Gosto de te Provocar

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Quem com gosto aceita presentes perde a liberdade.

do orvalho
nunca esqueça
o branco gosto solitário

Não gosto dos homens, gosto do que os devora.

Existe sempre uma grande demanda por novas mediocridades. Em todas as gerações, o gosto menos desenvolvido tem o maior apetite.

Cada qual tem um gosto que o arrasta.

O que não tem mais vontade nem mais gosto do que a vontade e o gosto alheios, pode ser tido como verdadeiro escravo.

Gosto de mais das pessoas para me repugnar fazer-lhes mal, e julgá-las é já fazer-lhes mal.

Eu bem sei que ciumento, exigente, impulsivo. Irritado por coisas tão banais. Eu vivo a provocar discussões sem motivo. Mas eu amo tão mal, porque eu amo demais.

Se eu não posso provocar compaixão e amor, então, eu vou provocar o terror.

O bater das asas de uma borboleta num extremo do globo terrestre, pode provocar uma tormenta no outro extremo no espaço de tempo de semanas.

É fácil provocar a raiva em outra pessoa, um olhar de pouco caso, um desrespeito, um insulto. Mas o grande guerreiro consegue vencer essa batalha. Não pelo soco, pelas técnicas de luta física, mas pelo controle de si mesmo.

Enquanto eu ligar, brigar e provocar, tenha certeza que eu ainda me importo. Comece a se preocupar quando eu me silenciar.

Provocar ciúmes em um coração machucado é burrice.

Quer um conselho? Cuidado comigo! Tenho esse rostinho meigo, sou certamente a simpatia em pessoa, mas não provoque o meu lado ruim. Porque eu posso ser ruim, eu posso ser péssima!

Evitai fazer aos homens aqueles favores que não podem ser feitos sem provocar iguais desfavores a outros: pois quem é ofendido não esquece, ou melhor, considera a ofensa maior; quem é beneficiado não se lembra ou pensa ter sido beneficiado menos do que realmente foi.

— Gosto da sua risada.
— E eu gosto que você me faça rir.
— Como se fosse a primeira vez.

Vou logo deixando claro, eu gosto mesmo é quando você me chama por um apelido carinhoso. Vou logo deixando claro, eu gosto é quando você me abraça por trás e prendendo meus braços, retruca: vai amor, tenta se soltar. Vou logo deixando claro, eu gosto é quando você me senta em seu colo, dá um beijo em meu pescoço, faz aquele carinho gostoso - que deixarei bem claro- só você sabe fazer. Vou logo deixando claro, eu gosto é quando nossos lábios se encontram, e se beijam deliciosamente como no nosso primeiro encontro. Vou logo deixando claro, sou uma louca e eterna apaixonada por você.

Ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode - e nem se deseja - fugir.

Super gaúcha

Sou urbana, gosto de cidade grande, não gosto de mato, de bicho e de pão feito em casa. Pronto. Falei. Acredite: não é um desvio de caráter. É o meu jeito. Minhas preferências. Não jogue no lixo tudo o que a gente construiu juntos só por causa deste detalhezinho bobo. Desde que eu era pequena que sítios, fazendas e assemelhados nunca me seduziram. Tenho medo de cobra, não sei andar a cavalo e suo frio só em pensar em encontrar uma perereca no banheiro. Eu bem que gostaria de me adaptar, pois se todo mundo diz que não há nada melhor do que a vida no campo, alguma verdade há nisso. Eu gosto de árvores, de flores, de silêncio, eu fiz minhas tentativas. Eu tentei ser normal. Achei que bastaria calçar botas de couro, mas é pouco. É preciso vocação.
Minha inaptidão para o mundo campeiro fica bem demonstrada quando o assunto é gastronomia. Eu não gosto de charque. Eu não gosto de chimarrão. Eu não gosto de doce de abóbora. Eu não gosto de leite recém tirado da vaca. Restou-me a resignação: vim ao mundo com este defeito de fábrica e não há nada que se possa fazer. Todas as pessoas possuem uma espécie de deficiência, e algumas são bem piores do que as minhas. Há quem seja vegetariano. Não cheguei a esse extremo. Uma picanha, não recuso. Mal passada, melhor ainda.
Estamos vivendo uma fase de ufanismo gaudério. De repente, o Rio Grande do Sul ganhou destaque, devido à minissérie e ao livro A Casa das Sete Mulheres, da minha talentosa amiga Leticia Wierzchovski. Toda a população está se sentindo orgulhosa de pertencer a esta terra. Uma rede de lojas, recentemente, colocou uma campanha publicitária no ar com a seguinte pergunta: o que é ser gaúcho? As melhores respostas ganharam prêmios.
Eu não ganharia nem um tapinha nas costas.
Ser gaúcha, eu responderia, é gostar de ler Michael Cunningham, de ir ao cinema, de viajar para o Rio, para Punta, para Nova York. É caminhar na esteira de uma academia, trabalhar até tarde num escritório e antes de voltar pra casa passar no Zaffari e comprar uma pizza congelada. Ser gaúcha é ouvir bossa nova, gostar de praia e ficar só de camiseta e meias comendo Ruffles na frente da tevê. É preocupar-se com a meteorologia porque amanhã é dia de fazer escova e você morre de medo que chova e o cabelo vá por água abaixo. É acordar com as galinhas, mas sem ver as galinhas, a não ser na hora do almoço, grelhadas. Ser gaúcha é ter bom humor e nojo de barata, é adorar a Internet e assistir ao pôr-do-sol da sacada. Ser gaúcha é ter nascido aqui mas ser feliz em qualquer lugar, com o estilo de vida que escolher.
Eu me sinto tão gaúcha quanto as prendas que dançam nos CTGs, tão gaúcha quanto as mulheres que encilham cavalos, que cozinham em fogões a lenha, que ordenham vacas e bordam tapetes. Aliás, eu bordo tapetes. Aliás, eu nasci neste Estado. Aliás, somos todos gaúchos, nenhum mais gaúcho que o outro.

Gosto que me leiam e saibam o que acho das coisas. É uma forma de existir. Trabalho é a melhor maneira de escapar da realidade.