Goulart

⁠Não são leves os laços a unir os que se amam.
Lado a lado no absurdo e perpétuo exercício de sincronizar seus ritmos.
Isento de impossível e pleno de esperança
O coração veia por veia se derrama,
Hora mais fria, hora fervente
A cata de si mesmo e do que é chama.

⁠Tudo o que pôde foi dito.
Em palavras, notas e olhares.
É tudo um misto de silêncios e ruídos.
Tu que conheces o eco interminável do pulsar que canta o verso
Da fina linha melódica em que o Criador supremo nos inseriu como clave e figura.
O tempo e a vida passam dilacerando o ar
Sem jamais calar o instinto tão distinto desses dois mundos

Tudo o que pôde foi dito
No silêncio, na calada, no infinito.
Para além das grades entre a linguagem e a luta.

Deixa-te embalar, como eu me deixo cantar,
e a este acalanto chamaremos Nós.

⁠Sou um museu
de sentimentos clássicos
com razões contemporâneas

- e, muitas vezes, vice-versa.

⁠Eis uma nota: amar demais não justifica amar por dois, porque esse verbo não exige esquecer de si.

⁠Uma parte de mim é movida pela intensidade; a outra parte ora pela leveza plena.

⁠PASSARINHANDO

Escrever,
para mim,
não é o ninho.

Escrever
é o voo.

⁠A maior magia que existe é ainda ter, apesar de todos os pesares, fortes esperanças espalhadas por aí.

⁠o ruivo é o novo loiro.

⁠É sobre construir reinos e não impérios.

⁠Hoje em dia é muito mais sobre construir reinos do que impérios, na verdade sempre foi mas o ser humano é algo interessante.

⁠Um amor, mil canções.

⁠A língua nos torna cidadãos de uma cultura

⁠Só existe um caminho o caminho da verdade

⁠O mundo se muda com atitudes, não com palavras vazias.

⁠A coragem fomenta pontes e passos.

⁠É contramão
o destino
que não faz
poesia
em mim.

⁠As coisas não ditas também têm o seu propósito.

⁠Eis uma verdade: serei sempre essa mistura de reticências e de pontos finais.

⁠Sou, quando muito, um anseio poético que respira.

⁠Ser assim é o meu jeito de viver em mim.