Gente Metida
Só que chega um ponto que a gente cansa, que não quer mais saber de aventuras ou de procuras, entende?
É, a vida vai nos endurecendo. A gente nasce livre, puro, ingênuo, acreditando. Tomamos uma, duas, três, vamos colocando um capuz, um escudo, uma armadura. E salve-se quem puder. E consegue chegar quem deixarmos. O fato é que estou com medo. Medo da gente. Pânico da capacidade que as pessoas têm de andar lado a lado com a maldade. Medo de viver num mundo imundo como o nosso. Pobre de valores. Pobre de espírito. Podre de coração!
Nós não vamos colocar uma meta. Nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta.
Uma das coisas que sempre tento lembrar a mim mesma é que todo mundo tem cicatrizes. Muita gente tem umas piores do que as minhas. A única diferença é que as minhas são visíveis e a da maioria das pessoas, não.
Como faz com toda gente,a vida já aprontou tantas comigo, já me testou emocionalmente de tantas maneiras, já cansou tanto a minha beleza com suas armadilhas medidoras de fé, que, no fim das contas, ou aqui bem no meio delas, ela me trouxe a graça e a liberdade de experimentar viver com um coração que não é de todo valente, mas que é humano. Coração humano é feito para o afeto, quer a gente consiga viver ou não esse chamado. Coração humano é feito as borboletas, imaginado para espalhar pólen de luz, alegria, bondade, amor, de incontáveis jeitos, nesse imenso jardim, com a vantagem preciosa de geralmente viver muito mais tempo do que elas. Coração humano, por essência, é criador de beleza. É rascunho de Deus pra gente passar a limpo. E quanta dor acontece, meu Deus, porque a gente não passa. Que me desculpem os apáticos: não tenho medo de sentir, eu sinto muito.
E eu queria te dizer
tudo que penso
mas tenho medo de falar;
Às vezes a gente perde
e é por não tentar;
Mas quando te vejo
O coração bate mais forte
Acho que você percebe que não paro de te olhar;
A vida é passageira, chega ao fim sem avisar
Não sei o porque eu não te digo o quanto eu ia te amar
Um dia a gente cansa de se importar e o "tanto faz" passa a fazer parte constantemente do nosso vocabulário.
Você não ama ninguém
Nem me deixa ir além
Eu tenho medo de te perguntar
O que a gente é
Você abala minha fé
Um dia a gente cansa de tentar agradar, e nunca conseguir agradar... Cansa de ser só Doçura, e receber palavras amargas... De se dedicar tanto a alguém, e ser tratada com indiferença... De querer só o bem e ser tratada com hostilidade... De ser flor, e ser tratada com espinhos... Um dia o encanto desencanta...
Muita gente acha que política é uma coisa e cidadania é outra, como garfo e faca, e não é. Política e cidadania significam a mesma coisa.
A vida tem me afastado de tanta gente, que quando me pergunto quem será que vai restar, uma voz lá no fundo responde: quem for essencial.
Quero que a gente dê certo, mas estou apavorada com a profundidade do sentimento que tenho por você.
É difícil a gente se dar um ultimato. É difícil dizer chega, não quero mais isso pra mim. É difícil a gente falar deu, é hora de encerrar essa história. É difícil a gente terminar um sentimento dentro da gente mesmo. Não existe um botão que delete uma emoção. Seja ela amor, paixão, afeto, carinho.
Sei lá...
Tem dias que a gente olha pra si
E se pergunta se é mesmo isso aí
Que a gente achou que ia ser
Quando a gente crescer
E nossa história de repente ficou
Alguma coisa que alguém inventou
A gente não se reconhece ali
No oposto de um déjà vu
Sei lá...
Tem tanta coisa que a gente não diz
E se pergunta se anda feliz
Com o rumo que a vida tomou
No trabalho e no amor
Se a gente é dono do próprio nariz
Ou o espelho é que se transformou
A gente não se reconhece ali
No oposto de um vis a vis
Por isso eu quero mais
Não dá pra ser depois
Do que ficou pra trás
Na hora que já é!
Que a gente tenha mais paciência, amor, tolerância e fé. E que não se deixe abalar pelos obstáculos que a vida traz diariamente. Que assim seja. Sempre.