Gente Mesquinha

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quadro morto.

Com o tempo a gente vai se contemplando. E então se acostuma com essa metamorfose constante entre nós. Se deixa levar pelo vento, faz bem. E da maneira incerta que sempre vou, me queixo e me espalho sorrateira no chão da rua, do trabalho, das festas. E enquanto não posso escrever teu jeito, me sinto no desleixo de poder imagina-lo, me deixo entrar totalmente em meus próprios planos, me clamo. Como sempre vou, indignada, procurando em todos os cantos palavras novas, mas são sempre as mesmas que sei, são sempre as velhas. Sinto inteiramente meus sonhos interligados com a insignificância do meu amor por ti, do meu sofrimento ligado parcialmente com o seu desconhecido, dos meus dedicados textos à ninguém, e pela pausa antecipada do vento, do sol, do planeta sem estória, sem conteúdo, ninguém sabe o que aconteceu antes de sermos jogados por aqui. Ninguém tem certeza. A única certeza é de que há muita incerteza por menos de pouco amor, sermos inteiramente ligados há uma energia que contém prazer, faz sentirmos algo que decidimos batiza-lo de amor, isso pra mim é desculpa esfarrapada pro sexo…Eu sei, não é assim, mas deixe-me fingir. Um dia o vento passa e leva, minhas pétalas indecisas, minhas flores plantadas em quadros, meu retrato morto, encostando-me ao fim de tudo.

Talvez depois você consiga perceber
que a gente só valoriza o que tem depois de perder

Não me iludo mais com metades que a gente encontra pelo caminho. Hoje, se tem uma coisa que eu me transbordo e me encanto - pateticamente -, é com pessoas inteiras. Reconheço de longe a vastidão que essas almas carregam dentro.

O pouco que a gente tem,
Parece grande mesmo quando si vai,
E pequeno quando vêm

E o pior é que a gente cansa. Cansa de tentar, de ser e de fazer. Amanhã tudo estará de volta ao normal, apesar de que tenho sérios problemas com os normais. Eu gosto mesmo é de chocolate, atenção e música. E bem alta

Barrow-on-Furness

I
Sou vil, sou reles, como toda a gente
Não tenho ideais, mas não os tem ninguém.
Quem diz que os tem é como eu, mas mente.
Quem diz que busca é porque não os tem.
É com a imaginação que eu amo o bem.
Meu baixo ser porém não mo consente.
Passo, fantasma do meu ser presente,
Ébrio, por intervalos, de um Além.

Como todos não creio no que creio.
Talvez possa morrer por esse ideal.
Mas, enquanto não morro, falo c leio.

Justificar-me? Sou quem todos são...
Modificar-me? Para meu igual?...
— Acaba lá com isso, ó coração!

II
Deuses, forças, almas de ciência ou fé,
Eh! Tanta explicação que nada explica!
Estou sentado no cais, numa barrica,
E não compreendo mais do que de pé.
Por que o havia de compreender?
Pois sim, mas também por que o não havia?
Águia do rio, correndo suja e fria,
Eu passo como tu, sem mais valer...

Ó universo, novelo emaranhado,
Que paciência de dedos de quem pensa
Em outras cousa te põe separado?

Deixa de ser novelo o que nos fica...
A que brincar? Ao amor?, à indif'rença?
Por mim, só me levanto da barrica.

III
Corre, raio de rio, e leva ao mar
A minha indiferença subjetiva!
Qual "leva ao mar"! Tua presença esquiva
Que tem comigo e com o meu pensar?
Lesma de sorte! Vivo a cavalgar
A sombra de um jumento. A vida viva
Vive a dar nomes ao que não se ativa,
Morre a pôr etiquetas ao grande ar...

Escancarado Furness, mais três dias
Te, aturarei, pobre engenheiro preso
A sucessibilíssimas vistorias...

Depois, ir-me-ei embora, eu e o desprezo
(E tu irás do mesmo modo que ias),
Qualquer, na gare, de cigarro aceso...

IV
Conclusão a sucata! ... Fiz o cálculo,
Saiu-me certo, fui elogiado...
Meu coração é um enorme estrado
Onde se expõe um pequeno animálculo
A microscópio de desilusões
Findei, prolixo nas minúcias fúteis...
Minhas conclusões Dráticas, inúteis...
Minhas conclusões teóricas, confusões...

Que teorias há para quem sente
o cérebro quebrar-se, como um dente
Dum pente de mendigo que emigrou?

Fecho o caderno dos apontamentos
E faço riscos moles e cinzentos
Nas costas do envelope do que sou ...

V
Há quanto tempo, Portugal, há quanto
Vivemos separados! Ah, mas a alma,
Esta alma incerta, nunca forte ou calma,
Não se distrai de ti, nem bem nem tanto.
Sonho, histérico oculto, um vão recanto...
O rio Furness, que é o que aqui banha,
Só ironicamente me acompanha,
Que estou parado e ele correndo tanto ...

Tanto? Sim, tanto relativamente...
Arre, acabemos com as distinções,
As subtilezas, o interstício, o entre,
A metafísica das sensações —

Acabemos com isto e tudo mais ...
Ah, que ânsia humana de ser rio ou cais!

"Funciona assim: Quando a gente espera demais de algo ou alguém, aumenta as chances de se decepcionar. Tem q deixar as coisas serem! E só."

"... Porque sim a gente vai se dar muito mal aqui e ali, mas viver também não é isso?"

"Acho q fui eu q, muitas e muitas vezes, inventei o amor... Pq a gente sempre vai enxergar o q quiser enxergar se estiver com vontade né?"

"Acho q no fundo a gente gosta das pessoas, mas acho q gosta também da narrativa da gente q aparece quando a gente vivencia as relações."

"O amor é espontâneo. A gente dá o que há de melhor dentro da gente e confia que vai ser amado de volta."

"Às vezes a gente precisa queimar pra saber q o fogo queima. Se isso é infelicidade ou revelação, vai saber... não depende de vc?"

Mulher nenhuma gosta de homem que se arrasta. A gente quer no mínimo um igual. Não alguém em que possa pisar

"A gente pode! E se isso afastar alguém da gente, acreditem, é porque ele não valia a pena mesmo. E pronto."

"A gente caí, levanta, dá de ombros pro motivo da queda e logo se sente pronta pra outra. Num é assim? Na hora, dói. Mas sempre sara..."

"E me doeu. Doeu como se dói quando alguém que a gente ama morre."

"QUANDO A GENTE QUER ACERTAR, A GENTE TAMBÉM ERRA. Aceitar isso faz parte do nosso processo de crescimento... na vida."

"... mesmo que a gente não saiba ao certo o que acontece depois. Mesmo que erre. Mesmo que sangre."

"Acho que a gente sempre enxerga. Mas é que às vezes é mais legal nem ver."

A gente fica esperando q o momento de felicidade definitiva aconteça. Isso é bobagem... São as pequenas coisas, os pequenos gestos. Sempre.