Genuíno
Para aqueles que vivem de finais de semana
"E agora José?
O carnaval acabou
A felicidade se foi
O final de semana passou
E a segunda chegou.
Sua angústia se apresenta
Covarde de sua existência
Vive amargurado por vender sua força de trabalho
Nunca serás homem
Tampouco mulher
Serás sempre escravo
Tanto de si quanto dos outros
Pois inerte em festinhas e baladas
Se perde na ilusão de suas próprias mentiras".
Incompleto
Amar, sem ser amado
É como juli, sem ana
Maria, sem josé
Bruno, sem marrone
chitão, sem xororó
A lua, sem o sol
O laço, sem o nó
ver, sem perceber
Correr, sem se mexer
Olhar, sem poder ver
E eu, sem ter você
JOSÉ
E agora, José?
A copa acabou,
a luz não pagou,
o juro subiu,
o boleto expirou,
e agora, José?
e agora, você?
Você, que é um número,
só um entre tantos
Você que faz empréstimos,
que compra, ostenta?
e agora, José?
Está sem sindicância,
está sem recurso,
está sujinho,
já não pode efetivar,
já não pode parcelar,
discutir já não pode,
a inflação aumentou,
o reajuste não veio,
o concurso público não veio,
o hexa não veio,
não veio a aposentadoria
e a corrupção dominou,
a justiça aboliu,
dr Enéas morreu,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce jornada,
seu direito de férias,
sua multa de rescisão,
sua Unimed,
sua bolsa de estudo
seu seguro desemprego,
sua gratificação,
seu 13°, - e agora?
Com direito a escolher
quer eleição,
não existe eleição;
quer votar,
mas o golpe forjou;
quer atravessar a fronteira,
O Sem fronteiras não há mais!
José, e agora?
Se você implorasse,
se você concordasse,
se você aumentasse,
a hora extra,
se você negociasse,
se você mendigasse,
se você protestasse...
Mas você não faz greve,
você tem orgulho, José!
Dobrando o turno
Qual um escravo,
sem segurança
sem hora almoço
para descansar,
sem conta poupança
que desafogue,
você tributa, José!
José, para quem?
JOSÉ BONIFÁCIO
De tantos olhos que o brilhante lume
Viram do sol amortecer no ocaso,
Quantos verão nas orlas do horizonte
Resplandecer a aurora?
Inúmeras, no mar da eternidade,
As gerações humanas vão caindo;
Sobre elas vai lançando o esquecimento
A pesada mortalha.
Da agitação estéril em que as forças
Consumiram da vida, raro apenas
Um eco chega aos séculos remotos,
E o mesmo tempo o apaga.
Vivos transmite a popular memória
O gênio criador e a sã virtude,
Os que o pátrio torrão honrar souberam,
E honrar a espécie humana.
Vivo irás tu, egrégio e nobre Andrada!
Tu, cujo nome, entre os que à pátria deram
O batismo da amada independência,
Perpetuamente fulge.
O engenho, as forças, o saber, a vida
Tu votaste à liberdade nossa,
Que a teus olhos nasceu, e que teus olhos
Inconcussa deixaram.
Nunca interesse vil manchou teu nome,
Nem abjetas paixões; teu peito ilustre
Na viva chama ardeu que os homens leva
Ao sacrifício honrado.
Se teus restos há muito que repousam
No pó comum das gerações extintas,
A pátria livre que legaste aos netos
E te venera e ama,
Nem a face mortal consente à morte
Que te roube, e no bronze redivivo
O austero vulto restitui aos olhos
Das vindouras idades.
“Vede (lhes diz) o cidadão que teve
Larga parte no largo monumento
Da liberdade, a cujo seio os povos
Do Brasil te acolheram.
Pode o tempo varrer, um dia, ao longe,
A fábrica robusta; mas os nomes
Dos que o fundaram viverão eternos,
E viverás, Andrada!”
Uma Feliz Páscoa! E que você nunca desista de seus sonhos...
Para um José sonhador: Deus tem uma cadeira de Governador;
Para uma Jacó que luta com o anjo: Deus tem um novo nome de Vencedor;
Para uma Ana perseverante: Deus tem um menino Profeta;
Para um Davi guerreiro e ungido: Deus tem a pedrinha que nunca Erra;
Para um Moisés obediente: Deus tem um cajado que abre o mar;
Para três jovens corajosos: Deus tem um passaporte para dentro do fogo passear;
Para quem tem sonhos: Deus tem Realização;
Para quem tem Fé: Deus tem sua poderosa mão;
Para quem tem Esperança: Deus tem honra e Restauração:
Para quem luta e não recua: Deus tem a unção de Campeão!
Fiz café para o João e o José Carlos, que hoje completa 10 anos. Eu apenas posso dar-lhes os parabéns, porque hoje nem sei se vamos comer.
Salomão teve mil mulheres e nunca foi feliz como José, que teve apenas uma! Mil mulheres erradas não fazem o papel de uma certa!
Todo dia um ninguém josé acorda já deitado
Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo
Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz
Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz
Abraão era velho, Jacó era inseguro, Lia era sem atrativos, José foi maltratado, Moisés gaguejava, Gideão era pobre, Sansão era codependente, Raabe era imoral, Davi teve uma amante e todo tipo de problema familiar, Elias tinha problemas suicidas, Jeremias era depressivo, Jonas era relutante, Noemi era viúva, João Batista era excêntrico para dizer o mínimo, Pedro era impulsivo e temperamental, Marta se preocupava demais, a mulher samaritana teve vários casamentos fracassados, Zaqueu era indesejado, Tomé tinha dúvidas, Paulo tinha saúde fraca e Timóteo era tímido. Aí esta uma boa variedade de desajustes, mas Deus usou cada um deles a seu serviço.
Libertação
À José Martí
Dar a vida pelo país,
Jorra o sangue em defesa do povo,
Lutar de corpo e alma, eis a vida
De quem batalha.
Querer a liberdade, e ser livre
Para escolher entre a liberdade
E a prisão libertar e libertar-se.
Eis, poesia a libertação,
Eis o amor a libertação,
Eis a vida em busca de liberdade,
Eis o viver a libertação,
Eis, viver e correr o risco.
Querer ser livre e ser livre
Sem roubar o direito do outro.
Revolucionar coletivamente,
Junto com o povo.
Saber que numa nação tem vida,
E preservar a vida é muito importante,
É lutar pelo porvir, e buscar o sorriso
Das crianças brincando na rua
Livremente.
Élcio José Martins
O SONHO NÃO PODE ACABAR
O templo edificado,
De luta e suor sagrado,
Extirpa nódoas do passado,
Do teatro representado.
A vida que descerra,
A bandeira branca na terra,
Corta o verde da serra,
De sangue vermelho encerra.
No teatro da ilusão,
Faz poesia o coração.
Encanto d’alma sem razão,
Do cárcere sem prisão.
Julga o júbilo ao avesso,
Sem nome e endereço.
Rasga seda de adereços,
Das vindas e recomeços.
A lua da madrugada,
Rítmica e desvairada,
De holofotes e camaradas,
Das fronteiras desarmadas.
Na construção do saber,
Reluz um amanhecer.
Anoitece no escurecer,
Vislumbra o conhecer.
Do pecado consumado,
Do delírio rebuscado,
Encanta a alma do famigerado,
Brinda o brado redobrado.
Chora o peito magoado,
Do sentimento esmagado.
Das promessas do passado,
Aspas fechadas do cérebro brindado.
Vem do sol a esperança,
Do seu brilho a confiança,
Do seu calor a temperança,
De sua beleza a perseverança.
Contrasta força e educação,
Dá namoro solução e precisão.
Enlace de poder e decisão,
Lua de mel pedem os filhos da nação.
Élcio José Martins
BRASIL, mostra tua cara!!
No país de José e Tião, da Cida e da Maria, se ouvia falar que lutaram pela independência. Que um dia a Bandeira refletia o orgulho de uma nação rica em Verde e Amarelo!
Com o tempo o Verde foi dando lugar a nossa atual selva de pedras e o Amarelo deixou de ser ouro pra misturar com o Azul do céu que se tornou em chumbo...um verdadeiro céu de cinzas.
Já houve aqui quem morreu acreditando; "Libertas quae sera tamen" e quem acreditou tanto que criou "Cinqüenta anos em Cinco."
Teve aqueles que lutaram com a música e a arte, e por amar nosso Brasil mesmo sem fazer parte, foram exilados, mortos, sem pestanejar.
Já sentindo-se roubados dos direitos de liberdade, nosso povo bradava em uma só voz "Diretas-já" e como uma Fênix renascida das cinzas, surgia um novo país...mas até quando?
De tanto não sabermos escolher, escolhemos errado! O galante e esportista Presidente nos golpeou com um "Cruzado"... E foi tudo o que restou..sem eira nem poupança...
Na real ou no Real todos queriam mudanças! Não bastava ser igual a Dólar, tinha que ter abastança. Mas esse nosso povo sofrido, foi calando sua voz...da luz no fim do túnel só se viam as altas contas de energia.
Todos nossos melhores grãos, nossas maiores riquezas nunca serviam a mesa do pobre José ou João. dona Maria na fila do leve leite, dona Ivete descontente porque um filho não tinha vaga na escola e o outro doente e sem vaga no corredor.
Um Presidente pobre, que lutou e viveu como pobre, foi a esperança de quem continuava a contar as moedas do pão. Numa falsa ilusão, o Brasileiro se viu acreditando que o país Tetracampeão do futebol daria auxílio aos tetraplégicos e não usassem só genéricos pra continuar a nos enganar.
Mas a novela....ah nossa novela...que nos prende a atenção. Seja ela ou futebol, seja quarta ou domingão.
Pouco a pouco foi deixando nosso povo alienado, não que ver seja pecado, mas a vida nunca é bela se se morre em frente a tela, tendo um mundo ao seu redor.
Tem agora a internet! Quem quer ver tá tudo lá. Tem o "chat" ou o vídeo hilário, que faz piada com a formiga, o bêbado e a mãe que briga, viram Hit Popular! Já não sentamos a mesa. Quer falar com Paulo ou Bete, conecte-se a internet e vire um vulto alienado.
Não sei quando começou, mas sei quando vai parar! Já cansei de ser piada, seu jogo de cartas marcadas nunca mais vai funcionar!
E pela PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA, meu País pode cantar: "A gente não tem cara de panaca, a gente não tem jeito de babaca! E saímos do "deitado eternamente em berço esplendido" para " ...Verás que um filho teu não foge a luta"...
Vem Brasileiro!! Chora e luta pela tua terra, teu direito, tua dignidade!
Luta com as armas da paz, com a indulgência que te é negada, luta pelas filas pelas estradas esburacadas, luta pela fome e por ter que pagar mais!
Luta, seja rico ou pobre! Muitos lutaram pra terem o que tem e sabem o peso e sentem o medo de acordar sem nada, pois nesse circo de horrores não seremos mais palhaços ou atores e vamos escrever nossa nova história, nossa velha e nova canção:
"Vem! Vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz AGORA e não espera acontecer"
BRASIL, MOSTRA TUA CARA...
Vitor Nagao (Vio Ray) Um pedaço desse sonho chamado Brasil
TAO TE KING - LAO-TSÉ
VERSO 4 - INTERPRETADO POR JOSÉ LAÉRCIO DO EGITO
O Mestre não deve esperar que o discípulo chegue à Perfeição Absoluta, desde que por mais que procure dentro do relativo ele jamais chegará à uma coisa chamada, Deus, Perfeição, ao Tao pois somente no Infinito encontra-se a Perfeição, Nele está contido tudo, a Ele coisa alguma pode ser tirada ou acrescida."
O Tao é o vazio inesgotável, e a fonte do profundo silêncio, que o uso jamais desgasta.
Desvalores e valores são próprios do mundo dialético, relativo, portanto condições ainda distantes da Perfeição.
"O Tao é como um vaso inesgotável, mas vazio. Mesmo vazio contém o segredo de toda plenitude"
O Mestre não deve julgar-se perfeito mesmo se ainda estiver imbuído de valores que os considera pureza, pois a pureza ainda está distante da cientificação perfeita. A Perfeição Absoluta está no Tao e o Tao é o vazio inesgotável. Enquanto o ser tiver qualidades ainda não chegou à Perfeição.
"O mestre cheio de conceitos, de hábitos, de pontos de vista dogmáticos, jamais poderá captar o sentido real do Tao, que se expressa justamente pelo vazio"
O Mestre pelo exemplo pode apenas induzir a marcha própria de cada discípulo no sentido da vacuidade de onde, observando o caminho do Mestre, ele siga o seu na busca da perfeição, sinta o Tao, "Origem de todas as plenitudes do mundo".
Do "vazio do Tao" todas as coisas procedem assim na caminhada própria correta o discípulo pode encontrar e trazer valores mediante os quais à cada dia ele chegará mais próximo da perfeição.
Não são repressões, condenações e nem mesmo exaltações que conduzem o discípulo à perfeição pois nos ensina o Tao Te King: "Suavizai o corte, desfazei os nós"...
O Mestre não deve tornar o caminho do discípulo nem árido, afim de que ele não o abandone, e nem muito suave: "Diminui o brilho, deixar que as rodas percorram os velhos sulcos". O Mestre não deve interferir diretamente na caminhada do discípulo, deixar que cada um siga o mesmo caminho que outros percorreram, mas pelo exemplo mostrar o sulco mais eficiente. A carroça segue melhor nos velhos sulcos deixados por outras carroças que já trilharam o mesmo caminho.
O Mestre deve considerar seu próprio brilho a fim de se harmonizar com a escuridão do discípulo; não deve salientar seu brilho para que não ofusque o discípulo.
" ILUMINAR PÁSSARO À NOITE É TORNÁ-LO MAIS CEGO AINDA ".
O Mestre deve ser um farol mas se necessário diminuir o seu para poder se harmonizar com a escuridão dos outros. Isso indica que a luz deve ser mostrada gradativamente ao discípulo, pois se ela se apresentar muito forte este se desestimulará julgando não poder chegar tão distante.
E agora JOSÉ?
Sera que vale a pena trocar seu ano novo agito e sei lá mais o que, por u bom livro, um filme um Cappuccino e qualquer coisa que engorde?
José meu ajuda!
José,
José,
você não ajudou nada, só me deixou mais confuso...José vai tomar banho, cansei de você também, volta pro teu pai Drummond que é teu lugar...
VAI!
VAI!!!
Ja foi??
...
?Não volta, volta José, não me deixe aqui sozinho, por que depois da fúria...depois da fúria vem a solidão...
E agora José ?
Se este é o paraíso, ainda não sei
Encantei-me e já me adentrei
Nesta chuva já me molhei
Dei e me lambuzei
Gostei, pedi bis
Está-se certo ou errado
Fui eu que assim quis.