Gotas de Chuva nas Folhas
Quando a relva fina, seca e rasteira parece não suportar mais nem um dia, quando num lago enlameado os peixes começam a desvencilhar do barro, quando as folhas secas parecem não pertencerem mais aos galhos e caem, aí Deus com sua suprema e infinita bondade e sabedoria manda a chuva e a natureza já esverdeada volta a favorecer a vida.
A vida é um caminhar por estações,
cada qual com sua singularidade
e como asfolhas também passamos,
do verão lindo e especial,
para a nova época
que se faz outonal,
vamos deixando ao léu, pedaços de nós,
lamentos, alegrias, risos, saudades...
Quem pode ver o vento quando ele chega?
Pode-se sentir e ouvir seu canto em forma de assopro igual a música tocada em uma flauta
Ver sua irreverência quando ele brinca com as folhas das árvores fazendo as voar ou em qualquer lugar realizando uma coreografia de dança com um papel a voar
Chega de repente para colocar em desalinho os cabelos de quem estiver em seu raio de ação
Ele parece sempre querer nos chamar a atenção não apenas da chuva que sempre anuncia
Mas também para algo que ainda não temos a capacidade de entender...
Mais quando se está em um barco a vela em alto-mar
Sentimos sua imponência conduzindo o veleiro com segurança para um porto seguro.
oiço a chuva a murmurar uma ladainha, enquanto vai humedecendo as folhas caídas pelo chão, nem uma estrela visível no céu, e eu, aqui surda e muda e esta vida que já não muda... cada gota de chuva cai no meu coração, poema que escrevo fica tanto por dizer e a noite a tecer sonhos, não sei se devo ou não devo, colocar o amor mais perto de mim e, afastar a dor da solidão já que meu coração é folha caída, que me ampara na descida...
A chuva vem, a levar as folhas secas, sonhos mortos, vem o sol a abrir passagem para quem aproveita a limpeza da chuva pra cultivar as flores, outras tentativas e os novos frutos que brotarão. Das chuvas que regaram e do sóis que nascerão.
O menino e a chuva
Chuva prateada,
Com leve tonalidade
Transparente.
Estação trocada,
Folhas ao chão.
Mas não estamos
Na primavera?
O outono é adiante.
Vejo um menino
Franzino
Vendendo suas
Traquitanas,
Cheio de badulaques.
Pergunta-me
Com curiosidade:
_ Tia, tem um trocado?
Um pouco aflita,
Pego umas moedas,
Meio contrariada.
Fome de comida
Ou do crack que
Assombra?
Lá vai ele,
Pulando poças,
Contornando as
Ruas do Centro de
Niterói.
Vou-me embora,
Na fria chuva,
Seguindo o vento.
Logo chego
Em casa.
Penso no dia,
No imenso amor
Que me toma.
Ainda acredito
Que amar vale
A pena.
Quantos meninos
Dançarão na chuva?
Quantos outros
Passearão
Em outra estação?
meus pensamentos são folhas de outono
que cai como morte de tantos sonhos,
olhando a chuva cair penso nesses dias
que são passados por um tempo,
a água que cai do céu são lagrimas
que secaram diante o diluvio profundo,
tento me esquecer dessa vida, mas,
a vida esta cheia de magoas...
dos quais vento deixo, com fel do destino
retrato cada momento, cada segundo,
para nunca mais seja semelhante,
bem assim diria nas trevas angustiante,
então amanhece como céu cheio de esperança,
desatino no relato pois nada é bom de ser
bom ao mesmo dentro de uma tempestade,
as horas passam diante extremo tempo
a seca de minha entranhas somente
um alivio do titubear de um canto
do trovão que grita na escuridão da minha mente,
não á retalhos de sentimento que cubra
o tremor do sentido cheio de sensações,
bem qual acordo todos dias entre
as librinas são clamor do coração
nas brumas vegetam sobre coisas
que se passaram simplesmente em desejos
se consumaram em gostas de orvalho
assim minhas lagrimas se deram outro nome,
para tenha outra estação com frio e angustias.
por Celso Roberto Nadilo
natureza de minha alma
Agora a chuva cai lá fora.
O vento sopra forte, balançando e derrubando, levando embora as folhas e flores recém brotadas.
O cheiro da terra molhada é relaxante, a euforia é imensa, porém não é a mesma da qual se eu estivesse deitada sobre a grama, sentido o céu desabar sobre mim, e as gotas percorrendo pelo meu rosto e corpo, correndo pelas milhas e milhas de pele sem cor. Seria o significado liberal de liberdade.
Um dia eu já estive lá fora, já estive sentindo a liberdade, já senti a euforia, a vida e a paixão, mais esse ... Não é esses dias.
Hoje eu continuo a olhar pela janela.
Chuva
Chuva é bom... rega a terra, molha o rosto, lava a alma.
Vento é bom... espalha folhas, sopra os cabelos, refresca meu ser.
Sol é bom... clareia o caminho, esquenta o dia, aquece o coração.
Mar é bom... leva o barquinho, traz o pescar, saboreia com sal.
Fogo é bom... derrete metal, ajuda a cozer, queima aqui dentro.
Chuva é bom... rega a folha, molha os cabelos, refresca o dia, lava a alma, inunda meu ser.
Em dias de chuva ou dias de sol, e intensidade da beleza são impressionante, são folhas brancas, e nós somos as letras
Chove lá fora
Vejo poças de ilusão
Lágrimas de chuva,
Folhas de paixão
Na face da saudade,
Escorrem pelo chão.
Hoje choveu
Antes da chuva
O vento carregou as folhas
Que a chuva varreu
Eu estava parado na calçada
Sozinho, pensando
No quanto eu
de certa forma me sentia
Semelhante às folhas que caíam
Agora elas também se foram
E eu fiquei só
Somente em companhia da chuva
Mas enquanto ela desaba
Eu sei que posso chorar
Sem que ninguém perceba
Amanhã é outro dia
Brilha o Sol, as folhas crescem
Somente isso que eu sinto
não se acaba
A vida segue adiante
Somente meus olhos
parados no tempo
Atrelados ao meu coração
tão solitário
Não te esquecem.
Caia chuva generosa,
transborde nossos tristonhos rios,
as nossas folhas enferrujadas despetale,
tua aguada é sempre bondosa,
dispa nossa alma dos rancores sombrios...
Sede fonte que purifica nossos males...
mel - ((*_*))
Que a Chuva lave todas as amarguras...
Que o Vento sopre todas as folhas secas...
Que a Memória esqueça todas as loucuras...
Que o Destino encerre tudo que não me satisfaz...
Que o Tempo leve tudo que não me serve mais !
Robson Araujo
E caem as águas da chuva, agitando as folhas que parecem dizer “sim”; molham meu corpo e meus aforismos; molham as escritas: poesias e prosas... regam as rosas do jardim do viver.
Um vento ao longe, agora mais perto. De repente chuva! Folhas. Principalmente secas, mas haviam também vivaz. Todas sobre mim... entre mim.
E a chuva fria cai, cai longamente,
Cheia de perfume das folhas lustrosas,
Cheia de éter, vaporosa,
Cheia de céu...
E a chuva fria cai,
cai docemente.
Chuva quente...
Lá fora
a chuva cai torrencial
o barulho do vento nas folhas
abafam teus gemidos
minha boca
percorre teu corpo
quente e sedutor
meus dedos
tocam de leve o teu corpo
seios maduros
quadris avantajados
seguro nas tuas coxas grossas
e tuas mãos delicadas
acariciam os meus cabelos
segurando minha cabeça
entre as tuas pernas.
Me embebedo
na tua fruta quente
carnuda...
fresca...
e levemente doce
lâmbidas tênues
leves mordiscadas
teu corpo inteiro treme
sinto jorrar
teu mel doce e quente
na minha boca
Exaustos...
cansados...
mas felizes
nos entregamos ao momento
e nos beijamos deliciosamente.
(Fouquet, maio 2010)