Gotas
Espeho d'água
Os galhos tocando o céu,
as folhas embelezando a coroa do sol,
gotas de chuva caindo nas nuvens,
espelho d'água, um rio de imaginações.
Tempestade
Após a tempestade, as gotas da chuva cintilam nas plantas do jardim sob a luz do luar
A brisa é terna e suave, acalenta o coração como um abraço amigo após uma dor sentida.
Na manhã ainda fria, a teia é menos pegajosa. Gotas de orvalho refletem o sol na dissimulada armadilha.
Barulho de chuva lá fora
Gotas que lavam e acalma
Espero o sol quando você chegar ah ah..
Mantendo sempre alegria,
Apreciando a natureza
Sendo grato pela sua beleza
Incrível como posso nao acreditar
Que as mãos de Deus podem tocar ah ah..
O sol e a lua como testemunha
De todo poder de Jeová
O vento e o azul nos céus do meu dia
Clareiam a vida, gratidão infinita.
OLHAR MAREJADO
Olhar marejado...
Gotas salgadas...
Que sob as palpebras escorre...
Triste, tristeza...
Que vem e que vai...
Que vive e as vezes morre...
Porque me visitas...
Porque me afliges assim...
O que os olhos vêem...
O Coração sente e não tem fim...
Logo passa...
Fico despreocupado...
Porém fico esperando...
Com o olhar marejado...
As gotas de chuva no seu caminho serão apenas passado quando os sonhos realizarem o momento de maior felicidade na sua vida.
Fazia um frio assombroso naquela madrugada. A janela, borrada pela neblina, e gotas de água que escorriam, revelavam o quanto era difícil sair de baixo das três camadas de edredom, e da única camada de abraço que vinha exatamente dela.
5:00 da manhã e o dever o chamava.
"Sério, amor. O frio já é desmotivante, se você não me deixar ir, eu não vou poder trabalhar." Disse ele, que em sua mente confinou o desejo de permanecer ali, naquele abraço angelical.
Ela abre apenas um olho, cara de sono e responde: "Relaxa, hoje é domingo. Você esqueceu de desligar o despertador de novo".
"Graças a Deus", ele pensou. Seria um pecado deixar ela sozinha na cama fria, isso o preocupava mais do que um dia de serviço perdido.
Quando me lembro que os indivíduos são apenas gotas de saliva que a vida cospe, e que a vida mesma não vale muito mais em comparação com a matéria, dirijo-me ao primeiro bar que encontro com a intenção de nunca mais sair dele.
Sou as gotas de veneno no copo de vinho. Sou a lápide no monte verdejante e quedo. Das flores eu sou o espinhos. Sou o teu sonho triste e cheio de medo. Sou noite tenebrosa de lua cheia. Sou as tuas lembranças pálidas e vazias. Sou a solidão que à tua casa vagueia. Sou o vento que corta a noite fria. Sou anjo mudo de asas quebradas. Sou o teu tudo e o teu nada. Sou as palavras tristes das tuas poesías. Sou a sinfonia da morte e seus agouros. Sou a lentidão das horas que aflinge os teus dias. Sou aquele que te faz chorar e depois ri do teu choro. Sou o fio afiado da navalha que fere os teus vãos sentimentos. Sou a força invisível que rasga véus, mantos, mortalhas... Sou aquele que perfura as entranhas de teus secretos pensamentos. Sou aquela tua sensação estranha que faz o tempo ficar mais lento. Sou o sangue amargo e escuro que verte da garganta dos seres impuros. Sou a fonte dos desejos ardentes da donzela que finge ser santa. Sou aquele que faz você chorar desesperadamente em longas e exaustivas preces. Sou o mal que em tua alma cansada e aflita cresce... E cresce... Sou o terror que nas ruas floresce. Sou o amor que por falta de afeto fenece. Sou a vingança que em teu coração nunca envelhece. Sou o passado que você teme e não se esquece... Eu sou o longo e macabro pesadelo da noite que nunca amanhece!...
Alexandra ergueu as pálpebras pesadas pelas gotas sedativas do clonazepam e me olhou involuntariamente como se contemplasse apenas o vazio.
- Pai, cadê a Flora?
- Hã?
- A Flora?
- Hã?
- A Flora
- Hã?
- A Flora?
Só então caí na real de sua semiconsciência.
- Dorme, querida, dorme.
Ela voltou ao mundo dos sonhos. Era apenas um daqueles pequenos delírios que temos enquanto dormimos e que por alguma razão agimos
como se estivéssemos acordados, mas na verdade estamos apenas devaneando numa subconsciência que beira a razão.
No fim das contas não nos lembraremos de nadica de nada ao despertar de fato. Mas aí fiquei eu com a inquietante pergunta:
Com o que ou com quem ela estava sonhando? Quem é Flora? Seria o amigo [ou amiga] imaginário de quem ela já me falou várias vezes,
mas que eu nunca levei a sério?
De todos os materiais, a água é o mais resiliente. Sobe até os céus, desce como gotas de lágrimas, percorre corredeiras, despenca em forma de cachoeiras, cabe orgulhosamente num oceano ou humildemente na circunferência dos olhos. Não resiste aos obstáculos, contorna-os sem reclamar. Deveríamos ser metaforicamente como a agua. Caímos, nos levantamos. Somos pisados, contornamos. Somos excluídos, evaporamos, vamos para outros ares.
"Infame
Olhei e vi seus olhos
Naquelas gotas de chuva
Que molhava seus cabelos
Dançamos .
Estava hipnotizada , com seu ar de que
Nós podemos ser tudo que quisermos ser
O mundo é seu é meu é nosso
Nas linhas tênue do seu corpo .
Fio a fio eu puxei, te trouxe pra mim
Daquela água que escorria de você
Eu bebi , destilando pela minha boca
Encurralada não resisti .
Pedi um beijo ,
Quando me negou
Eu o tomei pra mim.