vento do abraço,
Aumentando a vontade de esticar o tempo
Colocando neste, cada vez mais espaço.

Estando no fim do trajeto
Já bem de tarde,
Poderá sobre a ponte da empatia
Desfrutar do pôr do sol da amizade.

Se gostar do passeio
Ressalto que não há mapas
Caso outros trajetos desejar fazer,
Pois encontrar a localização
Faz a parte do pacote de aventuras
Para você espairecer.

Inserida por goulart_esdras

⁠A atração do silêncio

Escutei o silêncio durante algum tempo,
Me vi envolvido em um absoluto nada.

Mas de nada virou tudo!
Já que esse tudo era tão escuro!

E da inércia da minha observação,
Senti ... Há aqui uma forte atração!

Revolvido, estou sendo, pela força de um horizonte de eventos,
Não encontro mais gravitação própria!

Buraco negro da existência
Sabia desta forte pulsão:
De buscar no Ser o tudo
E do tudo não ser mais não!

Inserida por goulart_esdras

⁠A mente

Gosto da mente ...

Onde toda a razão,
Se ergue de repente.

Onde o intelecto,
Exibido é, com a gente.

Conclusões?
Brotam rapidamente.

Pensamentos?
Vão do passado ao mais recente.

Tenta até sufocar,
O que a emoção sente.

Da tentativa de explicar,
Faz deste belo mistério um presente!

Inserida por goulart_esdras

⁠Despretensioso ouroborus

Olhando para o céu
Desejei ser passarinho
Livre, leve a planar
Dançando no ar, o seu caminho.

Agora que sou:

Desejei ser o vento
Para a força dele sentir
Incrível é como ele me sustenta
Se é assim no agora, imagina no porvir?

Agora que sou:

Desejei ser o céu azul
Pomposo em toda a sua imensidão
Vagando por ele logo penso:
Se fosse eu, quantas cores não existirão?

Agora que sou:

Desejei ser o sol
Poderoso e brilhante desde o amanhecer
Se como céu já contemplo, uma visão de tudo na terra
O espaço será lugar, muito melhor para ver.

Agora que sou:

Por um tempo fiquei admirado
Mas depois o tédio me tomou
Mesmo no privilégio do poder
A solidão me abraçou.

Distante da terra
Me sinto tão sozinho
Olhando-a falei:
Desejei ser eu, agora, quando desejava ser um passarinho!

Inserida por goulart_esdras

⁠A virtude da convergência

Estaríamos nós
Em uma polêmica convergência?
Onde a virtude saltou da filosofia
Se tornando assim resistência?

O combate é contra a realidade
Que, dura, sempre foi em sua feição,
Nua e desprovida de camadas
Para cobrir, indesejável imperfeição.

Mas então viu se, de que adianta guerrear?
Entre duas forças com grande potencial?
Façamos a escolha de uma, para a outra sobrepor
Que maravilhoso mundo virtual!

Inserida por goulart_esdras

⁠Da bifurcação à escolha

E pra todo sentimento
Há razão!
E em toda companhia
Solidão!

E pra toda alegria
Há tristeza!
E em toda feiura
Beleza!

E pra todo perdão
Há indiferença!
E em toda convicção
Descrença!

E pra toda bonança
Há migalhas!
E em toda segurança
Falhas!

E pra todo amor
Há ódio!
E em todo fracasso
Pódio!

E pra toda a vida
Há morte!
E em todo o azar
Sorte!

E pra todo ânimo
Há preguiça!
E em todo o escárnio
Justiça!

E pra todo medo
Há coragem!
E em toda ruína
Paisagem!

E pra todo o fim
Há um começo!
E em todo lado
Avesso!

E pra cada situação
Há uma perspectiva!
Talvez você veja o caos
Uma natural reação ativa.

Porém, caso se veja
Como um bravo jogador,
Caos transforma em desafio
Agregando na experiência, valor!

Há para tudo duas vertentes
Uma é bem, outra é mal,
Crie um perfume do equilíbrio:
Do segundo extraia o odor,
Junte-se ao primeiro...
Nascerá daí, uma fragrância especial!

Inserida por goulart_esdras

⁠A mar

Há repentes
Que só UM abraço pode amortecer
Há suspenses
Que só UM beijo é capaz de o medo desprender
E aprender:
- Tem razão
É o Coração ...
Só sentir!
(Se despir)
Agora, nua está a voz interior
Reprimir o recato de tentar
Esconder este sentimento que dança sem parar
Avivar UMA vez a vontade!
Puxar para si a Verdade
E conduzi-la pelo salão da fantasia
Sentir na proximidade e no ritmo, a maresia.
- Já vem uma onda!
Pés quase que plantados na areia
Secos, por muito tempo, esperaram apontar para uma sereia
A beira:
esperança corria sem parar
UM dia
chega perto da água
- Já vem uma onda!
Deságua sobre os seus pés
Molhados
Acalentados
Maré me acorda
Parece querer se expressar
Coração já se sente em casa:
-Aqui já esperei e quero ficar
Como é lindo a mar!

Inserida por goulart_esdras

⁠Os dois viajantes

Um dia estava o tempo
Pela estrada a caminhar,
Quando avistou um viajante
Que em sua direção estava a trilhar.

Então, aos poucos foram
Se aproximando devagar,
Entreolharam-se por alguns instantes
E depois puseram a se cumprimentar.

Perguntou logo o tempo
Quem era o viajante, naquela estrada esquecida,
Este mesmo então se apresentou
Muito prazer, eu sou a vida.

Sou alguém, que sempre anda
Procurando assim cuidar,
Destas cordas finas, e sensíveis
Que neste violão, estão a se preservar.

Olhou então o tempo
Nas mãos do viajante,
Que carregava um instrumento
Um violão diferente e elegante.

Este tinha muitas cordas
E cada uma era de um jeito,
Com cores e espessura variadas
Era simplesmente perfeito.

É um belo instrumento
Admirado estou bastante,
Eu gosto tanto de música
Poderia tocar algo interessante?

A vida logo de repente
O seu semblante mudou,
E com um ar de tristeza
Ao tempo então explicou.

Meu caro peço desculpas
Parece difícil de imaginar,
Mas este lindo violão
Eu não consigo tocar.

Pois ele é especial
Tento entender seu funcionamento,
As cordas se replicam, e desaparecem
E alternam-se a todo momento.

Desta forma, não é possível
Um som qualquer, entoar,
Quando estou tocando, por exemplo
A corda que quero, some no ar.

Outras vezes, se faço então
A corda com os dedos vibrar,
A mesma que produz um tom
De uma hora pra outra, o faz modificar.

Assim, o tempo ouviu
De forma atenta, o viajante,
E ao pensar por um momento
Teve uma ideia empolgante.

E ao olhar o instrumento
Como que por intuição,
Deduziu por entre as várias cordas
A qual iria iniciar uma canção.

Fez à vida uma proposta
Vamos um teste fazer?
Você faz vibrar as cordas
Que eu apontar e dizer.

A vida por um instante
Achou a ideia diferente,
Aceitou o pedido do tempo
E ficou esperançosa, e sorridente.

E aconteceu, que maravilha!
Um momento muito importante,
Onde a vida e o tempo
Fizeram tocar uma música emocionante.

O tempo com o seu dom
As cordas do instrumento, examinava
Escolhendo a próxima corda
Que a vida então tocava.

A música que entoou
Por eles não era conhecida,
E ao coração dos dois tocou
O tempo, e também a vida.

E assim, a partir de então
Deste encontro a se realizar,
O tempo e a vida passaram
A sempre juntos caminhar.

E logo laços de união
Entre estes dois formaram,
E de dois estranhos
Irmãos para sempre, tornaram.

E permanecem até hoje,
Em seus caminhos a trilhar,
Estão sempre juntos conosco
Para o nosso destino guiar.

Não podemos vê-los
Pois parte de nós, eles são,
Infiltrados em nossa essência
E quem sabe até em nosso coração?

Assim, não desanime da vida
E nem culpe o tempo por passar,
Afinal, qual será a próxima canção
Que para você, estão os dois a criar?

Inserida por goulart_esdras

⁠O veleiro

Somos como um veleiro
Em um mar revolto a atravessar,
De início com casco forte
E velas firmes a içar.

Mas eis que o tempo da viagem
E as peripécias do vento,
Vão moldando o veleiro
Aos poucos e a todo momento.

E então chegamos em terra firme!

Com orgulho podemos mostrar
As marcas e avarias
Que a história de um veleiro,
Um dia jovem
Podem nos contar!

Inserida por goulart_esdras

⁠A combustão

É necessário ter fé
Para o caminho trilhar,
Porquê acreditar em algo
Só é apenas um sonho,
Se você inerte ficar.

Assim, faça do esboço de suas expectativas
Uma ação a executar,
Pois um dia irá colher
O que lá trás fez germinar.

Se vai levar tempo, eu não sei,
Para a um resultado chegar.

Mas se tiver motivação
Ainda terá combustão,
Para a sua fé sempre renovar.

Inserida por goulart_esdras

⁠Precioso tempo

Ao nascer o tempo dispara,
E desde então começa a contar
As minúcias, e cada detalhe
Da vida que começa a passar.

É silencioso, e sorrateiro
Invisível como o ar,
Não se sabe ao certo onde
Em que ele possa estar.

O que se sabe, realmente
É que ele existe, e é pulsante
Segue sempre para a frente,
Atrás não volta nem um instante.

Então, criamos uma forma
De o tempo controlar,
Nomeamos cada "fatia",
Que ele segue sempre a marcar.

Segundo, minuto, hora,
Década, ano, mês,
Grandezas que se comportam
De forma única, e por vez.

Com base nelas, então
Foi projetado um invento
O fabuloso relógio,
Que representa o tempo.

E desde então foi possível,
De a vida administrar
E a porção de momentos,
Ser possível fracionar.

E bem rápido descobriram,
Que com o tempo, podia se lucrar
E a frase "Tempo é dinheiro",
Veio bem a calhar.

E assim, é o hoje no mundo
Onde toda a civilização,
Emprega o precioso tempo
Em prol de sua ascensão.

Ascensão, da riqueza
Do prestígio, e do poder
Onde vale cada segundo
Para poder sempre crescer.

O caminho é muito distante,
E pode até demorar,
Com perseverança, e muito estudo
É possível á ele chegar.

Portanto, assim escolha
E com bastante atenção,
O tempo é uma riqueza incerta
Onde o lucro é a sua percepção.

Inserida por goulart_esdras

⁠Bandeira branca

E a bandeira da paz?
Não é branca?

Parecia...

Mas está tingida de vermelho
E de tempos em tempos,
Uma outra demão é espalhada.

Ouvi dizer dos ignorantes
Que a nova cor é revolucionária,
Forte e de opinião!

Mas ao vê-la sinto medo
E tenho a impressão de ouvir dela,
Vozes sofridas, já em rouquidão.

Talvez, quem sabe um dia
O vermelho entre no esquecimento?
Apostando assim no diálogo
Que há de devolver a bandeira
O branco da paz,
Símbolo do renascimento!

Inserida por goulart_esdras

⁠Dormência existencial

O corpo nega
E à alma sobrecarrega,
A indiferença da percepção:
realidade sombria e fria,
Que torna gelo o coração!

Mas é como em uma anestesia,
A carne sendo poupada da extrema dor.

Pena que para a alma não existe dormência!
E mais cedo ou mais tarde, o corpo acorda,
Assim esta trata de seu sofrimento, à ele então impor!

Inserida por goulart_esdras

⁠Enxergando por outros olhos

Há quem diga que viver
Está no lema "aproveitar"
Mergulhando no oceano,
De infinitas possibilidades
Que o mundo pode lhe dar.

Uns escolhem o "carpe diem"
Mas com uma tamanha intensidade!
Onde se houver um amanhã,
Destes, o que sobraram de verdade?

E se antes era uns
De uns, se multiplicaram,
Parece que o amor a vida
Dentro de poucos, restaram!

Se já não tendo amor
Fazendo do coração um frio,
Nasceu aí o orgulho
Que se estendeu neste espaço vazio.

Ah! fraqueza tão relutada!
Em não, jamais! Aparecer!
Que força o homem a se apegar
No lado físico de ser.

Feito couraça de ferro
A carne é de fato torturada,
Servindo de amortecimento
Para o que a alma não está preparada!

Estado vegetativo
Torna-se o corpo então,
Dependente de olhares alheios
Que a ele provoca uma reação!

Talvez zumbis nos tornamos
Mas não pela a feição,
E sim pela frieza do espírito
Que parece vagar sem direção!

Razão é dita fundamental!
Nestes dias recentes,
Será ela o vírus perigoso
Que nos tornam cada vez mais dormentes?

Porém, um dia a coisa
Começará a se descontrolar,
O corpo recorrerá a razão
Que a este falhará em salvar!

É aí que vem o momento
De refletir e entender,
O nosso interior precisa estar "em forma"
Para não padecer!

Ainda assim terá aqueles
Que para um entendimento, falta paciência,
E talvez indagam uma angústia interior
Calma! É só a alma declarando sua falência!

Inserida por goulart_esdras

⁠Gratidão a minha mãe

Em um lugar quentinho
Ouvia o seu falar
Desde palavras carinhosas
Até uma bela canção de ninar.

E mesmo não te vendo
O meu amor por você surgiu,
Lembra dos movimentos
Em sua barriga?
Pois é, foi eu respondendo
Ao que você me pediu!

Entendi que o pedido
Era uma forma de cuidado,
Assim, desde então fiz o possível
Para mostrar que estava sempre ao seu lado!

Aconteceu logo então
Um momento por mim tão esperado,
Pude sentir de perto o calor
Enquanto em teus braços
Eu era embalado!

Assim fui crescendo
Recebendo de você explicação,
Me ensinou sobre as coisas da vida
Fazendo me compreender a importância
Do respeito e da educação.

Te agradeço pela sabedoria
Para as minhas tristezas confortar,
E também pela repreensão
Nas atitudes erradas
Que eu estava a concretizar.

Hoje se estou aqui
Com este meu jeito de ser,
Tenho certeza que parte desta essência
Você me ajudou a obter.

Pois tu és o meu porto seguro
Que deu a mim um voto de confiança,
Me presenteou com a vida
Reacendendo a sua esperança.

Esperança talvez essa
De sentir o dever cumprido,
Esculpindo com amor a sua obra
E a entregando ao mundo
O resultado do árduo trabalho concluído.

Perdoe-me meus momentos
De raiva e ignorância,
Onde sempre você ensinou
Encontrar na paz a significância.

Peço a Deus que te dê forças
E que acrescente seu tempo de vida,
Para que eu possa retribuir ao menos um pouco
O que por mim passou, em muitas lidas.

E o resto se me permite
Tentarei pagar em amor,
Encontrando na alma a gratidão
Um sentimento de grande valor.

Obrigado!
Por estar sempre em minha vida,
E se existe anjos da guarda
Você é uma Mãe!
Que para mim, por Deus foi escolhida!

Inserida por goulart_esdras

⁠O combate interior

Luto todos os dias
Em uma batalha sem fim,
Combatendo contra ele:
O monstro que habita em mim!

Escuto o gritar sombrio
Por que do chão tremer assim?
Mas é só o caminhar dele:
O monstro que habita em mim!

Coração já disparou
A alma declarou falência,
Da mente está sendo sucumbido
O que um dia foi a consciência.

O céu se tornou negro
Sem estrelas pra brilhar,
Há um cheiro de morte
Que no ar está a planar.

O monstro de repente para!
Vem o silêncio atormentador,
O som era a única forma
De fugir deste opressor.

E como em um jogo de apostas
Decide-se onde pisar,
Com cuidado e com cautela
Para o monstro não escutar!

Por um tempo nada acontece
Parece tudo normal,
A fera então adormece
Cessando assim o mal.

Então tudo fica bem
Parecendo que vai terminar assim,
Mas tudo recomeça...
E ele acorda de novo:
O monstro que habita em mim!

Inserida por goulart_esdras

⁠O enigma de duas almas

Muitos dizem que é complexo
Estabelecer uma união
Esta que começa em um olhar
E desabrocha na flor da paixão

E amadurecendo com o tempo
Paixão transforma-se em amor
Uma ponte entre duas almas erguidas
Trafegando sentimentos de valor!

Talvez tenha sido desde o princípio
Por Deus então criado
O encantamento entre dois corações
Onde o que falta em um
No outro pode ser encontrado!

Não sabemos a razão
E acredito que não haja conhecimento
Amor não se explica
Este só mesmo sentindo, e cuidando
Para que não venha a faltar em nenhum momento!

Inserida por goulart_esdras