Gotas de Vida
Quando a noite é somente minha, eu canto.
Durante o dia estando sozinha, eu canto.
Aprendi que na vida, todo mundo já teve ou tem a felicidade e todo mundo sofre.
Sou uma refugiada, para o mundo da música, foi lá que encontrei o tesouro da esperança, o caminho da felicidade, a suavidade dos fardos, as respostas no silêncio.
A regar com gotas de Amor a Vida e transformar em mar de água doce.
Caminhei na chuva
e senti o leve toque
das gotas que molhavam
o meu rosto...
foi uma sensação gostosa
de liberdade
e lembrança da vida
que passa correndo.
Água gotas de diamante
Água é um alimento
Água é também vida
Natural é solvente
Para limpeza e lida
Água vem da nascente
Rios descem correndo
Tão doce, é semente
Vidas vão aparecendo
Para aguar a plantação
A seara, a alimentação
Água ouro no sertão
Água fonte de inspiração
Água na minha torneira
Água que dia inteiro
Água é vida maneira
Preciso líquido celeiro
Água gotas de diamante
Pão que desce do céu
Tão limpa e brilhante
E brota do chão ao léu
Água fonte de riqueza
Seara da fartura no paiol
Água também a beleza
Que brota do lençol
Água vida, planeta terra
Das matas brotando
Rolando pelas serras
Fauna, flora, renovando
06/09/19
Gotas
Em gotas
o mar deságua
de meu olhar
como a vida que
sem parar
segue o seu curso.
Escorrendo em minha face
tal qual um pequeno riacho
ao encontro
do nada.
Em gotas
o mar deságua
em meu peito,
enquanto os meus olhos
navegam num leito
sem ter pra onde ir.
Preso em mim
esse oceano pesa-me
a dor que aos poucos
me consome.
Em gotas
o mar inunda
a minha alma
enchendo-me, do que
os meus olhos
não podem esconder.
Assim veste a minha alma
de um mistério que só eu
no meu navio
consegue entender.
Assim no horizonte dos meus olhos
o mar deságua sem barreiras
E a única esperança que tenho
é que numa margem, meu navio encalhe
para que eu não sejas levado
pela a correnteza de meu destino
o qual não escolhi...
Poeta Francis Perot
conta-gotas
sem chuva nada cresce,
aprendendo, que com
as tempestades da vida,
também, se floresce...
chuva no cerrado, marotas
em conta-gotas
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Somos tão pequenos, grãos, gotas na imensidão do universo, somos humanos, cheios de dúvidas e perguntas sem respostas razoáveis que, por vezes, nos tiram a sanidade e nos fazem cometer pequenas ou grandes loucuras, julgáveis e perdoáveis, o que não nos torna melhores ou piores que ninguém, apenas humanos.
Somos tão falhos tendendo sempre a erros dos mais bobos e ingênuos aos mais absurdos e repetitivos, muito embora sejamos tão potencialmente aprendizes.
Somos tão frágeis e quebráveis, porém, fortes e "coláveis", tão comoventes, quase patéticos, tão bobos e tolos, tão necessitados e dependentes de Deus, o tempo todo, TODOS, mesmo que alguns não admitam.
Somos tão falíveis e ansiosos por superar a nós mesmos, às vezes, o outro, e com tudo o que se carrega no coração, com todas as tristezas, desamores, mágoas e desalentos, somos tão culpados, mesmo totalmente inocentes, tão humanamente iguais, mesmo incrivelmente diferentes, tudo isso, só Deus sabe de cada um.
O básico a se saber é que, no final das contas, não adianta, ninguém é melhor que ninguém.
"A vida é ínfima, sopro divino, como gotas que caem do céu, refrescam os entes e humildes retornam pras nuvens, pro céu, pro Pai"
A tempestade que cai lá fora agora, se fossemos contar todas as gotas de chuvas que caíram não só hoje mas em toda a existência da Terra, seria o suficiente pra fazer a letra "E" do começo da frase que eu mais disse pra você meu amor, eu te amo.
A doação é a capacidade de se preencher. O que te sobra são gotas de felicidades derramadas que preencherão o teu semelhante.
Água, o Ciclo da Vida.
(Gleidson Melo)
Gotas de águas que caem do céu,
fluem dos mares, lagos, rios e montanhas.
O sol aquece e formam vapores,
nuvens pesadas, carregadas de esperança.
Viajam em cumulus singelos,
caem gotas d’água,
chuva fina e temporais.
Sinal de boas vindas à plantação,
é a felicidade nos caminhos da colheita.
Água que refresca e sacia a sede,
sinal de vida e esperança.
Giram as estações,
o tempo muda, a chuva cessa e
um novo ciclo surge na natureza.
Em algumas regiões podem cair granizo que saltitam no chão e nos telhados das casas. A neve também é um fenômeno que deixa a paisagem com um clima todo especial.
O granizo e a neve derretem e partem em direção às nuvens. Juntos, fazem parte do magnífico ciclo da água.
Banheira sem sais
Chovem lágrimas.
(finas gotas cristalizadas).
O tempo chora lento.
Arrebento; ouço
sentimentos invernais.
Um deserto nas mãos.
Aflição guardada no peito.
Água doce banheira sem sais.
Poesia banha no leito.
Em brasa a saudade arde.
Não há caminho e nem eito
numa busca covarde.
Avessos de mim revirados.
Passado de ti esquecido.
Trago-te no coração tragado.
Desilusão que me invade
sorvem água, impurezas...
dos meus olhos resguardados.
Solitários, derrama na face esquecida.
Frases de poemas amarrotados;
bebida amarga; engolida solidão.
Não há remédio que cure feridas
de uma perdida e picante ilusão.
Dia sem brilho
Hoje o dia amanheceu cinzento,
Onde o sol nasce e sem brilho,
Com gotas d'água da chuva passada,
Como lágrimas de um coração sofrido.
Hoje abro meus olhos tristonhos,
Desejando que o tempo realmente voltasse,
Pois sinto falta de uma metade,
Que no decorrer do dia me amasse.
Sinto um espaço escuro e vazio,
Que era preenchido por um lindo sorriso,
Mas que agora se encontra distante,
Mostrando que esse mundo se encontra partido.
Já não imagino o que o futuro reserva,
Mas espero que as promessas se cumpram,
Amor, respeito e verdades,
Não palavras,
Mas sim compromissos.
A lado do bom das gotas das chuvas caírem e se chocarem com a superfície, é que não sobem e se perdem no grande vácuo que é esse universo.
A VIDA E O TEMPO
Quando os meus cabelos se tornarem embranquecidos pelo tempo, como as gotas de orvalho prateadas pela neve.
Quando os meus ouvidos não mais puderem ouvir a boa música,
o cantar dos pássaros e a voz da mãe natureza.
Quando o meu olfato não mais puder sentir o cheiro da terra e o delicioso aroma das plantas.
Quando as minhas mãos não mais puderem apertar as mãos de meus amigos e irmãos.
Quando os meus olhos não mais puderem ver as belezas da vida nascendo, o sorriso da criança alegremente brincando, o pôr- do -sol e um novo crepúsculo, anunciando um novo dia.
Quando a minha voz já esmaecida não mais puder falar de amor e dar boas gargalhadas da vida e do maravilhoso mundo em que vivemos.
E quando todo o meu corpo alquebrado se curvar diante da velhice que se aproxima.
Mesmo assim, farei tudo para continuar vivendo.
Reviverei, com saudades, as boas coisas do passado.
Agradecerei a Deus as dádivas do presente.
Dispensarei a morte e humildemente e com muito prazer, cederei a minha vez ao mais pessimista dos homens.