Gente Mesquinha
Gente que sabe meia coisa a mais e reúne seus pares de meia coisa para zombar de quem não sabe de meia coisa.
Ah minha bahia, terra mãe do Brasil
O quão linda você é
terra da boa gente
É a Terra do axé
Terra da cultura
Da arte, do acarajé
Tenho orgulho de ser baiano
Orgulho de ser do Nordeste
De gente arretada
De cabras da peste
Ser baiano é outro nível
É o melhor estado do Brasil
Terra do Caetano
Onde nasceu Gilberto Gil
Aqui a melhor época é fevereiro
carnaval? Melhor não há
Pra sempre eu quero curtir
Com Armandinho, Dodo e Osmar
Povo humilde, alegre e bacana
Que não perde por nada
chiclete com banana
Aqui é terra de gente boa
Aqui é a terra de Jorge Amado
Grande escritor, poeta
Quem nunca ouviu falar de suas obras
Como Tieta, Gabriela, cravo e canela ?
Salvador de belos pontos turísticos
Farol da Barra, pelourinho, elevador Lacerda
Ivete Sangalo ? Quem não conhece ela ?
Baiano é assim
Quem vem de fora
ganha logo a sua fitinha
Do senhor do Bonfim
Em junho ? Pode chamar todo o pessoal
Porque aqui no São João
É outro carnaval
E se o assunto é futebol
Tem o tricolor Bahia
Que tem o vitória como rival
Aqui não é pai, é painho
Aqui não é mãe, é mainha
E a melhor vaquejada ?
Claro, a de serrinha
baiano não fica na rede o dia todo
Muito menos preguiçoso
Baiano é sim trabalhador
Aprende desde de novo
A suas coisas da valor
Terra é bonita, tem suas riquezas
Cheia de chapadas, sertões e litorais
Por isso falar da minha Bahia
Nunca será demais
Quando vim pra cá
Sinta toda essa energia
Que eu vou te esperar de braços abertos
E falar pra você:
Sorria, você estar na BAHIA.
Demora
E de tanto que demora
Tem vezes que os rios secam
São coisas que não se explica
A gente apenas as aniquila
Enquanto isso
O Sol no Céu
Ele só desfila
Tem horas que ele faz isso
No mais, as flores se vão
Cada uma disse o que pensa
Em suma: tranqüila tonalidade
Seu credo, seu medo ou crença
A gente não sabe o que sente o Sol
É hora, tem horas que eu sei
Que a frase bonita passou
Vai chegar dezembro, conforme os planos
Mas a diferença é de tantos anos
Cá no meu canto
Planto prantos e poesias
Quem sabe um dia
Por tanto plantá-las
As uso
Num triste dialeto
de tantas falas
Mas não traduzo
Hoje eu já sei
Que nunca vai ser agora
Demora!
Edson Ricardo Paiva.
A gente escreve pelo que a gente é. O escritor imprime nas/as histórias pela visão dele. (24/02/2018)
“Cheiro de saudade”
Falo sempre em saudades
Porque saudade tem cheiro
Por isso a gente fica o tempo inteiro
Sentindo saudades..
Quem disser que não tem
Não sente saudades...
Só uma ligeira lembrança que vem
Saudade tem cheiro de fruta madura
Apanhada no pé..
Tem cheiro de café fresquinho
Tem cheiro de bolo de fubá
De pão caseiro no forno
Doce no tacho..sendo apurado
Parece que falo do mineirinho
Mas não é...
Qualquer pessoa sente o cheiro
Do tempêro da avó
Cheiro de mãe, de colo
Fecho os olhos e sinto o cheiro
Da minha saudade!!
Me vejo perdido no meio de tanta gente
Éh, estou aqui novamente
Sim sou eu, o mesmo de sempre
Porém não com os sentimentos de antigamente, infelizmente
Não sei como começar
Mais tenho que escrever para me aliviar
Nada mais justo do que deixar meu coração falar
Porque há um tempo ele não bate, só lhe convém apanhar
Me diz por que estou esperando por alguém ?
Alguém que não dava a miníma para mim ?
Não consigo me isolar e ficar sem ninguém
Mais também não precisava ser assim.
Enfim, te fiz especial em meu coração
Mas você recusou sem nenhuma emoção
Mas não te culpo, foi a sua decisão
Mas se acha que com isso eu iria ficar sozinho, bom, então,
Minha companhia hoje é a solidão
Não guardo magoas de você
E você não é culpada do que aconteceu comigo
Desejo que você encontre alguém bacana e que goste do seu jeito de ser
E que você permita que ele seja teu abrigo. S2
Tudo na vida estás diante da gente e basta olhar diante da determinação, para na certeza tudo tentar com coragem agarrar.
Preciso te dizer que não entendo por que a gente continua insistindo em algo que dói tanto. A gente já passou por tanta coisa, eu já te perdoei tantas vezes. Na última vez, a gente escolheu ficar distante um do outro, esperando que o tempo aceitasse o nosso fim. Mas pra que o fim definitivamente acontecesse a gente precisava se desfazer um do outro, e isso não aconteceu. Eu tinha tanto de você dentro de mim, eu não sabia como me relacionar com outras pessoas. E aqui estamos nós.
Te amo, mas não dá. Não dá porque dói, porque toda vez que acredito que você vai mudar, você prova que não está disposto a isso. Porque sempre que eu te quero, você me dá novos motivos pra eu não querer. Tem coisas que é melhor aceitar que não faz mais bem em vez tentar empurrar algo que já foi bonito um dia, mas que por teimosia da gente, deixou de ser, cê me entende?
Te amo, mas não dá. E não dá porque sempre que você promete que vai ficar tudo bem, eu me vejo sendo obrigada a pôr mais um ponto final. Porque quanto mais você me dá as mãos, mais eu me sinto insegura pra caminhar ao teu lado. Mesmo que ficar seja tudo que eu queira agora, mas não dá.
Eu sei que quando te ver por aí, meu corpo vai estremecer, mas eu prometo não ceder. Sei que não vou ficar bem se algum dia chegar em meus ouvidos que você encontrou outra pessoa e que parece estar seguindo muito bem a vida sem mim. Mas isso passa. E muito provavelmente eu vou sentir saudades suas, e vai ser difícil suportar a tua falta. Mas não dá. Não dá mais porque eu já nem sei se isso é amor ou apego, se o que sinto é saudade ou carência, se quando tudo que quero é você ou se resumi todo o meu querer em uma pessoa. Não sei se você realmente me faz mal ou se é a minha insistência pra que me faça bem.
Eu sei que, em algum momento, alguém pode tocar em teu nome e a minha vontade será de desconversar, mas prometo resumir tudo dizendo que não deu. Sei também que você vai vir em minha mente em forma de música, de gostos, de cheiros e de gestos, mas vou me preparar pra isso. Sei que o preço de te esquecer pode ser alto demais, mas já paguei tantas vezes pra que desse certo, já apostei tantas fichas em você, que dessa eu vou pagar pra ver.
Eu já não sei se esse amor que sinto é o mesmo amor que um dia eu senti por você. Ainda assim, tem um pedaço grande que te quer, e esse pedaço me confunde, sabe? Porque parece errado ir embora mesmo amando alguém. Não parece nada certo seguir sem você, porque é como se eu negasse todas as possibilidades de dar certo, é como se eu jogasse tudo fora e abrisse mão de tudo. Mas no fundo, eu sei que não estou negando nenhuma possibilidade de dar certo, porque se tivesse mesmo que dar em alguma coisa com você, já teria dado faz tempo. Te amo, mas agora, eu estou abrindo possibilidades pra mim, dando chances a mim. E não sei como te dizer isso, mas eu te amo, só não gosto mais de você.
SPS
Nem todo mundo a gente tem encantamento, sente afeição, será único. Nem todo assunto vira debate, fluirá, virará discussão. Nem toda conversa interessa, nos eleva, inspira, prende, lembraremos depois. Nem tudo que chega se tornará permanente, criará raízes, irá além na superfície, passará do chão. Nem toda chuva é fértil a ponto de florescer um deserto, nem tudo que chega será mais que um instante, nem toda aproximação conquista, se torna afeição, cairá na mão feito uma luva. Nem qualquer uma será musa.
Lidar com gente descontrolada é como dirigir um veículo com folga no volante, é difícil de conduzir, nos deixa tenso e ansioso para parar.
Saímos de nossas ilhas e vamos aos continentes
Viver dias de alegria que comove a gente
Mas chega a hora de retornar a nossa ilha
Colocar a cabeça no lugar e contemplar o fim do dia
Pois so assim vemos pra quem existe importância a ilha da gente
Noite de dia de São João.
Há muitos anos atrás, nessa hora a gente já estava todo animado pra acender a fogueira, já estava tudo pronto pra festa começar, faltava somente o sol se pôr pras primeiras labaredas começarem a dançar subindo ao céu. Ainda consigo ver as labaredas subindo e competindo com o brilho das estrelas pra ver quem iluminava mais a rua.
São João lá de muitos anos atrás, era bem diferente do que é hoje em dia. Os preparativos começavam logo no início do mês de junho. Cortar as bandeirinhas, feitas com folhas de revistas, jornal velho e papel de seda. Prepará-las no barbante, enfileiradas distribuindo as cores. A turma toda se reunia para isso. Meninas faziam o grude e iam colando as bandeirinhas, meninos iam ajudando os pais a suspender e amarrar nos telhados, atravessando a rua e colorindo lindamente a paisagem. No começo do mês, os pais já compravam nas compras de supermercado, os ingredientes para as comidinhas do dia da festa. Pipoca, arroz doce, canjica de coco, canjica de amendoim, bolo de fubá, de mandioca, pé de moleque e batata doce pra assar na brasa da fogueira. Uns e outros com um pouco mais de dinheiro, assavam carne. Era um dia de muita alegria. Os cheiros de coisa gostosa tomavam de conta de tudo.
A gente se preparava todo. Além da fogueira, das bandeirinhas e das comidas, a gente se enfeitava colocando retalhos coloridos nas roupas. As mães, quase todas, tinham máquinas de costura em casa e faziam isso pra gente. Com tudo preparado, a ansiedade pra chegar a hora de começar era grande. Fogueira pronta e acesa, forró raiz tocando na vitrola e o cheiro de pipoca tomava de conta da rua. A gente improvisava uma quadrilha, anarriê pra cá, avancê pra lá, a gente se divertia e comia coisa boa a noite inteira. Alegria de menino pobre é barriga cheia de coisa doce. De casa em casa, naquelas ruas de chão batido e poeira solta, a gente passava e ia provando um pouquinho de cada guloseima. A partilha era feita com amor e alegria por todos. Éramos vizinhos, mas parecíamos mesmo como uma grande e unida família. Os filhos eram filhos de todos. As mães e pais eram de todos também.
As fogueiras acesas iam iluminando as frentes das casas e iluminavam também os nossos olhos de criança. O calor daquele fogo aquecia nosso coração e trazia conforto pra alma. Pula fogueira, rodava bombril queimando (fazia um efeito espetacular de labaredas voando), soltava uns traques aqui e ali. Era um dia que a gente se esquecia das dificuldades da vida daquele tempo. Casas pequenas, famílias grandes, pouco recurso, pouco investimento do governo no lugar onde a gente morava. Mas era um povo tão forte, que haviam muitos motivos pra festejar, por mais simples que fosse o festejo. Em anos assim, que misturava São João com Copa do Mundo, a festa era dobrada, as bandeirinhas ganhavam cores em verde amarelo e a união daquele povo aumentava. Tempos bons. Quem sabe é quem viveu aquilo. Coisas simples, enfeitadas de retalhos de pano e papel velho, mas que tem cor de ouro e cheiro de doce nas memórias da gente.
"Olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo!"
Viva as boas lembranças!
Já cansei de ver gente desistindo da luta, o que me faz crer; A vida é bruta. Se a vida é bruta, tem que ter disposição para entrar na batalha e ser campeão.
Leva um tempo até a gente entender que reciprocidade e plenitude andam lado a lado e que tudo tem um ciclo.
Respeita o processo como um aprendiz paciente. Respeita o curso sem se debater ou estagnar. A vida pode ser bonita, mas só pra quem se renova.
Deixa fluir...
Queria ser tudo aquilo que um dia planejei ser, mas a gente cresce, os pensamentos e sonhos mudam e a vida nos mostra sua segunda face e tudo se complica....
O que nos resta é apenas se adaptar as faces de cada dia que a vida nos apresenta!