Geração
Parece que até a minha geração os cerébros eram gratuitos. Agora devem estar sendo vendidos, porque é tão raro encontrar um...
E é justamente sobre você que eu quero falar pros meus filhos, netos, bisnetos… até na geração que a vida me permitir.
O amor nos tempos modernos
Na verdade a nossa geração é a geração instantânea, o amor aos olhos de muitos é uma espécie de Fast food e assim, sendo comparado a um produto é algo que facilmente pode ser descartado quando acusado algum tipo de defeito. Com toda essa impaciência, muitos deixaram de acreditar que o amor é uma construção, que leva tempo para que ele se estruture. O amor que prevalece tem um alicerce, que com certeza é construído a base de superações e à moldura do tempo.
A memória é a chave da inteligência humana, mas para que a geração de uma memória ocorra, tem que haver emoção.
Meus amigos são da geração dos caretas
Que querem o sol duas vezes por dia
Que levam a lua ao céu
A troco de ver o sol nascer
Eles se alteram fácil
Botando tudo a perder
Eu só faço o que quero e o que me convém
Não obedeço a qualquer um
Não sou seu nem de ninguém
Mas tenho que adimitir
Que também sou dessa geração
E sou careta também
Religare
É tempo da nova geração,
Não implicam fiéis e infiéis.
Parece papo de religião.
Não é?
Não é não!
Implica fazer união
É uma mistura de nós
E o que falta então?
Liga, unidos, coração!!!
Religare a mente e corpo.
É como um parto sem dor;
Universo conspira a seu favor.
Esse é o caminho para o INFINITO,
Sem mistérios e opressão
Reluz, restaura amplidão.
RELIGARE É CRISTO NO CORAÇÃO.
Toda geração tem a chance de mudar o mundo.
O direito de ser ridículo é algo que a nossa vem preferindo.
A ausência da história pessoal
Para que os ritos mágicos consigam passar de geração em geração, o feiticeiro (ou xamã) deve esquecer tudo aquilo que aprendeu antes de iniciar-se na magia.
Segundo a tradição, um homem ou mulher que está preso ao seu passado, termina deixando governar-se pela maneira de pensar de seus pais, ou a sociedade em que vive. Por isso, todo iniciado escolhe um novo nome, e procura livrar-se de lembranças, boas ou más.
Para poder abandonar a história que viveu, o feiticeiro passa meses seguidos recordando, nos menores detalhes, cada um dos eventos de sua vida.
Algumas tradições pedem que ele fique horas a fio contando em voz alta, para um copo cheio de água, tudo que aconteceu em cada encontro com cada pessoa; assim, a experiência sai da memória e vai para a água – que em seguida é atirada em um rio. Desta maneira, a cabeça fica “vazia”, e pode começar a ser preenchia com novas coisas.
Uma vez livre de seus pensamentos antigos, o feiticeiro concentra-se no silêncio interior, e espera que os espíritos comecem a contar a verdadeira história do universo.
Este silêncio, junto com a ausência de lembranças passadas, dá ao feiticeiro a sensação de liberdade total para entender um novo mundo.
"Em cada geração, há poucas jovens que descobrem seu verdadeiro príncipe. Assim como as princesas dos contos de fadas na minha infância, uma vez que elas conhecem seu verdadeiro príncipe e percebem seu incrível amor por elas, elas voluntariamente desistem de tudo para segui-lo até on confins da terra. Elas vivem a vida com seu príncipe, e são totalmente diferentes do mundo ao seu redor. Elas são radiantes. Elas são confiantes. Elas mudam o mundo. Elas possuem verdadeiramente uma beleza autentica que flui de dentro. Elas mudam o mundo. Elas são separadas em completa e intima devoção total e absoluta ao seu príncipe. E elas destacam-se entre todas as outras jovens comolírios entre espinhos."
MASSAI – O FILHO NEGRO DA MÃE ÁFRICA
É na geração dessa grande raça Massai,
Que corre o meu grande sangue africano,
Aos passos duros do meu colorido Quênia,
Vão-se as ilusões e vibrações do meu corpo,
Despindo a alma no solo agonizante e sem paz.
O meu espírito e pele gemem por amor e reinado,
Duma África esquecida e marcada por cicatrizes,
É duro não poder descansar no leito da minha vida,
Que não abastece as minhas distâncias que cruzo,
Sozinho, e com o meu Deus, eu não quero guerra.
Nem mesmo o meu cajado se levanta mais no alvorecer,
E a minha lança não domina as minas, bombardeios e fuzis,
São apenas ferramentas de conhecimento e cultura,
Que vão ao longo do mundo sem qualquer serventia,
Aos gritos do filho da tribo Massai que foge ao além.
Seria aqui o meu território com extensas lágrimas?
Onde a modernidade não alça por aqui socialmente,
Apenas escraviza a minha alegria de não sorrir,
E vou andando por aí, a procura de um novo céu,
Onde as nuvens do meu Deus me guiam na solidão.
É nesta caminhada com aflição que rumo ao horizonte,
Sem entardecer envergo os pés no único solo materno,
Da mãe África aberta com veias e sangues inocentes,
Não... Ali não soa mais o tambor da minha aldeia,
Até parece que o espírito guerreiro me abandonou.
Da caçada humana deflagrada pelos homens brancos,
A minha boca estremece de medo e sem qualquer cobiça,
E as lágrimas já não escorrem no meu rosto como dantes,
Mesmo assim, sou filho da África da grande tribo Massai,
Guerreiro solitário do meu povo, eu vou andando sem fim.
E vou subir no Monte Kilimanjaro e observar a minha vida,
Falar com o meu Deus e pedir o sangue dos antepassados,
Que correm nas minhas frágeis veias no ápice desse espírito,
Perdoando com os olhos negros o silencio que voa no vento,
Levando a cada instante o meu louvor sem um tostão no bolso.
Eu sinto que a montanha branca também se despede,
Do coração de toda a África derramando as suas lágrimas,
Talvez seja o aquecimento global imputado aos brancos,
Do mais belo paraíso que satisfaz todos os africanos,
De onde eu posso gritar do seu topo o meu Adeus.
Porém, revejo que as esperanças são vencidas pela força bélica,
E minha lança já ultrapassada é a minha ferida que adormece,
Não une esforços com a modernidade que me sacoleja,
Do leste Africano, trago as lembranças do meu Éden,
Que se perdeu nas longas influências dos tiranos.
Não sou mais um guerreiro que luta em defesa,
O imperialismo das grandes nações sufoca-nos,
Absorvendo nos olhos a exploração capitalista,
Na corrida multimilionária da riqueza natural,
Marginalizando a minha cultura milenar.
Isto é o capital avarento de benesses pra perdoar dívidas,
Do qual o povo Massai e outras tribos não constituíram,
Por isso, vou subir no Kilimanjaro e rever a minha vida,
E peço-lhes que não façais do povo Massai o sacrifício,
Assim como Ruanda que emanou sangue como fel.
Eu acho que do alto do Monte Kilimanjaro, o sonho acabou,
Para cada lado que olho, vejo em cada fronteira um absurdo,
Da Etiópia, Somália, Oceano Índico, Tanzânia, Uganda e Sudão,
Vejo que não me resta nem mesmo o Lago Victória, tão longe,
Talvez, este poderia afagar o meu tormento nas profundidades.
O mundo não é mais o mesmo dos meus ancestrais,
A guerra, a fome, as pestes são frutos do homem branco,
Invadindo o meu ser que espanca a minha liberdade,
E saiba que eu não conheço outra forma de viver sem o gado,
Que campeiam nas gramas desérticas do meu coração.
Eu sou o homem negro abatido na minha própria África,
Porém, revejo que a esperança é vencida pela força bélica,
E minha lança já ultrapassada é a minha ferida que adormece,
Vejo que nem o meu cajado se levantar mais no amanhã,
E a minha lança afiada não vence as minas e nem os fuzis.
Há certo abismo entre a última geração pensante e a nossa: executante, dura e fria. Em algum ponto, deixamos cair a interrogação. É necessário que voltemos.