Gente Mimada
É que acho que a vida fica melhor quando a gente tem com quem dividir as coisas. E por melhor que você se relacione com sua família, por mais fiéis e legais que sejam os seus amigos, nada substitui um amor. Não estou dizendo que quem está solteiro é infeliz, eu já fui solteira. E feliz. Mas sempre quis uma pessoa pra ouvir meus silêncios e conversar com os olhos. Um dia eu encontrei. E quer saber? Descobri que a felicidade tem reticências sem fim.
De alguma forma eu sabia que seria amor. Eu não sei, mas acho que a gente olha e pensa: 'Quero pra mim'. Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, é...
Eu já quis tantas coisas. Fiz tantas outras. Dizem que a gente não deve se arrepender do que fez, só do que não fez. Mas eu não conheço nenhuma pessoa que nunca tenha se arrependido de ter feito ou dito algo. Eu já me arrependi, sim. E muito. E tive a coragem de tentar acertar as coisas. Nem sempre sei o que fazer, mas sei reconhecer um erro. Aprendi a pedir desculpas e acho isso bonito. É importante a gente conseguir olhar para dentro e fazer uma análise crua de quem somos.
Tem gente que com um simples sorriso, um longo abraço ou suaves palavras, já consegue iluminar o meu dia.
São aquelas poucas pessoas que eu sei que posso contar nos momentos ruins, quando preciso de um empurrãozinho.
Aquelas poucas pessoas que me mostram que eu tenho de onde tirar forças quando não consigo tirar mais de mim.
Aquelas poucas pessoas que trazem calma para a minha alma, paz para o meu espírito e alegria para a minha vida.
Tem gente que só de passar em nossas vidas já nos faz um bem enorme. Tem gente que é assim, perfumada em ações, que tem carinho no olhar e amor no coração. Gente que nos enche de sorrisos, gente alegre que partilha com a vida o sabor que ela tem.
Tenho assim… aquela coisa… como era mesmo o nome? Aquela coisa antiga, que fazia a gente esperar que tudo desse certo, sabe qual? (…) Esperança!
É muito bom quando a gente sente as coisas, mas não sabe muito bem como expressar. E aí, chega alguém e desnuda as verdades em que a gente acredita.
Gente que abraça forte. Gente que chora com você e entende suas dores. Gente que dá ombro e deixa que as lágrimas molhem a camisa. Gente que ama, que é amado, gente que se entrega. Gente doce, gente forte, gente frágil. Gente gentil e de boa índole. Gente que te faz feliz de longe. Gente que gosta da gente do jeito que a gente é.
Tanto tempo faz que a gente não se via, a saudade me enganou e deu lugar a nostalgia. E já não me interessa onde estivemos sem saber, sobrou em pensamentos a vontade de te ter…
Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida
E quando é preciso, a gente 'finge' que sofre, chora até se necessário. Tantas atrizes por aí que a globo ta perdendo, eu por exemplo.
O que acontece é que tem uma hora
em que ninguém mais aguenta ouvir
a gente entoar nossa sina, lamentar
nossa má sorte, procurar explicações
para o fim. É quando a gente se dá
conta de que já abusou da paciência
dos amigos, familiares, e cala.
Sofrimento cansa.
Não só cansa aquele que sofre,
mas também aqueles que o assistem.
"Alguns desacertos pelo caminho fazem a gente perder três anos da nossa juventude, fazem a gente perder uma oportunidade profissional, fazem a gente perder um amor, fazem a gente perder uma chance de evoluir. Por desorientação, vamos parar no lado oposto de onde nos guardava uma área de conforto, onde encontraríamos pessoas afetivas e uma felicidade não de cinema, mas real. Por sair em desatino sem a humildade de pedir informações a quem conhece bem o trajeto ou de consultar um mapa, gastamos sola de sapato à toa e um tempo que ninguém tem pra esbanjar."
Quando a gente se revela, os outros começam a nos desconhecer.