Gente Mesquinha

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Bom mesmo é o livro que quando a gente acaba de ler
fica querendo ser um grande amigo do autor, para se poder telefonar para ele toda vez que der vontade. Mas isso é raro de acontecer.

Tem tanta gente nesse mundo. Tanta gente vazia, enquanto outras estão transbordando.

Lutar pelo que é meu

A gente passa a entender melhor a vida
Quando encontra o verdadeiro amor
Cada escolha uma renúncia, isso é a vida
Estou lutando pra me recompor

De qualquer jeito o seu sorriso
Vai ser meu raio de sol
De qualquer jeito o seu sorriso
Vai ser meu raio de sol

O melhor presente Deus me deu
A vida me ensinou
A lutar pelo que é meu
O melhor presente Deus me deu
A vida me ensinou
A lutar pelo que é meu

Então deixa eu te beijar
Até você sentir vontade de
Tirar a roupa
Deixa acompanhar esse instinto
De aventura
De menina solta
Deixa a minha estrela orbitar
E brilhar no céu da sua boca
Deixa eu te mostrar
Que a vida pode ser melhor
Mesmo sendo tão louca
De qualquer jeito o seu sorriso
Vai ser meu raio de sol.

Eu tinha — e tenho — um monte de coisas pra te dizer, aquelas coisas que a gente cala quando está perto porque acha que as vibrações do corpo bastam, ou por medo, não sei.

Se lembra quando a gente chegou um dia acreditar que tudo era pra sempre sem saber, que o pra sempre sempre acaba....
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você e aí então estamos bem...

Segunda-feira é um dia intrigante. A gente tem a sensação de que está no lugar errado e na hora errada.

A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando
a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos,
mas o que o outro gostaria que fôssemos.

Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade.

‎"Com o tempo, a gente se acostuma a abrir mão de algumas coisas em favor de outras. Até aprende a conviver com a possibilidade de ter feito a escolha errada. Afinal, a dúvida é o preço da pureza."

⁠Por que a gente fala isso, “ter tempo”? Como podemos ter tempo quando é ele que nos tem?

E mesmo eu, estando cercado de tanta gente. Não te encontro em nenhuma delas.

'Superstição' ...que palavra estranha esta! Se a gente acredita no bom Deus, isto se chama 'ter fé.' Mas se a gente acredita em astrologia ou na sexta-feira 13, o nome muda para 'superstição!

Gente falsa não fala, insinua. Não conversa, gera intriga. Não elogia, adula. Não deseja, cobiça. Não colabora, interfere. Não participa, se infiltra. Não sorri, mostra os dentes. Não caminha, rasteja pela vida sabotando a felicidade alheia e sobrevivendo de seus restos.

Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes a gente melhora. Mas passa.

Lygia Fagundes Telles
Ciranda de Pedra. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

A gente precisa aprender a caminhar, antes de correr.

Amor a gente não aprende nos livros, na faculdade, com conselhos, com teorias. Amar a gente aprende amando.

A gente precisa de poesia dentro da gente. De alma perfumada e riso de criança. Às vezes o córrego da vida precisa de sal, de algo que nos desperte por dentro e sirva como melodia de dias felizes, tempero de momentos vazios, açúcar de horas amargas, perfume de noites futuras...

EU SEI, MAS NÃO DEVIA

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora, a tomar café correndo porque está atrasado.

A gente se acostuma a ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo na viagem, a comer sanduíches porque não tem tempo para almoçar.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios, a ligar a televisão e assistir comerciais.

A gente se acostuma a lutar para ganhar dinheiro, a ganhar menos do que precisa e a pagar mais do que as coisas valem.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não a das janelas ao redor.

A gente se acostuma a não abrir de todo as cortinas, e a medida que se acostuma, esquece o sol, o ar, a amplidão.

A gente se acostuma à poluição, à luz artificial de ligeiro tremor, ao choque que os olhos levam com a luz natural.

A gente se acostuma às bactérias da água potável, à morte lenta dos rios, à contaminação da água do mar.

A gente se acostuma à violência, e aceitando a violência, que haja número para os mortos. E, aceitando os números, aceita não haver a paz.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza para preservar a pele.

A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde por si mesma.

A gente se acostuma, eu sei, mas não devia.

⁠Não sei como é quando a gente está pra morrer, mas não quero me arrepender do meu jeito de viver.

Um dia a gente vai perceber que não se pode prender pássaros, nem corações; e que, estar junto, não é estar do lado, mas do lado de dentro.