Gosto de te Provocar
Placebo
Ainda lembro do gosto que tem
O suplício de acreditar em tudo que me é conveniente
O devaneio de um coração conscientemente insensato
A decadência de se basear num conto de fadas
Sobre uma superfície de pétalas
Mais frágil que um sapatinho de cristal ou uma cápsula de vidro
Como pode uma mentira recorrente ser a minha verdade?
O que me mantém é volátil e transparente
Nada palpável e sempre contraproducente
Essa é a ânsia do sonho de um tolo.
O sentimento do poeta
Transbordei
Senti o gosto das gotas do oceano que impiedosamente obliteram qualquer sentimento
Não sinto nada além de uma partícula de indiferença.
Ocasionalmente parece que me enterraram viva
Os vermes rastejam pela minha pele nua.
Há algo escrito onde os meus olhos não podem enxergar
Tento alcançar o sol, mas a bela estrela agora rasga minha pele e queima os meus olhos.
Já não me é permitido o vislumbre da felicidade
Sou como aquele que já não pode ser encontrado:
Um poeta na penumbra.
"Deus sabe o quanto eu abro mão pelas pessoas que amo, pelas pessoas que gosto.. Somente Deus sabe o quanto sofro em fazer tais coisas. Deus vê e entende o quanto és sofrido se apunhalar pelas costas..
Você deve ser forte por você? Não, deves ser forte pelas pessoas que lhe importa mesmo que isto te custe a vida..."
Quando perdermos o sorriso…
Tudo se transforma em ilusão…
A vida perde a cor e o gosto…
O sol não aquece e a lua não brilha…
O nada nos consome…
O passado assombra, o presente sufoca o futuro não planeja…
A Desilusão guia a mente…
Como viver assim?
Nunca perca seu sorriso para não desistir de vivenciar a vida com todo o seu aprendizado…
Só precisamos de amor para superar os obstáculos da vida…
Fé na caminhada…
Nunca estamos só…
Que o Nosso Pai Maior ilumine nosso caminhar…
Dia frio,
um cigarro de bom gosto,
com cinzas
tão bonitas
que invejavam
as do morto.
Tragou a morte,
por sempre tossir
com a vida.
Foi jogado
ao mar,
onde há
poesia.
Gosto de ler e ouvir história, penso que assim as pessoas que escreveram e viveram, jamais serão esquecidas.
Gosto do gosto de gostar de você
Porque voce tem bom gosto pras coisas
musica, comida, livros e rotinas.
Tudo e de bom gosto naquela menina
Eu sinto uma profunda dor silenciosa...
Gosto do som da música, do percurso
da minha casa até o trabalho;
estou sempre ouvindo música.
Em casa e no trabalho, ouço o barulho
dos carros, dos comboios e de toda a gente.
Chego em casa, ligo a televisão e ouço o noticiário:
outra vítima do silêncio se atirou
nos ruidosos trilhos do trem.
No trabalho, ouço o rádio, que toca uma música ridícula, e
minh'alma sofrida dança desolada.
Gosto do som da chuva, lágrimas do céu;
até os homens choram, silenciosamente.
E o choro da terra é abafado
pelos nossos gritos ambiciosos;
ouço o barulho das fábricas, corro para o campo,
e a chuva, tempestuosamente,
em seu suave cair, encharca meu coração ressecado.
Gosto do canto dos pássaros;
da minha cama me levanto,
e nela me deito, ouvindo os tordos ao amanhecer
e os urutaus ao anoitecer que, calmamente,
levam distante meu espírito atormentado.
Gosto de deitar-me e dormir
com o barulho do ventilador;
porque gosto de barulho,
assim silencio os gritos sussurrados
em minha cabeça. E eu, que tenho sido tão quieto,
se os ouço e me falam, descanso resignado.
Solidão ou solitude
Às vezes tenho a sensação de não
pertencer a este lugar.
Não gosto de estar entre multidão
de pessoas, prefiro lugar calmo.
Onde o vento passa mansinho
e as árvores cheias de pássaros.
Ouvir o som das águas e até o canto do galo.
Cheirinho de chuva misturado com do café.
Onde a grandeza é a simplicidade.
Desacelerar...
Não peitar o tempo e fingir que ele parou.
Dar corda pro sonho e dizer que eu posso.
Não é solidão, é a alma pedindo espaço.
Pensamento autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 16/01/2024 às 09:30 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Acontece que eu gosto muito da sua filha. Ela é bem madura para a idade e eu gosto de passar tempo com ela.
"Eu gosto do transporte público, pois é lá que realmente sou eu e eu e mais ninguém. Às vezes, estar com pessoas desconhecidas é muito mais confortável do que estar com pessoas próximas. Será que isso significa que eu não confio nas pessoas que me conhecem? Ou será que eu tenho medo de me revelar para elas? Como disse o escritor argentino Jorge Luis Borges, ‘somos nossa memória, somos esse quimérico museu de formas inconstantes, esse montão de espelhos quebrados’."
O gosto do amor
Pode-se gostar de uma mulher, mas o beijo, não há como despistar o beijo. Enganar o beijo.
O beijo diz se devemos ficar ou não. O jeito do beijo. O temperamento do beijo. O caráter do beijo. Não se mente o beijo. É como se não houvesse um corpo, um degrau, é um sopro circulado, uma neblina desenhada, a respiração voltando.
O beijo. O beijo que já foi filha, já foi namorada. Não é o beijo com medo. É o beijo que me faz beijar de um único jeito. Com o beijo dela. É ela que beija o meu beijo.
Não há mudança de beijo, é um só beijo, que não se interrompe mesmo com a voz ou com o silêncio. É um beijo vírgula do beijo. Um beijo possessivo que anda. Um beijo que não engole. Um beijo que cede espaço para a mão. Um beijo gentil, não menos apaixonado. Um beijo que deixa a língua ser língua, o dente ser dente, que não cala. Um beijo que fala enquanto beija. Um beijo que não lava, que leva, um beijo que protege para se expor. Um beijo que é decidido, não arrogante. Não um beijo que conduz, um beijo que informa.
Não o beijo solitário, o beijo viúvo, o beijo desquitado. Não o beijo de provocação, o beijo carente, que poderia ser feito sozinho.
Há beijo que é mais boca do que beijo, um beijo que é mais escova do que esponja, mais pausa do que pouso. Um beijo que não volto. Sei pelo beijo que não volto. Não volto quando é um beijo de quem não chupa, um beijo de quem realmente não foi beijada mesmo beijando, não foi sinceramente beijada, não fechou os olhos pelo beijo, não imaginou o próximo beijo beijando o primeiro beijo. Não volto quando é um beijo imitando beijo, simulando o beijo, ensaiando o beijo.
O beijo é a vontade da perna quando o braço cansa, é a vontade da cintura no pescoço. Meu beijo, um beijo que nunca completa a saudade.
Há beijo que boceja no beijo, beijo que lê no beijo, beijo que não beija porque lambe ou sussurra, porque morde ou varre, preocupado em ser outra coisa que não o beijo.
Não gosto do beijo que vai colando selos. Sem língua. Um beijo de afogado. Um beijo sem personalidade, que logo separa o corpo, porque é mais corpo do que beijo.
Se um não está apaixonado, o beijo é uma boca sem ritmo. Uma boca sem repetição. Uma boca sem vizinho, sem ouvido, uma boca acenando porque esqueceu de seguir.
O beijo é traficante. O beijo é viciado. O beijo não quer ser nada mais do que beijo. O beijo é trocar o parágrafo, não trocar de texto.
O beijo me chama antes do nome. O beijo avança os seios dela. O beijo quase me atrapalha. O beijo vento de seu beijo.
Mas não adianta procurar o beijo que você ama em outra mulher. O gosto do beijo não é o gosto da boca. O gosto do beijo é o gosto do amor.
Meu futuro
Meu futuro...
Um tiro no escuro?
Um eixo oposto?
Um gosto ou um desgosto?
Água potável?
Água intragável?
Luz do sol?
Mofo da escuridão... do abismo mais profundo o fundo?
Sombra?
Ou luz que calibra meu caminho?
Âncora segura?
Câmara escura?
Meu futuro...
O que será de ti?
O que farás de mim?
Alargará as fronteiras?
Do precipício a beira?
Meu futuro...
Há algum veredito?
Ou será sempre o dito pelo não dito?
Meu futuro...
Bendito?
Maldito?
Medo crescente do que vem pela frente...