Gostar de Você
Assim como amor se fortalece com o tempo, se não haver responsabilidade/espírito de equipa, o tempo pode acabar com todo amor que alguma vez existiu.
Aplicação do conceito "amor eterno", depende do ângulo em que se vê!
Você de sua parte, aprenda a arte de amar e viva a eternidade en lobha!
É por não ter que vem a vontade de querer. É por desejar que vem a vontade de buscar. Querer é um quase ter por isso sentimos falta mesmo do que nunca tivemos.
Se sou eu digno de ter-te terei-vos, mas não te quereis lá, é como desejar o vento e abraça-lo, traz-me teu cheiro, mas não teu corpo, pois quero viver de ti, e não morrer pelo mesmo.
Dentre tantas derrotas, você foi a qual eu mais sofri. Pois a perdi, sem ao menos lutar, sem ao menos tentar, e tudo simplesmente por não crer, não acreditar, te merecer.
A luta te faz querer desejar ser mais fácil.
Mas não é a luta que torna tudo mais difícil, e nem a vida.
É a facilidade das coisas.
Vai por mim.
As pessoas que gostamos,estou falando das que realmente nos cativam!
Somos capazes de gostar delas de novo...
...e de novo.
Você começa a gostar de alguém
Quando você menos espera
Quase tudo que você ver ou ouvir
Vai lembrar dela
É fácil demais
E parece lindo
Você até sente uma paz
Vindo, indo e vindo
Quando você colocar a cabeça no travesseiro
Ela colorir seu mundo inteiro
Pena que minha mente
Diz "você não merece o que sente"
E eu concordo plenamente
Só estou aqui pra decepcionar ou magoar
Sem querer, sem falar
Apenas por mostrar
O verdadeiro eu
Das contrições
Entre o gostar e o querer
há um mal sofrível:
o se arrepender...
vem a tristezas atônita
e o peito vazio
vem sentimentos de noites
sem amanhecer
e as vísceras sangram, aflitas
à cruciação
não existe o que mais fazer...
toda dor traz suas sementes
nem todo céu é de encantos
nem todo rio é de encontros
nem todo verso quer rimas
nem todo chão dá poesia
nem há amor que se plante
em terreno baldio.
Ah, tudo seria tão mais fácil se eu te gostasse como você me gosta. Mas esse gostar é complicado de explicar, não é? Ou sente ou não sente. Não há meio termo.
Você tem um belo sorriso, uma voz doce e gentil. Mas o gostar não veio ainda. Estou aqui, esperando aquela sensação chegar e me tomar, mas ela não vem. Desejo lhe corresponder e sentir meu coração pulsar mais forte quando ele sente que o seu está pertinho. Mas ele não pulsa. Não dessa maneira. Você diz que perde as palavras quando estou chegando, e eu continuo aqui esperando as palavras sumirem quando você chega, mas elas não somem. Muito pelo contrário. Eu falo muito para tentar preencher o vazio do silêncio ao nosso redor, porque aquele silêncio te angustia e me angustia também. Porém, são angústias diferentes. A tua angústia é por não conseguir aproveitar o tempo que tem comigo e dizer o que quer dizer mas não consegue. A tua angústia tambem é por você sentir a necessidade de usar aquele tempo, que para você é pouquíssimo, tentando me fazer te gostar como você me gosta. Tentando agir de forma natural, mas que de natural não tem nada, querendo que eu te aceite e admire. Pois saiba que eu o aceito e admiro. Já a minha angústia é por saber o que te angustia e por não poder fazer nada para mudar isso. Por não poder, num piscar de olhos, te gostar como você merece. Não existe nenhuma outra pessoa ocupando esse lugar no meu coração, sabe? Ele tem espaço ainda, mas por alguma razão tu não o preenches. Queria poder te escolher e te colocar nesse cantinho especial no coração. O canto que faria minhas pupilas dilatarem ao lhe assistir andar, falar e sorrir. Eu quis escolher para quem entregar meu coração e assim o fiz. Entreguei meu coração Àquele cujo deu-me o sopro da vida. E agora ele está em suas mãos e não me devolverá para que eu o entregue à alguém, pois ele mesmo se encarregará disso quando achar que o tempo chegou. O gostar não se explica, não tem receita mágica, não nasce a base de quereres. Ele simplesmente vem quando tem de vir. Acredite, eu sinto.
Sinto muito.
Basta alguém querer e gostar para, imediatamente, surgir alguém que não quer e não gosta. O inferno, para alguns, é não saber conviver com isso!
Deixar de gostar não é, necessariamente, o fim do querer, mas é a morte do prazer. É um sentimento que até pode ser exumado, mas de difícil ressurreição.
Gostar de você...
É como ir dormir pensando no amanhecer;
Acordar e imaginar você no meu entardecer;
Viver e saber que durante o dia eu irei lhe ver;
Olhar seu sorriso, e saber o quanto é bom te querer.
Ode ao Gato
Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso. Nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis. Lembrei, então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu. Quem sabe, talvez,ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado? Quem sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?
Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso. "Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.
O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige. Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado.
É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali". Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir. O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber.
Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas. O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!
Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.
O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.
Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones. Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências. O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição do homem.