Gente Mimada
A gente está muito perto do mal, por isso procuro ficar perto do Bem.
(Policial e Surfista Fabio Boop , de Maresias, em Aparecida do Norte, in Papo de Polícia, MULTISHOW)
É que seu coração é grande demais, e o problema de ter um coração grande é que cabe gente demais e tudo que é demais sempre acaba sobrando.
Já perdemos muitas batalhas. Perdemos familiares. Gente de bem, tão querida e amada, que sua falta nos tirou o chão. Perdemos amigos, através das circunstâncias que a vida nos impõe ou diante de fatos consideravelmente relevantes que nos obrigaram a nos desprender. Ao longo da vida, independentemente do tamanho da estrada, deixamos muitas coisas para trás. E isso deve ter machucado muito pois, nem sempre, queremos nos soltar. De um abraço, de uma boa conversa, de uma cidade. De uma casa que abriga amor, compreensão, tolerância. De um lar que, com toda adversidade chamada família, era o ninho perfeito para curar qualquer aflição. Já perdemos prova. Perdemos o primeiro lugar. O segundo. Ás vezes, perdemos tanto, que nem ficamos entre os dez. Perdemos coisas. Aquela coisa que a gente achou que iria ter pra vida toda e seria a nossa referência de saudade e boas lembranças no futuro. Perdemos todos os dias. Perdemos chances de sermos justos, de sermos bons. Todo dia, alguém necessita de uma palavra amiga e nós, simplesmente, perdemos a oportunidade de sermos o portador dessa luz. A gente perde, sempre. E essas perdas angustiam. E os amores que perdemos? Por comodismo, por sermos infantis, imaturos, incompreensíveis. Por perdemos a capacidade de nos colocar no lugar de alguém, talvez. Amores que nos davam norte e era o nosso solo firme. Perdemos e choramos. Gritamos por dentro, de um lugar onde só a nossa alma era capaz de ouvir. Noites de desespero. Prantos e lamentações. Perder é muito ruim. Perder, talvez, seja a vida nos dizendo que não somos perfeitos. Não somos invencíveis. Nós somos pessoas simples, que podem perder ou ganhar a depender das escolhas que iremos fazer. Mas, também, perder é uma das maiores provas de resistência que temos. A maior prova de que somos fortes é que chegamos até aqui. Vivos e dispostos a ganhar.
Geralmente o que a gente não gosta numa igreja, é a área que Deus mais tá tentando trabalhar em nós.
Não tenho paciência para gente meia boca, que coloca areia nos planos dos outros, que só enxerga o lado ruim das coisas e aponta todo mundo como se a vida dela fosse exemplo. Não gosto de cara emburrada, de gente que bufa para tudo, que não acha graça das pequenas coisas, que vive sugando as energias de quem está do lado e acha que o problema é sempre os outros. Eu não sei lidar com quem não se decide, que quer agradar todo mundo e quando vira as costas está tentando te rebaixar. Não sei lidar com quem se faz de vítima, que não honra com seus princípios e usa Deus para tentar diminuir o peso que carrega na alma. Não tenho paciência para gente pobre de espírito, mesquinha e vazia de afeto.
É o amor que salva a gente. Por diversas vezes, nas mais conflitantes situações. Quanto tudo parece perdido, ele chega. Se apossa. Coloca um sorriso no nosso rosto. Aumenta a nossa imunidade. Amar melhora a pele. Aumenta nosso apetite. Detém qualquer partícula de ódio. Causa o esfacelamento da angústia. Amar torna a nossa alma saudável. Até o brilho do sol fica mais intenso quando o amor chega. E a lua fica diferente quando estamos verdadeiramente apaixonados. Por alguém, por nós mesmos. Amar é a energia que move o mundo, mesmo com toda a maldade que existe e insiste. Mesmo com tanta gente em fuga. Deixa o amor chegar. Entrar. Fazer bagunça. Uma bagunça que cura. Deixa o amor ficar. E que ele vá e volte sob diferentes rostos, formas e cheiros. Às vezes, amar é a cura que precisamos.
A gente nunca supera, mas é como uma doença no fígado ou algum desses órgãos que se regeneram. A gente toma remédio, a dor vai adormecendo, sarando e com o tempo o fígado se renova. Mas as cicatrizes ficam, a mágoa, a saudade marcam pra sempre...
Tem gente que cobra a atenção das outras pessoas, mas ela mesma não dá a atenção que os outros também precisam. Portanto não me cobre o que você não me dá. Lei da semeadura... plantou, colheu!
E essa coisa de falar "se cuida"
pra quem a gente ama é tão foda...
É um troço meio estranho.
Eu sempre me pergunto,
"cara, por que você tá falando isso pra ela?"
E ainda acrescento:
"Deixa de ser besta, ela vai pensar
que você tá querendo se livrar dela.
Vai lá, diz logo pra ela ficar.
Diz pra ela não ir".
Mas só sai um "vai, e se cuida" manso,
pidão cheio de desejo de ser entendido
como um "posso ir também?"
A gente vai andando é pra frente, chutando as pedras, pulando os buracos, desviando dos obstáculos. De pouco em pouco a gente vai longe, sem precisar correr, sem risco de cair, sem afobar, sem se perder. De pouco em pouco a gente vai se ajeitando, vai se moldando, já não esquenta com qualquer coisa, aprende a confiar no nosso taco, já sabe superar os percalços, já não cai em qualquer conversa, curte a vida sem pressa. Já aprendeu a apanhar o suficiente pra se manter em pé até o fim da luta, sem atalhos, vaidades, sem disputas. Devagarzinho a gente vai se entendendo, se compreendendo e descobrindo que não somos máquinas, somos fracos, temos medo, vergonha e receio. Mas também somos fé, somos força, inspiração, orgulho, somos sonhos e histórias, acreditamos no amanhã e já sabemos que não é necessário correria, maldade ou covardia pra alcançar a glória. Pra chegarmos lá na frente o melhor caminho é a calma de cada dia, ir guardando os ensinamentos, pra de pouco em pouco mostrarmos pro mundo nosso puro coração, nosso amor, cabeça erguida, felicidade, simpatia e à Deus sempre muita gratidão!
Ah, meus queridos amigos, é que às vezes na incerteza a gente nos perdemos. Mas é que o mundo dá voltas e acabamos nos achando.
Existe algo muito maior entre a gente além da vontade de querer ficar juntos. Eu acho que a gente precisa falar sobre, ou então, deixar isso de lado e ver se, quem sabe, o tempo ajuda a resolver.
É que tanto você quanto eu sabemos que a gente não pode ficar juntos. Não agora pelo menos. É um negócio meio estranho porque sabemos que há vontade, mas sabemos também que existem outros fatores que influenciam nessa nossa decisão. Se fosse só por querer, a gente já tinha resolvido.
Há coisas que precisam ser acertadas tanto na minha vida quanto na sua. Nós sabemos. Só não sabemos se serão mesmo acertadas.
É uma sensação estranha e inédita para mim querer ficar com alguém mas ser impedido por motivos que extrapolam o mútuo querer, isto é, se o motivo fosse só a gente se gostar, nós já teríamos resolvido, mas isso vai além. E talvez seja isso que me frustre tanto: a existência de barreiras quase que intransponíveis na nossa história.
Será que isso um dia vai melhorar?Será que vamos conseguir passar por isso e lembrar dando risada?Ou será que só nos transformaremos em mais uma história passada?
Dói ter que pensar, piora não conseguir agir.Odeio ter que colocar respostas na responsabilidade do tempo, mas odeio tantas outras coisas nas quais preciso aprender a lidar que é essa é só mais uma.
A gente não pode ficar juntos.
Não agora, nem amanhã. Mês que vem também não.Não da nem para saber se um dia realmente ficaremos. Esta que é a verdade.
Mas a nossa distância não diminui meu sentimento.A gente não pode ficar juntos, mas a gente quer. Vai que o tempo passa e transforma o nosso querer em viver.
Têm pessoas que a gente convive por necessidade, para não ficar com aquele clima pesado demais quando está por perto. A gente até tenta esquecer um erro aqui, outro ali, mas olha, não é fácil. Às vezes até rola um sorriso no canto da boca, um bate-papo social, um aperto de mão, um abraço... mas quando a gente sai de cena, e lembra tudo que já passou, que já ouviu, pensamos simplesmente em virar as costas, afastar e deixar quieto. Mas o coração diz "Tenta. Se aproxima. Perdoa. Esquece." Aí vai você fazer todo esforço novamente. É. São obstáculos que a gente enfrenta todos os dias quando alguém que tanto admiravámos, nos decepciona profundamente.
A verdade é que a gente vive esperando um pouquinho de sorte das surpresas da vida, mas já temos um montão dela e nem paramos para notar.