Gotas
AMOR COMO ÁGUA
Já vi nascer o amor como gotas, surgindo através de pequenos gestos desavisados, preenchendo o vazio em mim, caindo uma a uma, percebidas no silêncio do frio.
Já fui pego desprevenido pelo amor como chuva, mas que se tornou temporal, dominante, cheio de emoção, que se instalou, intenso, mas, depois da tormenta, trouxe a redenção.
Já sofri o amor como vapor, que sobe, invisível, envolvente, suado, indecifrável, sensível, com um toque de mistério, mas que repentinamente, sem me levar a sério, desapareceu sem critério.
Já me deixei levar pelo amor como correnteza, que me tomou sem pedir permissão, me carregou com força, me puxou, me lançou e me afogou na paixão.
Já vivi o amor como ondas, que se moviam num ritmo secreto, ora calmo, às vezes agitado, ora quente, às vezes gelado, mas sobretudo incerto.
Já senti o amor como oceano, profundo, vasto e sem fim, tendo eu a esperança de chegar em algum lugar seguro, naveguei sem pensar que o amor poderia me matar assim.
O amor como água não é estático, linear e passageiro, seja vendo, indo, sofrendo, deixando, vivendo e sentido, se revela no fundo, dinâmico, profundo, puro, transparente e límpido.
Tempestade gaúcha
Gotas errantes
imitam vanera
Caem dançantes
sem eira nem beira
Um vento criança
recorda sanfona
Fissura de dança
me vem logo à tona
Gotas de lagrimas
São gotas de lagrimas
Que descem sobre meu rosto
E derramam como cachoeira
E se perde em minha face
Com o passar das minhas mãos
São gotas de lagrimas
Que são derramadas
Pelas magoas obtidas
Por palavras mal pronunciadas
Por ações inconvenientes
São gotas de lagrimas
Que profere de um coração machucado
Ferido pelo momento de decepção
Por um coração sangrando
E um sentimento ferido
São gotas de lagrimas
Que espera somente um abraço
Um beijo de amor e paixão
Um amigo sincero
Que ajude enxugar minhas lagrimas.
"A chuva começou a cair, e as suas lágrimas se misturavam em seu rosto com as gotas da chuva. Mesmo triste ela se sentiu bem, foi como se a chuva tivesse lavado a sua alma e também o seu coração"
Houve um tempo em que tudo era negrume, o brilho do sol era regido por lágrimas, as gotas da chuva eram feitas de sangue, o azul do céu confundia-se com o preto das lamas, o cheiro da terra já não podia chamar-se de cheiro, repugna.
Da repugna fizeram o perfume, das lamas tiraram seus alimentos, do sangue fizeram os escudos e o brilho continuou sendo as lágrimas. Portanto, não chore, não use escudo, não alimente-se nem use perfume. Seja a essência.
A chuva cai,
as gotas trazem,
lembranças de você
mas eu não quero
a chuva cai, o tempo traz
momentos...
que não me pertencem mais!
E eu aqui esperando qualquer coisa de presença tua, feito uma planta seca esperando as gotas de uma chuva passageira...
Somente um sorriso. Joguei o restante da agua no rosto, deixei com que as gotas se misturassem com as lágrimas, fechei os olhos, sequei o rosto, encarei-me mais uma vez no espelho, o olhar era triste mas o sorriso estava ali.
Divagações após a chuva
Ao anoitecer, gotas da chuva intensa
ainda brilham nas folhas e calçadas,
como notas poéticas a refletir as luzes,
que pouco a pouco vão surgindo nas casas.
Gotas vão sendo levadas pelo vento incerto,
como palavras descompromissadas que
tanto já foram ditas e desditas nesta vida.
As palavras voam pelas janelas e calçadas,
instáveis, insanas, descomprometidas
com a realidade, perdidas no tempo.
Só a poesia as recupera,
unindo-as através dos sonhos repetidos
no silêncio das madrugadas insones.
Das palavras ditas resta a poesia,
a vaporosidade de quem já viveu
e ouviu muito, mas
ainda tem capacidade de sonhar.
Palavras inventam-se nos poemas,
num fluir secreto, desdobrando-se como renda,
tecidas memórias de sonhos que
com a própria vida que se emendam.
Sinto as gotas d'água que caem do chuveiro rolarem pela a minha face, e é meio difícil perceber qual dessas gotas são lágrimas. Choro por coisas acumuladas e engolidas que vêm a tona quando tudo está cheio demais, choro por pessoas que machucam sem nem ao menos perceber, por pressão, e por não ter o extremo esforço reconhecido. Mas quero esquecer tudo isso, então fantasio e penso que essa vida poderia ser apenas um longo pesadelo, desejaria acordar em um mundo totalmente diferente, e respirar aliviada por tudo ter voltado ao seu perfeito normal, que nesse mundo não houvesse tristeza, nem dores indesejáveis, e que todos vivessem em plena harmonia. Uma sociedade sem sistemas, em que as pessoas fossem completamente livres, felizes, e amassem sem medo. — Até que acordo dessa ilusão, é tão ruim acordar, bem melhor é sonhar, ótimo é viver, mas como não se pode ter tudo, aceito as fantasias. — Abafo o som do choro para que ninguém o escute e me encham de perguntas cujas respostas não serão compreendidas. A minha cabeça dói, os meus olhos doem, a minha alma dói também. Sei que amanhã tudo passará, e essas palavras não serão mais por mim inteiramente compreendidas, é como diz uma das minhas frases "Quando os sentimentos passam, parecem estranhamente desconhecidos."
"A vida é ínfima, sopro divino, como gotas que caem do céu, refrescam os entes e humildes retornam pras nuvens, pro céu, pro Pai"
São dias, são minutos, segundos ou até milésimos. Incontáveis gotas de pensamento e sentimento. Gotas com força de furacão. Que fazem com que abaixamos a cabeça e esperemos pelo pior. Não que um abraço, ou uma mensagem não vá fazer efeito, mas nem sempre é fácil acordar e lembrar que somos felizes pelo que temos, ou fácil lembrarmos de colocar a máscara. As vezes não é nem memória, mas sim, falta de forças para colocar a máscara. O diagnóstico? Eu não sei. A cura? Muito menos. Sei de momentos bons que fazem com que ficamos bem algum tempo, e se tivermos sorte, até dias. Me perdoa por te afastar de mim por causa dessa minha doença, ou fazer com que goste menos de mim. Acredite, não é o que eu queria. Talvez em uma vida futura, em uma outra vida, eu seja curada. E só assim, conseguiremos ficar juntos.
Com amor, sua felicidade.
De mim, para mim mesmo.
Não nasci pra ser feliz aos poucos, felicidades a conta gotas não faz brilhar o meu olhar, sei lá, não aceito pouco, nasci pra ser feliz por inteiro.
me afagando nas minhas próprias lágrimas, como gotas de mar salgado, mergulho fundo em meu próprio pranto, naufragando no oceano das minhas emoções.
Gotas de prata dançam no chão,
Lágrimas do céu em sua solidão.
Em cada gota, um suspiro ecoa,
O eco do amor que não se encontra à toa.
Nas ruas molhadas, passos vagarosos,
Cada um conta uma história de desejos.
A espera pelo toque, pelo olhar,
Mas a chuva, implacável, parece brincar.
Em cada pingo, um sonho se dissolve,
No ritmo da chuva, a saudade se envolve.
Mas em meio ao clichê da chuva e do amor,
Persiste a esperança, mesmo na dor.
Quando ficamos tristes, vem sempre a sensação de nó na garganta, um choro que sai em conta gotas, um grito sufocado que não sai.
Mas sempre chega um aviso celestial que devemos tirar as mordaças, escancarar as guardas do coração, soltar as amarras que nos sufocam e deixar fluir o grito de liberdade
Nossa alma seguirá agradecida!