Gente Desconfiada
Por vezes, me irrito, sou grossa, desconfiada e apaixonada. Por vezes, totalmente louca, ciumenta, sensível e confusa. Por vezes, alegre e sonhadora. Pra sempre, eu.
Eu tenho um amigo que nunca contou a ninguém sobre quem amava, eu o achava tímido, desconfiado e estranho por isso.
Hoje, que fui traído por outro suposto amigo, percebo que em sua simplicidade estava uma lição que eu demorei tanto a entender.
“Sou bicho arredio, desconfiada por natureza. Mas se confio, é de graça, pelo olho no olho, pela fala que afaga, pelos gestos delicados e pelo cheirinho de alma lavada que só gente com flores na alma é que tem.”
PASSO A PASSO.
No começo um olhar desconfiado
Que freia qualquer ação
As barreiras são colocadas
Seja qual for a intenção
As suspeitas perdem força
Como quem diz: “eu me rendo”.
Mas não se empolgue,
É apenas entendimento
Surge uma Harmonia,
Mesmo com todas as diferenças.
Os encontros, espontâneos.
Segue o “lenga-lenga”...
O tempo foi passando
Sem eu perceber,
Que não adianta inventar
Eu quero viver!
Com você...
O comportamento humano é algo curioso. Somos mais inseguros do que seguros, somos mais desconfiados do que confiantes. Temos mais medo do que coragem É preciso lapidar a humildade para que o aprendizado se torne sabedoria e nos faça mais forte para enfrentarmos com serenidade e cautela, tudo aquilo que nos aflinge, que nos intimida. A evolução da alma é o caminho certo para a busca do equilíbrio.
Mulher desconfiada é um bicho perigoso. Se vocês, homens, não tem medo.. acho melhor começarem a ter. E não adianta entender os motivos, somos seres complexos mesmo. O cara te chama pra sair, te busca em casa, te leva no melhor restaurante, abre a porta do carro pra você, vocês tem uma noite incrível juntos, tudo saindo perfeitamente bem quando pinta aquele maldito ponto de interrogação na cabeça.... "Por quê será que ele tá fazendo isso tudo? Aposto que tá mal intencionado, deve tá achando que vai me levar pra cama, etc etc etc." Porque não adianta, a gente estranha mesmo se tá dando tudo muito certo, estamos acostumadas com grosserias, com homens (perdão, moleques) que te trocam por um videogame ou jogos idiotas de computador, e quando algo vai bem, quando aparece um homem de verdade, que sabe como te tratar, achamos que não somos capazes de merecer ou enfrentar uma situação dessas. Tem como entender? É claro que tem. Tudo que é muito bom, dá medo. Medo de que aquilo seja apenas ilusão ou coisa da nossa cabeça, medo de se magoar no caminho, medo de perder aquela pessoa tão especial por algum motivo estúpido, medo de não saber como encarar uma relação mais madura com um cara totalmente diferente do que se está acostumado. Enfim, medo. Ser feliz dá medo, mas a gente não vive em busca da tal felicidade? Ao invés de ocupar sua cabeça com perguntas, preocupe-se mais com as respostas. Tá te fazendo bem? É apenas isso que importa.
Ela: Por que você não estava atendendo o celular ?
Ele: Porque eu não podia.
...
Ela desconfiada: Por que? O que você estava fazendo ? Preciso te falar algo.
Ele: Coisa minha amor. Esquece. Tchau !
No outro dia ...
Ela liga pra ele denovo, e ele não atende o celular. Ela fica um pouco desconfiada, e um pouco preocupada.
Tenta várias vezes, e nada.
Então ela tenta denovo ...
Ela: Amor ?
Ele: Oi ?
Ela: Por que demorou pra atender denovo ?
Ele: Estava ocupado. Só atendi pra dizer que te amo. Você é a mulher da minha vida, a melhor coisa que já me aconteceu.
Ela: Amor, você está me assustando. Você está terminando comigo ?
Ele então sem responder, desliga o telefone ..
Pois iria entrar na sala ...
Ela então desesperada, vai até sua casa, e descobre que ele está no hospital.
Em desespero, chorando muito, preocupada, chega lá, e vê a mãe de seu amado; chorando.
Ela: Onde ele está ?
Mãe: Na sala de operação.
Ela: OOquee ? Como assim ?
O médico então, a chama.
Médico: Ele quer te ver.
Ele: Oi.
Ela feliz em vê-lo: Oii :)
Ele: Eu sei, é complicado. Dificil de entender né ?
Ela: Sim. O que você tem ? É grave ? Você vai ficar bem né ?
Ele: Calma. Eles não me deram 100% de chance.
Ela: Maaass ...
Ele: Você é o amor da minha vida. Minha Princesa. A melhor coisa que me aconteceu.
Ela: O que você teeem ? Fala pra mim amor, que não é grave.
Ele: Eu sinto muito. Mais eu não posso mentir pra você. Eu tenho uma doença grave, e depois desta operação, posso não sobreviver.
Ela: Você vai ficar bem, eu sei. Mais e se não ficar ? Como vou viver sem você ?
Ele: Você não vai viver sem mim. Eu só não vou estar presente aqui. Lembre de mim, das brigas e reconciliações, dos momentos juntos, felizes, de amor. E se possivel, pense positivo.
Chorando, ela diz : Eu te amo !
Ele: Eu também te amo.
Chorando, ele diz: Amor, estou com medo.
Ela: Não fique meu amor.
Ele: Posso te pedir duas coisas ?
Ela: O que você quiser.
Ele: 1º Me dá um beijo ?
(E em seguida ela lhe dá um beijo)
Ele: 2º Segure a minha mão, e não solte;até que a operação termine?
Ela: Sempre.
A operação termina. E ele não sobrevive.
Ela então não aguentou ficar ali, vendo que o seu amado não estava mais ali.
Saiu dali correndo, chorando, sem nem ligar para onde estava indo.
De repente, chegou em um lugar, onde ela e ele, sempre iam juntos, felizes, e se amavam.
Do nada, só ela naquele local, ouve uma voz te dizendo: Sei que a dor é grande, mais não chore. Você não me perdeu. E mesmo aqui, eu ainda continuo te amando, e foi muito bom o que agente viveu.
E ela então respondeu: Hoje choro por você ter ido assim; Mas, mais tarde, sorrirei. Pois eu não tive tempo, e não falei, serei muito feliz. Pois hoje, com você aí, espero um filho seu.
O Real Insensato.
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Coço minha cabeça...
A formular hipóteses.
Desconfiado, enigmático
Sujeito a equívocos...
Me nutro de suspeitas [?]
Quando penso em nós; e
Por um instante... Paro.
Suspiro por mim mesmo
Passo a mão na cabeça
E, não admito discussão,
Na pior das hipóteses...
Não vestígios de dúvidas
Fato consumado... Atesto:
- Você é incerteza...
Com Certeza!
DESCONFIAR
Pensa no presente e no passado...
Quantas vezes te sentiste desconfiado?
Pensa no futuro...
Será que passará algo de absurdo ou inexplicável?
Aprende a desconfiar dos outros pois nem todas as intenções são boas.
Ultrapassa as dificuldades e ganha sabedoria...
PARÁNOIA
Na rua
O policial
Olha o transeunte
Desconfiado
Desconfiado
O transeunte
Olha o policial
E
Cada um
Seguindo o seu caminho
Com medo
Sem saber
O que os espera
Na esquina
Em casa
O policial fecha as janelas
Tranca as portas
Apreensivo
Apreensivo
O vizinho
Busca nos classificados
Outra casa
Pra morar
Na Igreja
Todos olham para o altar
Olhos bem abertos
E a Fé por um triz
Um olho em Deus
E outro
No portal...
"
SOFIA DESCONFIADA
Juliano estava apressado. O relógio marcava seis e trinta da manhã e ele já estava desperto há tempos. Qualquer erro poderia pôr tudo a perder e ele sabia muito bem disso. Sua namorada, Sofia, não poderia desconfiar de nada. Mas como ela era desconfiada!...
Aproveitando a folga no trabalho, Juliano decidiu ser aquele um momento de transição. Estava disposto a mudar de vida. Bem arrumado, rumou direto à floricultura mais próxima. Comprou um buquê pomposo, de grandes rosas vermelhas, e seguiu em direção a um famoso restaurante da cidade. Estava acompanhado de uma mulher muito bonita e elegante.
Desconfiada que era, Sofia resolveu ligar para o namorado. Por que sair tão cedo em um dia de folga? Por que tão bem vestido? “Isso não está me cheirando bem”, pensava. De fato não estava, foi o que deduziu após a sétima chamada não atendida pelo amado. Saiu de casa apressada, em direção ao endereço escrito no cartão que achou em cima do criado mudo. Era a dica que ela precisava.
Juliano e a misteriosa mulher almoçavam animadamente. Conversavam gesticulando muito e demonstravam ter grande afinidade. O grande buquê na cadeira ajudava a compor a cena de um casal apaixonado. Sentados à mesa do lado de fora do restaurante, só deixavam de se falar quando ele atendia ao telefone ou ligava para alguém. “O desgraçado só não atende a mim!”, foi o que deduziu sem pestanejar. Fazia sentido.
Sofia era desconfiada, ciumenta, mas não era de dar show. Aguardou pacientemente – ou quase, haja vista as unhas roídas – e foi conversar com o garçom assim que o “casal” saiu. “Para onde foram eu não sei, mas eles comentavam a todo tempo a respeito de joias, aneis”, disse o homem. Sofia notava que a situação era muito mais séria do que parecia. Ficou preocupada, teve medo até de saber a verdade. Mas prosseguiu. Ainda havia tempo de seguir o carro que acabara de sair do estacionamento.
Chegando a uma importante joalheria da cidade, ela se assustou. “Ele está comprando jóias para aquela ali?”. Permaneceu no carro, atônita, esperando pelo pior. Quando os “pombinhos” saíram da joalheria com uma sacola elegante, risonhos e com um olhar apaixonado, Sofia indignou-se. Atravessou cega de raiva à rua, puxou a rival pelos cabelos com a maior força possível e a derrubou ao chão, pisoteando-a incessantemente com seu salto 15.
Mentira, ela não fez nada. Mas pensou. E continuou seguindo-os com uma curiosidade masoquista de dar dó.
O próximo destino foi o Shopping Center. “Até onde esse cretino chega?”, imaginava em voz quase alta. Quando pediram sorvete de baunilha, que era seu preferido e ele sabia disso, Sofia chorou. Estava tudo acabado e não havia mais o que ser feito. Tinha certeza que havia sido substituída. Estava pronta para ir embora, mas não sem antes dar uma última checada. Tinha muito o que falar e não hesitaria em fazê-lo. Entrou no cinema escuro olhando para baixo, tentando não ser vista. Relutava, pensando qual seria o melhor momento de dizer “umas boas verdades” ao seu ex-amor. Só não sabia que era Juliano que tinha muito a dizer. Bastou o filme começar para ela descobrir isso.
O susto de Sofia foi imediato ao se ver na tela. Montagens caseiras de momentos marcantes de sua vida com Juliano começaram a ser mostrados. Aniversários de namoro, festas de Ano Novo e até o dia em que eles se vestiram de “Lampião” e “Maria-Bonita” foram lembrados. Ao fundo, uma música que ela adorava.
A perplexidade de nossa heroína era tão grande que ela não conseguia entender o que estava acontecendo. Os pensamentos se misturavam às emoções e o que era real passava a ser figurado, talvez com um “vice-versa”. Se acham isso confuso, imagine para Sofia! Após alguns minutos de imagens, as luzes do cinema se acenderam e ela passou a olhar para as pessoas. Eram todas conhecidas e tinham um sorriso curioso. Foi quando Sofia começou a perceber o que estava acontecendo.
O famoso restaurante foi o local do primeiro encontro. O cartão no criado-mudo, a deixa para que ele pudesse ser seguido – sim, claro que ele sabia que o seria, visto que é notória a “personalidade desconfiada” dela. As rosas vermelhas, o primeiro presente. O pedido que se seguiria explica a joalheria. Quanto ao garçom, bastaram alguns trocados para que ele entrasse na jogada. O sorvete de baunilha dispensa comentários o cinema foi possível graças ao Agenor, dono da sala e grande amigo de Juliano.
“Mas e as tantas ligações que você fez?”, perguntou. “E você acha que é fácil convidar todos os nossos amigos e parentes para uma sessão surpresa de cinema?”, foi a resposta dele. Nada mais óbvio. Saber quem era a bela misteriosa era a questão final. Antes que ela pudesse perguntar, ele a apresentou. Era Beatriz, Gerente Executiva de uma empresa especializada em casamentos e grande responsável pela “Operação Casa-Comigo”, como ele apelidou.
Casaram-se no mesmo mês, com Bia sendo uma das madrinhas. Sofia mudou sua forma de pensar e agir. Deixou de ser desconfiada? “Nunca! Aliás, por que a pergunta?”, foi o que ouvi dela com ar sério, rígido, enfim, desconfiado.
Quem foi que disse que casamento faz milagres?
" De repente você veio...
Assim de leve, meio desconfiado e meio ousado...
Sem muita explicação...
Surgiu em minha vida por conta de um acaso...
Eu gostei...
Gosto!
Gosto do seu jeito, do seu beijo, da sua voz, do seu carinho e de estar com você...
E hoje em especial, gostei de ACORDAR com você..."
O ciúme não é o pecado do desconfiado. O ciúme é o medo que todos temos de perder o que classificamos como precioso. O grande impasse desse sentimento é que ele só é aceito quando o valor é recíproco.
E quando você vinha se aproximando com um sorriso desconfiado, eu já sabia. Era um beijo o que você queria.
Foi, como o vento que dançou entre os nossos risos e apertos de olhos desconfiados antes do "beijo, tchau".