Gosto de Olhar

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Não deixes para amanhã o beijo que me podes vir dar hoje.
Beijo, hoje?

- Se não gosta de socializar, por qual motivo está aqui?
- Só vim pela bebida, obrigado.

Não sei desde quando te amo. Não sei quando percebi que tu eras eu. Não sei desde quando soube que me acompanhas desde sempre. Não sei desde que eternidade fazes parte de mim.
Mas sei o exacto momento em que descobri que te amava antes. Sei desde quando percebi que tu já eras o meu sítio. Sei desde quando soube que antes já te queria para sempre.
Estranho? Provavelmente. Mas sei que sempre soube. Há coisas assim.

Eu gosto de ler a última página de um livro mais do que qualquer outra coisa.

Te ofereci tudo de mim, te ofereci até o que eu não tinha ao oferecer, te dei o meu melhor, o melhor de mim... mas para você, tudo isso NUNCA foi o suficiente...

Tento enganar meu coração,
sempre que falo que não gosto de você.

Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases; o algarismo não tem frases, nem retórica.

Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país, dirá:

– Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito superior a todos os direitos.

A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:

– A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não lêem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles; é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber porque nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.

Replico eu:

– Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições...

– As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: "consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação"; mas — "consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%". A opinião pública é uma metáfora sem base; há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: "Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem..." dirá uma coisa extremamente sensata.

E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos e ele tem o recenseamento.

Machado de Assis
Ilustração Brasileira, 15 ago. 1876.

Gosto mesmo é do simples, de gente honesta, sorrisos puros, abraços demorados.
Gosto de gente que se admite, se assume, não se resume e vive intensamente.
Gosto mesmo é de conversa, de ideias diferentes, de gente que diz não.
Gosto de sabores, danças, canções, sentimentos revelados.
Gosto é de ver o mar, de pensar que tudo é amor, que somos oceano.
Gosto dos cheiros, dos livros, das histórias, das cicatrizes que nos fazem melhor.
Gosto de sentimentos escancarados, de pluralidade, de lembranças que acalmam.
Gosto de tudo que é sincero, revelado, de tudo que nossa alma emana.
Gosto de energia, de arrepio, de cumplicidade e de transbordar o mundo com boas vibrações.

Gosto de você, gosto muito de você!
Mas não deixei de gostar de mim
Das minhas convicções
Nem dos valores que tenho
O seu ego possessivo me afasta de você.

É tão bom saber que você tem vários defeitos...gosto do que é real...gosto de você mesmo assim. É você quem me dá esse tempero!

Nunca derrube ninguém se você não conhece o gosto amargo do recomeço.

Gosto quando me falas de ti... e vou te percorrendo
e vou descortinando a tua vida
na paisagem sem nuvens, cenário de meus desejos tranqüilos.

Gosto de conversar contigo, sabe, me completa, fala minha língua, me entende como ninguém. Oh, suavidade do teu jeito, que acalma minha ansiedade. Tranquilidade dos eleitos que só uma perfeita afinidade permite. Conversar sobre coisas amenas, perguntar, "como foi seu dia?", "como é que está?", "tá bem?". Sobre coisas grandes, atualidades, assuntos sérios de todo mundo, coisas corriqueiras ditas no noticiário das 8. Vale a intenção, a consideração, a disponibilidade. O mundo é tão hostil, tudo tão brutal, um soco na boca do estômago da realidade, só tédio, tristeza, monotonia, cada um por si, na sua redoma de vidro, armadura de cavaleiro medieval, frieza glacial. Tua presença é qualquer coisa de luz, um farol no mar bravio ao marinheiro desesperado, a chama de uma vela na escuridão brutal, uma estrela na noite fria dos meus dias, uma musica não sei de onde, um som de flauta, tu não chega como qualquer um, surpreende, chega chegando, entende? Um dia sem você faz muita falta, fica um vazio, um oco nas horas, incompleto. A velha historia do bater o ponto, marcar presença, ser o diferencial, fazer a diferença.

Não gosto de discutir com idiotas pelo simples fato de que eles ficam ainda mais idiotas. Então, se não discuto com um idiota, é porque quero poupá-lo de ele ser ainda mais idiota.

O teu beijo tem um gosto de amor no meu paladar.

Respirar fundo primeiro. Aguardar a calmaria das emoções. Assentar as poeiras que levantamos. Não prometer, não responder, não decidir. Só respirar fundo.

Azar? Azar é não tentar, não é não conseguir chegar ao destino que queremos. Azar é não sair dos trilhos e ver o que está do outro lado da vida. Azar é cair e recusares levantar-te. Azar é cruzares-te com quem não queres e deixares que isso te faça mal. Azar não é nada acontecer, é não tomar a iniciativa.
Azar? Azar é acreditares que o azar existe e que te condiciona.
Azar é não conseguires sorrir quando o dia coloca uma nuvem cinzenta por cima da tua cabeça. Azar é não abraçares as coisas simples que te fazem feliz. Azar é esqueceres-te de quem és. Do que queres.
Azar é esqueceres-te de ti.

Ontem ao adormecer: em quem pensaste? Quem foi a última pessoa que te cruzou o pensamento? Quem, naquele momento em que ainda não deixaste que o sonho te invada, permaneceu na tua mente? Quem se instalou no teu querer e fugiu contigo para o teu sono? Quem levaste contigo dentro da tua alma?
Hoje ao acordar: em quem pensaste? De quem eram os braços que te apeteciam? De quem era o beijo que esperavas que te acordasse? Quem querias sentir junto a ti nos primeiros raios da manhã? De quem era o cheiro que te querias aperceber antes dos olhos sequer abrires?
Ontem, tal como hoje: adormeci e acordei contigo.
E tu, meu amor? Em quem pensaste?

Prometo. Prometo que continuarei a ser sempre eu. Que não mudo o meu mau feitio. Que continuarei a não deixar nada por dizer. Prometo que continuo a levar o mundo à frente quando quero algo. Prometo ter sempre um sorriso e um colo. E lágrimas. E um abraço mesmo nos dias maus. Que continuarei a fazer disparates se me deixares. Que continuarei a ser a mesma miúda rebelde e senhora ajuizada.
Prometo. Prometo ser eu. E o que prometo cumpro.

Pega-me na mão e diz-me que vai tudo correr bem. Olha-me nos olhos e sorri. Dá-me um beijo e conforta-me. Faz-me um afago e acalma-me. Abraça-me e diz que ficas comigo para sempre. Que vais tomar sempre conta de mim. Que sabes que eu estarei sempre ao teu lado da mesma forma. Que nada existe que nos faça deixar de gostar um do outro.
Promete-me ficar e eu prometo-te não me ausentar.
Toma conta de mim. Que eu tomo conta de ti.