Genuíno
Élcio José Martins
PAI
Pai nosso que estás no céu,
E na terra sob o véu.
Presenteia-me com o troféu,
Sou declamador, sou menestrel.
Declamo alto seu nome,
De um amor que me consome.
Carrego no peito incólume,
Seu brilho e codinome.
Fruto espermático,
Do prazer orgástico.
Frissom lunático,
Do êxtase enigmático.
Das vindas e bem vindas,
Tu não sabes ainda.
Foste tu meu leme e meu rumo,
Foste tu a matriz, eu sou o resumo.
Das lições bem dirigidas,
De respostas arguidas,
Deste-me guarida,
Fez-me homem nessa vida
Seu tempo foi meu tempo,
Nem que tinha contratempo.
Deste-me a força, o amor e o carinho,
Fizeste meu cenário e meu ninho.
Compreendo o esforço outrora,
Não dei valor fiquei por fora.
Só percebi agora,
Quão grande é esse amor que aflora.
Das repreensões recebidas,
Às vezes dolorida,
Foi apoio na subida,
De uma alma distraída.
Pai, ser seu filho é um orgulho,
Pra defender seu nome eu juro,
No rio com piranhas mergulho,
Ando em espinhos e descalço em pedregulho.
Obrigado pelo abraço e afeto,
É um exemplo pra seu neto.
O amor que não te dei à época,
Hoje o meu coração te hipoteca.
Sem tu não viveria,
Nem viver atreveria.
Pois com sua maestria,
Me deste a alegria.
Me deste o mundo e um pouco mais,
Me deste o amor dos animais.
Fez-me poesia de seu amor,
Cantou meu sorriso e sofreu a minha dor.
No jardim você é a flor,
Na escola é o professor.
Na família o genitor,
E de Deus o sucessor.
Obrigado pai, por tudo que errei,
Obrigado pai, pelo pouco que retornei.
Mas agora que cresci eu sei,
Sempre, sempre, muito e muito te amei.
Élcio José Martins
Élcio José Martins
FAMÍLIA
Família tem contorno de ilha,
De avó, de mãe e de filha.
Tem o pão e o amor que compartilha,
Tem lição e instrução de cartilha.
A família é o esteio,
É o início, o fim e o meio.
É a avó com o coração cheio,
É o avô com as brincadeiras de recreio.
Família é a razão da vida,
Calma, suave ou atrevida.
É só perdão mesmo em bola dividida,
Só desiste dos seus, quando termina a partida.
É a rosa mesmo que o espinho doa,
É o calor mesmo ao tempo e na garoa.
Mesmo longe segue na proa,
Tem família severa e aquela que ri à toa.
Família é segurança,
É o ritmo da dança.
É a fé e a esperança,
É o sorriso e a alegria da criança.
Família é porto seguro,
É a liberdade cercada de muro.
É o verde fruto maduro,
É o amor latente, eu juro.
Família é o remédio e a cura,
É o ornamento de ternura.
É o médico que afasta o tédio.
É o lar, não importa o tamanho do prédio.
Família é a busca no aperto,
Na discórdia, no erro ou no acerto.
É a melodia do concerto,
É o símbolo que não precisa de conserto.
É a calmaria nas temidas tempestades,
É o amor no ceio das maldades.
É o entender das tenras falsidades,
É o afagar dos sonhos, dinamitando as vaidades.
Fujo, corro e escondo,
Pra mim, sou um estrondo.
Mas quando nada sai redondo,
É na família que acabo me recompondo.
Família é o astro que brilha,
É a lar recheado da mobília.
É a alegria dos pássaros cantarolando,
É raiz, é vida, É DEUS que está provando.
Élcio José Martins
Élcio José Martins
LEITE QUENTE
Leite quente dói o dente e
Queima a língua da gente.
Com chocolate é um presente,
Leva o frio e afaga a mente.
O sabor do leite quente,
Tem um jeito eloquente.
Abre um sorriso sorridente,
Tem o vício da aguardente.
Leite quente é diferente,
Difere enormemente,
Do dialeto falado normalmente,
Vem do sul a palavra cantada contente.
De cor branca e puramente,
Faz viver o ser nascente.
É calma no frio cantante,
Com chocolate faz a gente mais elegante.
Vem da brasa e do fogo quente,
Vem da dádiva do peito latente.
Para não ser uma mãe negligente,
Nutrirás seu filho com afeto e leite quente.
Élcio José Martins
Élcio José Martins
A INTERROGAÇÃO DA CURVA
O que tem depois da curva?
Pode ser o monstro que uiva,
Ou o santo que cuida.
É São Cristóvão que ajuda.
A interrogação persiste,
No medo que existe.
Não tem regra nem palpite,
E nem Lei que eu acredite.
O que tem de lá,
Não pode ser o que tem de cá.
De cá é o que conheço,
De lá virá o que mereço.
Rezo a reza, rezo o terço,
Vida longa que eu mereço.
Tempo de ida e recomeço,
Vejo a curva pelo avesso.
Interrogo o tempo,
Interrogo o maestro do tempo.
Perco a hora, perco o tempo,
Faço contas, quero mais tempo.
Curva leve a acentuada,
Com descida e encruzilhada.
Estrada da vida transitada,
Pelo amor e a intolerância malvada.
Pequenos automóveis na estrada,
Cruzam carretas desgovernadas.
Estradas esburacadas,
Ceifam vidas estruturadas.
Vem o medo e some o riso,
Irresponsabilidade sem juízo.
Na placa tem o aviso,
Seu freio é seu paraíso.
Mas na curva da ilusão,
Tem caminho e direção.
Afoga as mágoas da emoção,
Tem o amor que acelera o coração.
O câmbio que muda a idade,
Troca marchas de sonhos e saudades.
Quinta marcha dos Casebres de bondade,
Pede a ré os rincões da falsidade.
Mas tem a curva da fé,
Homens justos ficam de pé.
Foi Maria e foi José na manjedoura de sapé,
Que deu ao universo Jesus de Nazaré.
Élcio José Martins
Élcio José Martins
A MENTIRINHA BOA
Qual é o poder da mentirinha?
Ela é da sociedade, não é sua e nem é minha.
Ela está em todo meio,
Ninguém sabe de onde veio.
Umas são covardes e maldosas,
Outras, doces e amorosas.
Uma mata, outra cura,
Depende da cultura e da lisura.
A mentira é o contrário da fofoca,
A fofoca é verdade doente que estoca,
Faz doer, deixa encrenca pra valer,
Traz angústia, tristeza e padecer.
A verdade pode ser boa,
Mas pode não ser!
A verdade pode doer,
Mas às vezes tem que dizer.
Nem sempre a verdade é boa.
Ela pode doer muito. E à toa.
Esconder de algo insano,
É, com certeza, um ato humano.
O próprio relacionamento
É feito de mentiras e omissões.
As verdades são balas de canhões,
E as mentirinhas, balas de paixões.
Como estou? Você está linda!
Nossa! Fulano falou muito bem de você.
Mas aquela fulana tá chick hein!!!
Nem me fala! E aquele ...?
Assim é a vida.
Todos, de uma maneira ou de outra,
Escondem e se escondem,
Para que as amizades permaneçam...
A educação nada mais é do que adaptar-se.
Aprender truques e fazer meandros.
Tolerar e aceitar o outro como ele é,
Mesmo com a vontade de mandar para aquele lugar...
Contar até mil. Pensar, pensar e harmonizar,
Dizer palavras doces e meigas, amenizar.
Brigas jamais, apaziguar.
Um beijo na face para o encontro triunfar.
Existem as mentiras que trazem prejuízo,
São verdades ocultadas pelo medo do guizo.
Medo de como o outro agirá,
Melhor escondê-la porque já sabe o que virá.
Fuja das mentirinhas interesseiras,
São de pessoas delicadas, meigas e açucaradas,
Mas o interesse é uma rasteira,
São escoladas, treinadas e mascaradas.
Existem as mentiras que trazem prejuízo,
São verdades ocultadas pelo medo e juízo.
Medo de como o outro agirá,
Melhor escondê-la porque já sabe o que virá.
Se puder evitá-las, melhor será,
Se não puder evitá-las, seu coração que te dirá.
O importante é um coração contentar,
Ver um sorriso e uma face se alegrar.
Élcio José Martins
Élcio José Martins
CLUB RECREATIVO E ESPORTIVO DE GUARANÉSIA -CREG - 100 ANOS - (17/04/1917 -17/04/2017)
17/04/1917 a pedra fundamental era plantada,
Praça Dona Sinhá seu endereço e sua morada.
Um sonho de outrora se realizou,
Bem cedo à sociedade conquistou.
Cem anos perpassaram,
Causos e amores por lá passaram.
Muitos filhos também geraram,
Grandes orquestras os dançarinos animaram.
Foi local de grandes encontros alusivos,
Famoso pela organização dos eventos festivos.
Local de disciplina, respeito e fascinação,
Grandes homens de respeito participaram de sua gestão.
É guardado a sete chaves bem dentro do coração,
Foi palco de alegria, nostalgia e emoção,
É orgulho da cidade por manter a tradição,
Por anos a fio cumpriu sua missão.
Seu espaço tem beleza de Raiz,
Charlatão não metia o nariz.
Abençoado pelos santos da matriz,
Recebeu a água benta dos jatos do chafariz.
O cafezinho preparado todo dia,
Feito com esmero e simpatia.
Construído na mais fina harmonia,
Palco da dança, da musica e da poesia.
Cem anos de história,
Cem anos de glória.
Um livro escrito em cada coração,
Fez sua história como um grande anfitrião.
Também teve percalços,
Vestiu Luis XV e chegou ficar descalço.
Uma mancha em sua história,
Sorte que foi atitude provisória.
Fica a saudade. Realização dos sonhos,
Quiçá mais cem anos risonhos.
Novas mãos, novos gestores,
Mesma crença, mesmos santos protetores.
Élcio José Martins
Élcio José Martins
O DESCARTE DE UMA VIDA
Nasceu na fazenda Descarte.
Seus avós moraram lá.
Seus pais da Europa pra cá,
Sua esposa também se instalou lá.
Na lida do campo foi campeão,
Cultivou o alimento do patrão.
Café, cana, arroz, feijão,
Tudo teve seu amor e os calos de sua mão.
Madrugada, já estava na lida,
O orvalho molhava sua pele cuspida.
Suor e lágrimas vendidas,
Pra levar o pão à família construída.
O trabalho era pesado,
Anos e anos de um tempo apagado.
Por certo tempo ainda teve respaldo,
Valeu da força e seu suor sagrado.
Mas nem tudo é permanente,
Sol nascente e sol poente,
Sorriso sorridente,
E lágrimas descontentes.
Como um animal para o descarte,
Que o tempo apagou sem arte.
Na fileira para o abate,
Triste espera de quem o remate.
Aposentadoria de pobre,
Apesar do tempo nobre.
Vê na família o desamparo,
O máximo que pode é um três no baralho.
A demissão cortou na carne,
Perdeu a classe pelo desarme.
A tristeza nas linhas da idade,
Vê no retrovisor os rastros de maldade.
Élcio José Martins
Élcio José Martins
A INCENSATEZ DO NADA
A vida atribulada,
Meio atrapalhada,
Mesmo toda governada,
Fica algo pra outra jornada.
Pra tudo falta um fim,
Tiro de festim,
Lâmpada de Aladim,
Aspirante com espadim.
Tempero sem sal,
Ego do bem e de mal.
Escada em espiral,
Lapso temporal.
Cheiro de relva seca,
Cozinha sem receita,
Febre de maleita,
À espera da colheita.
Juízo sem juízo,
Lábios, boca e sorriso,
Jardins do paraíso,
Lágrimas de sobre aviso.
Busca de algo, será o quê?
Sem resposta, qual o porquê?
Mas tudo teima em querer,
Quer um novo caminho a percorrer.
Poeira levantada,
Berros da manada,
Camisa suada,
Pedras na calçada.
Porta estreita e selada,
Desvios de encruzilhadas,
Doutrinas empilhadas,
Vestes esfarrapadas.
Honestidades descarrilhadas,
Nádegas sem palmadas,
Cócegas de risadas,
Mandatários de privadas.
O brio sem brilho,
Egos afiados no esmerilho,
Dedos firmes no gatilho,
Pátria mãe perdeu seu filho.
Águas turvas da incerteza,
Contar notas com destreza,
Cueca perdeu nobreza,
Virou baú da esperteza.
Élcio José Martins
PARA TODAS AS MÃES....
MÃE
POR: José Luiz Mak.
Palavra tão pequena mas de uma força...
Mãe, em teus braços fomos acalentados com tamanha força e dedicação, Mãe; passa os dias e noites orando por nós, não tem limite, é tempo sem hora, luz que não se apaga, simplicidade quando sopra o vento em seu rosto, lágrimas ao ver seu tão amado filho sofrendo; Mãe; chora em silêncio, não tem ira; Mãe; afaga o meu rosto quando tudo parece estar perdido; Mãe, com suas mãos calejadas do humilde trabalho; Mãe; não tem maldades, tudo transborda em paciência e amor; Mãe; corre, trabalha, ajuda sem querer nada em troca; Mãe; está na ponta da língua em qualquer situação; Mãe, um olhar meigo e carinhoso a quem lhe ofende, transmitindo todo o amor que existe em seu coração; Mãe; quantas pessoas queriam tê-la; Mãe; anulando a dor em silêncio; Mãe; paz de espírito e sabedoria além dos tempos; Mãe; cabelos brancos quase que transparentes, carregando toda experiência do mundo; Mãe; único ser que gera em seu ventre algo tão especial; Mãe; parceira, amiga, confidente e conselheira; Mãe: as vezes brava, mas só de passagem; Mãe; omite situações para não magoar; Mãe; um abraço, um beijo, um carinho; Mãe; única, luz divina em nossas vidas.
VOCÊ EM MIM
POR: José Luiz Mak.
Teu cheiro amadeirado em minhas roupas, o gosto de tua boca em meus lábios, teus fios de cabelos no meu lençol, teu sorriso estampado ao sol, tuas unhas cor suave combinando com o penoar transparente. De fato, ainda há muito de você em mim, há muito de você em meu coração, a tristeza me faz morrer a cada dia, desespero constante de falta de você, tudo soa como uma irrupção em meu coração, um deserto que me assombra, incerteza, dor, insegurança. De fato, ainda há muito de você em mim, apenas um sinal, por mais simples que seja me fará ver o brilho do Sol, um grito calado, dor de quem sofre em silêncio, horas de solidão implorando o que já está implícito e tão visível em seu coração incólume, frio e sem graça dentro deste coração pernóstico. De fato, ainda há muito de você em mim, lágrimas caem sem parar em meu peito ferindo como fogo, escorrem dilapidando o que há de mais bonito de mim. Lembro daquelas tardes, daqueles dias, daquelas noites, sim aquelas noites! De fato, ainda há muito de você em mim. Penso o que há de errado e qual o motivo do caminho das pedras? Passo dias e noites pisando em estilhaços de vidro, em pontas de aço ferindo o minha alma e o meu próprio orgulho. Não quero riqueza e nem luxo, quero você fazendo parte de mim, formando um só coração. De fato, ainda há muito de você em mim, está impregnada como doença que não tem cura, como tinta no papel branco, como uma cicatriz em meu coração, tuas lembranças me incomodam e mesmo que eu quisesse mudar não posso, seria em vão.
CABELOS GRISALHOS
POR: José Luiz Mak.
A vida passa, o tempo passa, não me recordo o dia que percebi o primeiro fio de cabelo grisalho, talvez seja o corre corre do dia a dia, ou talvez a vontade de estar sempre jovem, me pego as vezes achando que o tempo passou muito rápido, não vi meus filhos crescerem, tão pouco a aquela árvore de ipê florir todas as primaveras, sinto que o tempo não passou, não existe apenas beleza dos cabelos grisalhos, mas sabedoria também, não que eu seja pernóstico, mas sabedoria e experiência de que nenhum jovem pode se vangloriar. Após todos esses anos de pura rebeldia, justo quando minha cabeça aceitou a cor prateada, meus cabelos grisalhos se fizeram maioria, obrigado Deus, pelo meus cabelos grisalhos. Cada fio dele tem uma história para contar, temos mais passado que futuro, temos mais alegrias que tristezas, mas não nos vangloriamos demais pela idade, ela nos trouxe toda bagagem, mas também todas as dores, não sinto as minhas forças indo embora, mas sei o quanto fui forte pra chegar até aqui, e, ainda que a velhice me tome de súbito, que os cabelos grisalhos se tornem muito brancos, que venham, mas brindem nossa sabedoria tão magnífica.
ALMAS
Por : josé Luiz Mak.
Almas destinadas se encontram para iluminar o Dia, luzes ao raiar fortalecem encontros fleumáticos, pessoas se encontram, pessoas se tocam, como que se fossem passar uma energia irradiante, pessoas se falam, poetas de sumidade deixando suscitar sentimentos que até então encontravam-se recônditos em suas mentes, amores que choram taciturnos ao anoitecer, encontros resultantes de Irrupção no coração, palavras arrebatadoras, palavras doces perenes em seu tênue coração, amigos que se abraçam procurando homizio no calor dos encontros, simplicidade, energia parte de nós criando perfeita balbúrdia na mente, taciturnos e ao mesmo tempo loquaz, sereno e belicoso, talvez a luz que precisamos esteja no recôndito de nossos corações.
MULHER
Por: José Luiz Mak.
Delicado ser que ilumina nossos dias, nos fazem mudar o mundo, entregar os pontos; Perfume que invade a mente e espalha pelo corpo, perene ao sabor dos lábios; Corpo que nos causa alarido e nos transforma em amantes eternos; Brilho intenso, ofusca olhares causando até balburdia entre os homens; Dias de fúria, dias de choro, dias de alegria, dias de mãe; Mente que sente, mente que guarda, sonhos frustrados, sonhos impossíveis, mesmo assim continuam sendo Mulher; Ama o filho, ama a todos, ama simplesmente por amar; Guarda em seu ventre o segredo que dá a vida, e em teu seio o leite que a alimenta; Noites em claro, dias apreensivos, saudades infinitas, contando em seu leito todos os segundos de um tempo que não tem mais fim; Ser tão indispensável quanto a água cristalina que mata a sede; São brilhantes no que fazem; Olhares no futuro, olhares desconfiados e ao mesmo tempo crentes na verdade; Mulher que não consegue esconder o que sente, amantes cheias de vida; Poucos que percebem que a alma da Mulher é sensível, reflete sobre as coisas mais do que outras pessoas, se preocupa com o que os outros estão sentindo, chora com facilidade, às vezes lhe falta um pedaço, está por um fio, partida em cacos, tão forte e tão frágil, Mulher criada para ser única, para encantar, para ser infinita, Mulher criada para ser Mulher.
ROSAS
Por: José Luiz Mak.
As rosas são perfeitas, enchem de cores nossas vidas, trazem no simples gesto de recebê-la ou doá-la uma emoção ímpar, cultivamos milhares de rosas em um só jardim e não encontramos aquela que procuramos, incessantemente buscamos em todos os rostos e corpos, em olhares e não encontramos; em outras vidas o perfume que elas exalam, passamos a vida toda procurando rosas por todos os lugares possíveis, só encontramos os espinhos que nos ferem. Rosas quando colhidas de um jardim de amor, de paz nos trás a vida e um ênfase tão grande que traduz todo o sentimento de um ser para outro. Rosas brancas na paz, amarelas no calor e na luz, lilás na sua espiritualidade e o vermelho que nos conduz a felicidade, a fortuna e a força. Quisera eu receber uma rosa por dia, uma cor de cada vez, assim transformaria a dor em cura, a ira em amor, o ódio em pó. Rosa é o próprio gesto da vida, o simbolismo da esperança, de receber em troca com o mesmo carinho a que oferecemos. Rosa, tão delicada e tão agressiva, tão perfumada e tão sensível. Rosa tu descansas com o brilho da Lua e o perfume perene, descansas com gesto de dar e receber, descansas com lágrimas de felicidade.
PASSOS NA AREIA
Por: José Luiz Mak
Quando passas por mim e não percebes, sinto um calafrio assim igual a um tremor causando um alvoroço, lindo pescoço, lindo dorso, desadormecer de um sorriso, ligando um suspiro ao desejo, causando alarido na mente, mente que sente que chora, que pede, deixando pândego seu próprio ego ao pensar que poderias sim, ao mesmo tempo deixando pérfido ao sonhar, caminhando até pensar que seria sempiterno em sua mente....passos na areia que somem Fugaz, se perdendo e anulando todo arroubo que sentes.
TALVEZ
POR: José Luiz Mak.
Eu já fui tão longe que não pude voltar, já fui depressa demais, envolvido e entusiasmado, vivi dias por semanas e meses por anos, ganhei, perdi tão estupidamente que não percebi qual era o melhor e qual o pior. Sonhei o que não pude alcançar e alcancei o que não deveria, me entristeci, chorei, gritei, quase desisti, cheguei ao fundo do poço, amarguras, mal tratos, humilhações; não vivi achando que teria vivido, destruí amigos, amores e o meu próprio brilho, foi tudo válido?! Talvez!? experiências ruins, muito tristes e decepcionantes, contestei a Deus, a vida e a mim mesmo, me julguei, me pus na obscuridade, acabou?! Talvez!? mudei de vida, de cidade, de atitudes, fiz novos amigos e novas promessas, cresci na estatura, cresci na puberdade e na maturidade, cresci na mente e na dignidade, ganhei da vida o que eu nunca poderia ter imaginado, ou, sonhado e que nunca poderia alcançar depois de ter perdido quase todas as esperanças, priorizei algumas coisas, abandonei os vícios e os velhos costumes, levantei o mento, me renovei, ouvi os mais velhos e mais experientes, absorvi tudo e qualquer benefício para minha vida e meu caráter, acolhi, ensinei, ajudei, emprestei, até mesmo doei o meu próprio ego, renasci novamente para a vida, perdoei a minha própria alma, fiz o possível e o impossível, acreditei, apostei meus dias e minhas noites, no final das contas valeu?! Talvez!?
TOQUE
Por : José Luiz Mak.
Passas por um caminho de pedras, tentas iludir seus pensamentos, mas na verdade seu coração está clamando por carinho, paixão, fica sensível ao toque da pessoa amada, um sorriso, um abraço, mil pensamentos, vida sem amor é não ter vida, pessoas ao redor felizes, ás vezes tristes por perder um amor, mas sonhe, sonhe bem alto, peça aos anjos um amor que nunca vai se apagar, corra, fale, grite, peça a eles um amor que te fará chegar ás nuvens, chore se for preciso, mas pense nele, no amor só ele é capaz de te levar perto dos anjos tão leve quanto uma pluma, Toque o coração de um deles e verás que o amor te absorverá o coração, jogue beijos ás estrelas e receberás a luz como compensação de amar com a alma e o coração limpos......Toque em seu coração e sinta o AMOR.
TEMPO
Por: José Luiz Mak.
Tempo, palavra que assola os dias, palavra perene em nossas mentes como sementes incrustadas que nos faz acreditar que tudo passa; tempo, quase que nunca temos, que nunca observamos; tempo, implícito nos mais antigos, não revelador; ou sim; tempo, que podíamos aprender, amadurecer, mas que não o fizemos por falta de tempo; tempo que nos faz crescer; tempo, vivido e não dilapidado; ou talvez sim; tempo, de convivências, experiências e decepções; tempo, de multiplicar e deixar incólume ao próprio tempo; tempo, que as vezes nos deixa petiz e tão tênue a ponto de ficarmos inócuos ao seu próprio saber; tempo, que cresce e aumenta e nos faz suscitar esperanças de um tempo melhor; tempo, regado de trabalho, sonhos e realizações; tempo, que queima ígneo no pulsar dos dias; tempo, que nos deixa plissado e com marcas na pele; tempo, ardiloso por vê-lo passar como se fosse não querer; tempo, que arranca lembranças as vezes belas; ou não; tempo, de um passado que nos pede refúgio para não passar o próprio tempo; tempo, para amar, colher e desfrutar; tempo, tempo, tempo, já estou quase sem tempo.
UM MINUTO
Por: José Luiz Mak.
Olho para o céu vejo estrelas e luas; por um minuto de distração olho para a vida e vejo tudo passando assim como um cometa; um minuto rege uma vida; um minuto basta para sentir o cheiro da flor, sentir a transparência da água; um minuto você ama, odeia, chora, pede perdão, perdoa; um minuto por um abraço, um beijo, uma flor; um minuto pela desilusão, conquista, decepção; um minuto para que sua vida possa mudar; um minuto estamos perto, estamos longe; um minuto para ferir; um minuto para curar; um minuto para ouvir o canto dos pássaros, beijar uma flor; um minuto sente o vento, a brisa do mar, um grito no ar; um minuto para amar; um minuto para a eternidade.
DIVERSIDADE (Pessoas)
POR: José Luiz Mak
Sonhamos estar evoluídos, mas não; trânsito gigante de pessoas, pessoas que nem conhecemos, que procuram seu lugar ao Sol, pessoas que procuram sei lá o que, pessoas com suas manias, vontades e preferências, pessoas que nascem ao mundo sem sequer saber a que vieram, pessoas decididas, pessoas confusas, pessoas tristes, felizes, amáveis, as vezes amargas como fel, pessoas que não aceitam outras pessoas, que não aceitam as diferenças, que diferenças ?!?! Se somos todos iguais ! Pessoas sensíveis, justas e leais, pessoas, pessoas, gente, gente como a gente, pessoas com seus sonhos barrados por simples preconceito, discriminadas aos olhos de pessoas; pessoas cheias de amor, pessoas, pessoas, pessoas atiladas, pessoas que também sonham, pessoas vindas do ventre que continuam sendo pessoas, pessoas homofóbicas, pessoas que nem sabem que também são pessoas, pessoas que são todas iguais nas diferenças, pessoas reprimidas, pessoas que reprimem, pessoas sofrendo violências por humanos, por pessoas, pois rouba a energia plena da vida que é a sexualidade, pessoas não respeitando sua subjetividade, pessoas que sente, vê, pensa à respeito sobre algo e que não segue um padrão, sonhamos estar evoluídos, sonhamos que pessoas entendam que pessoas são pessoas e filhos do Pai.
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