Gosto de te Provocar
Se gostassem só de você o que seria de mim, se gostassem só de mim o que seria de você ? Moral da história; cada um tem o seu gosto !
Não troco meu chocolate amargo por chocolate ao leite de ninguém.
Sempre dei prioridade ao gosto do cacau.
Tência Medeiros.
Gosto de música que me quebra as paredes, de ter opiniões que permitam me assumir errada, de filmes que não façam sentido assim como eu também não faço. Gosto de comida psicodélica e lugares deliciosos. Gosto de companhia e riso alto, mas também gosto de ficar só num lugar só meu. Gosto de encarar coisas bonitas por longos instantes como se o tempo parasse e me esperasse olhar cada detalhe. Gosto de despir almas e descobrir segredos. Gosto de fazer caminhos nada práticos, gosto do prazer de pôr pra fora um arrependimento. Gosto do gosto que dá em fazer algo pro outro: assistir o seu filme, comer sua comida, às vezes com muita dificuldade ouvir sua opinião. Gosto da busca da harmonia, da troca, da beleza, da equivalência. Gosto de gente que é gente e que me permita ser gente também.
A gosto
–
Tentativas
Frustradas
De disfarce
Os olhos
Denunciavam
Um sorriso
Tímido
Instalando-se
Na face
A vontade
Era maior
E estar ali
Um atentado
Pois das chances
Todas
Era essa
A sua
Escolha
Ser-lhe
Posse
E nos teus braços
Se perder
E se encontrar.
Gosto da dor que sinto quando te vejo
do ardor que flama-me até o interior da alma.
Gosto do despeito que faço à amargura
da violência que condiciono à solidão.
Gosto do deslumbramento que exita as minhas retinas sempre que te vejo, sempre que te sinto, sempre que te amo.
Enide Santos 06/04/16
Gosto de falar preto no branco, porque colorido às vezes desbota e aos poucos perde a cor.
Gosto do que é simples, que da brilho ao olhar, mas que ofusca se tentamos aprisionar.
Gosto do que é artesanal, do que é feito manual, não do que é banal, que tem brilho superficial.
Gosto de poder expressar, de poder falar, de abrir portas, mas tomando cuidado para fechar.
Gosto de ser o que sou, por que posso mudar o que não sou recriando novamente o que sou.
Gosto de tudo um pouco, mas do pouco que gosto, gosto de gostar do que gosto.
Essência
Sou de gosto simples.
O singelo me encanta.
As essências despertam o melhor de mim.
Gosto de ouvir o som da natureza.
Aprecio o canto longínquo do sabiá, do canarinho da terra.
Encanto-me com o charme do bem -ti -vi -Nome mais apropriado!
O perfume das flores, o verde gradativo da mata.
Sou fascinada por uma boa conversa embaixo de uma árvore
Regada a chimarrão e boas risadas.
O cheirinho do café fresco, o pão de casa assado no forno a lenha.
A rede na varanda.
A cadeira de balanço que a cada vai e vem traz uma recordação.
Sou de gosto simples, sim!
Gosto de tudo que não retire de mim
A essência, a vida, o amor, os elos que podemos ter com a natureza e com as pessoas.
Impossível disfarçar a estupidez, o mal gosto e a falta de classe com uma bolsa ou sapatos de grife.
Sou fã de Alcione, Elis, Roberta Miranda, Bethania, Joana e Fafá de Belém. Aliás, sou fã de quem canta com o coração, como o inesquecível Jessé...
De Fafá de belém guardo a esplendorosa interpretação de "Abandonada por você."
Gosto de janelas! Através delas observo a vida. Janelas nos conduzem a outras janelas. Nos mostram o mundo e uma infinidade de possibilidades. Eu gosto de possibilidades. Janelas são possibilidades. Meus olhos são janelas que me conduzem para fora de mim, por onde os demais me espreitam, me descobrem. Janelas são descobertas. Um canal de comunicação bilateral onde tudo flui. Um intercâmbio de ideias, desde onde as mudanças surgem e se perpetuam.
Eu sabia.
Sabia que ia doer.
Sabia que ia sofrer.
Sabia que ia cair nesse abismo sem fim.
Sabia de tudo isso, quando conheci você.
Mas apesar de tudo que sei... preferi assim.
Antes amar, mesmo sabendo que posso sofrer, a morrer sem saber o gosto do amor.
SIM! SOU RUIM DA CABEÇA E DOENTE DO PÉ
Sim, eu confesso
Sem remorsos, falsos pudores
Sem assinar manifestos
Sem em meus gestos e gostos prediletos
Fazer sucesso...
Eu confesso!
- Sou muito ruim da cabeça
E também muito, muito doente do pé!
E não haverá neste mundo nada que me dissuada
Para brincar carnaval
Não vou pra avenida, desligo a TV
E convicta com o sentido da vida
Peço-lhes, não me levem a mal
Pois, nem do afoxé
Aos blocos de axé ou às sombrinhas coloridas
- Que sorriem agitadas, felizes para a vida -
Consigo, pelo inconsciente coletivo
Ou educação de uma imensa nação
Em minha convicção, dar-me por vencida...
Quero paz, amor e sossego
Meus livros na casa perfumada
Mantras em luz ensimesmada
O Divino, o silêncio...
Só isto e mais nada
Eu gosto muito de você. O bastante para fazer muito para não te perder e o bastante para, se perder, poder te esquecer
O que o amor tira.
Eu queria falar sobre o amor hoje. Pelo menos sobre essa visão tão perdida e estranhamente vivida que eu tenho dele. Eu estava lendo a Marla de Queiroz numa dessas manhãs antes de ir ao trabalho, e ela dizia: “O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora”.
O amor tem seus sintomas. Um amigo está conhecendo uma garota, e sempre que terminam de se falar ele sorri pra mim e diz: “Cara, acho que me meti numa roubada”. Nem presto tanta atenção nas palavras dele, mas no sorriso. O amor é sintomático. Ele tira o nosso olhar sisudo sobre o cotidiano, e nos faz lembrar de sorrirmos mais, nos importarmos mais, nos enfraquecermos. Ele se esgueira em nosso dia a dia extremamente igual, e o torna diferente. É a tinta colorida de um dia preto e branco, e a pitada secreta de anis do meu molho bolonhesa.
Esses dias me disseram: "Depois de tudo que eu amei, eu descobri que tenho um coração de pedra". Eu quase o abracei e disse: “Tamo junto”. Mas estou tentando ser diferente agora. Penso que, ainda assim, o amor faz doer pra lembrar que ainda estamos vivos. Por isso não gosto da “lei do desapego”. Ela não se paga. As mesmas pessoas que têm se declarado desapegadas, no fundo não escolheram isso. Elas não praticam o desapego, são reféns dele. Para elas amar pra valer doeu demais.
Então, eu também gosto do que o amor tira de mim, Marla. Ainda que seja meu chão, ou um sorriso eventualmente. Não somos feitos de pedra para vivermos à sua regra. Pois no curso natural da vida precisamos aprender que o correto nunca será desistir das coisas, mas amá-las profundamente. Porque esse é o paradoxo: Se amarmos até doer, talvez não sobre espaço mais para a dor, mas só pro amor.