Gosto Dele
Por ser ele. Apenas isso.
Simplesmente pela forma
como apareceu.
Pelo jeito tão dele,
tão meu, tão assim...
sem explicação.
Ele chegou de leve, e de-li-ca-da-men-te
mexeu com minhas funduras,
desbravou espaços, marcou território
aonde as palavras não conseguem chegar.
E ele foi. E ele veio. E ele vem.
Ele sempre aparece quando
tudo se faz ausência,
é quando minha
sensibilidade está a flor da pele
que ele se derrama sobre mim.
Mesmo sem saber, mesmo sem querer,
ele me aproxima de mim mesma
quando eu me perco
no meu labirinto de existir.
Para aquele que é sinestésico e musical.
Buscador; contraditório; intenso. Vasto..
Ele.
Eu o amei com a cabeça, pela fantasia que criei dele, com as cores que o pintei e só eu enxergava.
Meu coração pedia outra pessoa. Outras palavras. Pedia mais verdade. Mais certeza. Mais atitudes pensadas e menos sentimentos vazios.
Meu coração pedia um homem. Porque eu preciso me sentir protegida. Preciso de alguém que me dê a certeza de que vai ficar tudo bem.
Infelizmente o amor tá perdendo sua vez, sua grandeza e seu valor, o próprio homem desfez, e dele se afastou esquecendo suas leis, o ódio já dominou meu Deus que insensatez, o amor virou escassez.
E até que meu coração bata pela última vez, você permanecerá dentro dele, assim como está agora. Te amo!
Meu coração está sem dono, mas não vazio. Dentro dele moram aqueles que amo incondicionalmente. Estou disponível para ouvir, aprender, trocar e me doar. Nada mais, além disso, por enquanto. Até que alguém consiga me fazer sentir novamente aquele frio na barriga instantâneo e sem controle. Aí sim, estarei disposta pra viver intensamente, mas sem cobranças, promessas ou expectativas. Sem pra sempre ou nunca mais. Apenas viver o momento da forma mais divertida e espontânea possível. Não abro mão da minha solitude. Mas algo me diz que isso ainda vai demorar. E sinceramente, eu prefiro que seja assim. Até a hora em que alguém tenha o dom de fazer minhas pernas tremerem. E respeite meu espaço. Menos que isso, passo.
O nascimento de um homem é o nascimento da tristeza dele. Quanto mais ele vive, mais estúpido ele se torna, porque a ansiedade dele para evitar a morte inevitável fica mais aguda. Que amargura! Ele vive para o que sempre está fora de alcance! A sede dele para a sobrevivência no futuro o faz incapaz de viver no presente.
Ninguém confia em um desconfiado. Nem um cachorro confia em quem tem medo dele. Isso é uma lei da natureza. O desconfiado julga os outros por falta de fidelidade e todos nós sabemos que quem julga dessa maneira sofre dos males que vê nos outros. Desconfiado não é fiel e não pode ser pessoa de confiança. Ele mesmo demonstra que não é de confiança sendo desconfiado
Comecei a amar-te no dia em que te abandonei.
Foram as palavras dele quando, dez anos depois, a encontrou por mero acaso no café. Ela sorriu, disse-lhe “olá, amo-te” mas os lábios só disseram “olá, está tudo bem?”. Ficaram horas a conversar, até que ele, nestas coisas era sempre ele a perder a vergonha por mais vergonha que tivesse naquilo que tinha feito (como é que fui deixar-te? como fui tão imbecil ao ponto de não perceber que estava em ti tudo o que queria?), lhe disse com toda a naturalidade do mundo que queria levá-la para a cama. Ela primeiro pensou em esbofeteá-lo e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, de seguida pensou em fugir dali e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, e finalmente resolveu não dizer nada e, lentamente, a esconder as lágrimas por dentro dos olhos, abandonou-o da mesma maneira que ele a abandonara uma década antes. Não era uma vingança nem sequer um castigo – apenas percebeu que estava tão perdida dentro do que sentia que tinha de ir para longe dali para ir para dentro de si. Pensou que provavelmente foi isso o que lhe aconteceu naquele dia longínquo em que a deixara, sozinha e esparramada de dor, no chão, para nunca mais voltar.
De tudo o que amo és tu o que mais me apaixona.
Foram as palavras dela, poucos minutos depois, quando ele, teimoso, a seguiu até ao fundo da rua em hora de ponta. Estavam frente a frente, toda a gente a passar sem perceber que ali se decidia o futuro do mundo. Ele disse: “casei-me com outra para te poder amar em paz”. Ela disse: “casei-me com outro para que houvesse um ruído que te calasse em mim”. Na verdade nem um nem outro disseram nada disso porque nem um nem outro eram poetas. Mas o que as palavras de um (“amo-te como um louco”) e as palavras de outro (“amo-te como uma louca”) disseram foi isso mesmo. A rua parou, então, diante do abraço deles.
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