Gente Mimada
Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer.
O que acontece é que tem uma hora
em que ninguém mais aguenta ouvir
a gente entoar nossa sina, lamentar
nossa má sorte, procurar explicações
para o fim. É quando a gente se dá
conta de que já abusou da paciência
dos amigos, familiares, e cala.
Sofrimento cansa.
Não só cansa aquele que sofre,
mas também aqueles que o assistem.
Eu gosto das coisas compartilhadas. Gosto dos segredos que a gente conta pra alguém, e esse alguém guarda como se fosse dele mesmo. Gosto do sorriso que recebo nos dias em que as coisas não estão bem. Sorriso atrai sorriso. Gosto da amizade que fica, daquelas que te ensinam, que você briga, mas que não vai embora, não acaba. Gosto das minhas manhãs, porque nelas vejo oportunidades de Deus pra minha vida e pra minha história.
E foi então que eu descobri uma coisa fantástica, talvez a mais fantástica de todas: quando a gente para de procurar desesperadamente por um amor, a gente percebe que pode amar qualquer coisa. Eu posso amar meu computador, minha rua, minhas fotos, minha empregada, o nhoque da minha mãe. Ou até mesmo uma tarde qualquer e sem grandes emoções como tantas.
Estou sempre falando as mesmas palavras, e a gente sempre se desencontrando, se desentendendo, seja no silêncio ou na repetição, nunca se afastando realmente e também nunca juntos, uma lengalenga que pode até parecer amor (...) Dois anos pedindo pra você me deixar em paz e nas entrelinhas gritando: me ame, seu idiota! E você surdo, mudo, cego e burro, desperdiçando o que eu tenho de mais sagrado, de mais inteiro e mais honesto. (...)Você prometia. Tinha, e tem, potencial. Só não sabe o que fazer quando chega a hora de se entregar, prefere escapulir feito um rato. (...) É o homem que eu amo, e isso lhe deveria servir. Mas se não serve, se você dispensa esse tipo de sentimento barato, fazer o quê? Para mim é sofrimento localizado, e demorado, admito, mas não vai durar tanto quanto sua catástrofe emocional, que é pra sempre.
Não te preocupa. O que acontece é sempre natural — se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito.
"Alguns desacertos pelo caminho fazem a gente perder três anos da nossa juventude, fazem a gente perder uma oportunidade profissional, fazem a gente perder um amor, fazem a gente perder uma chance de evoluir. Por desorientação, vamos parar no lado oposto de onde nos guardava uma área de conforto, onde encontraríamos pessoas afetivas e uma felicidade não de cinema, mas real. Por sair em desatino sem a humildade de pedir informações a quem conhece bem o trajeto ou de consultar um mapa, gastamos sola de sapato à toa e um tempo que ninguém tem pra esbanjar."
Quando a gente se revela, os outros começam a nos desconhecer.
Tem coisas da gente que não são defeito nem erro: são só jeito da gente ser. O negócio é acostumar com isso e não sofrer. Aliás, o melhor jeito, em relação a qualquer coisa, é sofrer o mínimo possível. Aquilo que os americanos chamam de relax and enjoy – mais ou menos "relaxe e curta".
...porque a gente nunca quer uma pessoa que nos complete. Queremos quem nos transborde. Que não nos faça caber mais em nós mesmos. Na verdade sempre queremos aquela, que nós faz sentir grandes demais, para um corpo tão pequeno.
Tanto tempo faz que a gente não se via, a saudade me enganou e deu lugar a nostalgia. E já não me interessa onde estivemos sem saber, sobrou em pensamentos a vontade de te ter…
Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida
E quando é preciso, a gente 'finge' que sofre, chora até se necessário. Tantas atrizes por aí que a globo ta perdendo, eu por exemplo.
Ainda bem que algumas coisas salvam a gente. Sabe, sempre tem algo que salva a gente. E se não tiver, invente. A minha regra é clara: volta e meia preciso fugir do mundo real, não por maluquice ou coisa parecida, é por pura sobrevivência.