Gosto de Chocolate
Não há nada mais sublime que colorir nossos sonhos, que fazer deles uma festa dentro de nós. Não há nada mais
saboroso que o gosto de vê-los se realizando.
Eu não gosto de escrever. Gosto de já ter escrito.
A perda traz um gosto amargo, mas é isso que nos motiva a se reerguer depois da derrota e tentar mais uma vez, para provar o sabor incomparável da vitória.
De um lado: Pessoas fingindo sofrimentos, fardos e doenças para chamar atenção.
Do outro: Pessoas aproveitando desse momento para chamar atenção via ajuda, generosidade e compaixão excessiva.
Numa mesma situação temos a presença duas expressões populares:
"Se fazer de doente para ser visitado"
"Me engane que eu gosto"
De fato, o mundo inteiro é um palco (Shakespeare).
Meu escritor favorito, Ganymédes José, datilografava só com três dedos, o que não o impediu de deixar mais de 150 obras.
Eu digito com apenas dois dos meus dez dedos. A saber, com meus dois dedos médios, de preferência, que é com os quais eu mais tenho facilidade, e posso dizer, equilíbrio, para digitar, desde que aprendi e comecei a digitar.
12/12/2019
Bom diaaaa...gente de bem!
Gosto de gente,
do jeito da gente,
que vive abrindo mão do que tem,
mesmo sabendo que o bem de que tem,
muitos suores lhe custou.
Gente que não se vende por nenhum bem,
embora necessite do próprio bem bem
para lhe amparar e caminhar quando a dúvida lhe vier e assolar.
Gente que acredita no amor mesmo que distante,
difícil,
até impossível...
pois sabe muito bem,
que sua colheita lhe será sempre fértil,
pois traz consigo gravada,
na alma e coração a semente do bem
que floresce toda manhã,
sob a forma de luz e amor!
Eu sempre te amei, só que calado, de longe. E procurava nos outros todos os seus gostos, jeitos e trejeitos; mas não teve jeito, não era você.
Juntei os pedaços.
Colei-os
Refiz minha vida.
À antiga, dei um adeus de despedida.
Ainda sou pedaços...
Um quebra-cabeças
Montado
Que a qualquer brisa suave
Em mil pedaços se esparrama por todo lado.
Sigo bambaleando.
Na corda bamba da vida
Vivendo... existindo
Me refazendo...
Ao sopro forte do vento...
Às tempestades da vida...
Ao gosto amargo de certos dias...
Sigo... resistindo.
Odeio ter que trabalhar, abrir mão de minha felicidade apenas para conseguir dinheiro pra pagar as contas no final do mês.
Seu nome tinha gosto de fogo e asas, de fumaça em espiral, de sutileza e força, e do sussurro áspero das escamas.
Mas, não sei por quê, não consigo amar a natureza; às vezes ela é tão terrível, tão áspera e altiva... Acho que perdi o gosto pelo colossal. O tique-taque dos relógios desperta mais os meus sentidos que o vento nos desfiladeiros.
Gosto de pessoas que veem a vida com olhos diferentes dos demais, que consideram as coisas de maneira diferente que a maioria.
A ceia
A mesa está pronta!
Ódio, rancor e muito sangue.
O preparo para a comemoração foi lenta.
Passou se quase um ano.
Na mesa o reflexo de uma pessoa gélida e pálida, não há mais coração.
Ela olha a mesa posta, admira com frieza , o jantar está na mesa, não há convidados nessa noite tão sombria.
Suas receitas ninguém provaria.
Na taça o mais puro fel, cultivado nas montanhas das angústias, colhido nas noites sem céu.
A sua direita uma travessa, uma sopa de lamentos, uma entrada delicada que pede acompanhamento.
Pães feito com puro ódio, com a força do horror.
O prato principal, ela não esquecerá o sabor.
Servido em travessa elegante, grande pedaço de desamor, temperado com lágrimas e até com rancor.
Está frio, e sem sabor, mas ela provou.
De sobremesa um sorvete de coração pisoteado e triturado com calda solidão.
Na sua mente ela repassa todas as receitas que usou.
Percebe que de tudo nada mais tem sabor.
Ela olha para o lado e percebe que nada mais ficou.
E nessa grande ceia ela planejou, gostaria de receber um convidado.
No meio do tempero ela veneno usou.
Mas como não tinha convidados ela mesma o provou.
Um dia houve convidado, porém ele nunca mais voltou.
O veneno usado matou todo seu amor.
Nada mais de ceia, nada de amor
Nada de felicidade, ela nunca mais superou.
E num suspiro o jantar se findou.
Renata Batista
26/12/19