Generosidade
Poucos percebem com gratidão, todo esforço e bondade passadas de uma velha amizade. Cada vez mais as pessoas são efêmeras e preferem, por comodidade, mesmo que artificialmente viverem na superfície das relações do agora.
Se eu vou beber a água do rio, por que estou com sede e chegando lá, encontro um diamante. Não devo vender barato por que nada me custou, devo vender pelo valor mais alto e separar dez por cento para saciar a sede dos que tem sede.
Creio que o multiplicador por cem vezes recebido de volta da vida, vem pelos caminhos, retornam a nos pelo carinho puro desambicioso e a grata generosidade solta ao vento. Talvez por que nunca saberemos com exatidão, o quanto foi muito importante, para vida de alguém, ter recebido, naquele momento, um singelo sorriso, um olhar compadecido, um suspiro de cumplicidade ou mesmo um mero afetuoso cumprimento.
O verdadeiro mestre ensina o pouco que sabe a qualquer um que queira aprender, sem soberba ou vaidade, porque ele mesmo sabe, como fiel discípulo do saber, que, quando se espalha generosamente o conhecimento, ele mesmo aprende mais e mais.
As pessoas que praticam o bem não andam sobre flores, elas espalhem flores para que outros andem sobre elas.
Generoso não é aquele que dá o que tem, é aquele que dá o que tem com o desapego de quem não perdeu nada.
É bonito dizer que perdoa, é nobre falar que quer ver feliz quem nos fez mal. É digno de aplausos esse altruísmo todo, confesso, mas no fundo, no fundo a gente quer mais é que se lasque todo, na hora da raiva a gente quer é que a pessoa tropece na nossa dor e caia de cara aos nossos pés para a gente dar o chute final. Mas a gente segue tentado evoluir, driblando uma hipocrisia aqui, outra ali e pedindo a Deus que coloque em nosso coração essa generosidade toda que muita gente só tem da boca para fora, mesmo.
Se parássemos, um só instante para pensar em como o Universo é generoso conosco, reclamaríamos menos e agradeceríamos mais.
Deus é tão tolerante, generoso e paciente que nunca desiste de nos ensinar e mesmo quando demoramos para aprender a lição Ele não retira de nós a sua graça.
Ao luar, os lírios desabrocham em teus braços,
tomando-lhe suavemente o perfume do seu corpo,
as cores dos seus olhares, a suavidade de seus sorrisos,
a luz de sua alma, a delicadeza de sua generosidade e a
beleza de sua graciosidade.
Na falta de discernimento das coisas relevantes, faz-se os outros carregarem fardos desnecessários.
Que sejamos fortes e pacientes para ajudar,
Aquele que precisa de ajuda para ser curado...
Um dia, com certeza, seremos nós a necessitar,
De por alguém, ser também generosamente ajudado...
Você é mais forte do que imagina. A vida, com todos os seus altos e baixos, é um professor implacável, mas também um mestre generoso. Ela nos ensina a valorizar os pequenos momentos de alegria, a encontrar beleza nas imperfeições, e a perceber que, mesmo nas ruínas, há sementes de renascimento.
Pessoas verdadeiramente poderosas…
Aqueles que verdadeiramente conhecem a si mesmos caminham pela Terra como presenças quase invisíveis, mas profundamente transformadoras. Seu poder não reside em títulos, riquezas ou estruturas externas; ele brota de um lugar íntimo, imutável, onde a essência transcende a soma das histórias acumuladas ao longo da vida. Eles não se definem pelos papéis que desempenham, nem pelas cicatrizes que carregam, mas pela vastidão silenciosa que testemunha tudo, o espaço interior que é ao mesmo tempo vazio e pleno.
Essas pessoas não precisam falar alto para serem ouvidas, nem se impor para serem respeitadas. Quando falam, suas palavras não vêm carregadas de ego, mas de uma clareza que dissolve barreiras e reconecta os fragmentos separados do mundo. Elas não têm nada a provar, porque já compreenderam que, no núcleo de todas as coisas, não há competição, apenas interconexão. As suas ações não buscam validação, mas emanam naturalmente de um estado de amor incondicional, como o rio que flui sem esperar aplausos pela sua generosidade.
O perdão é a sua linguagem nativa, não porque ignoram o sofrimento, mas porque compreendem que o peso do rancor corrói mais a quem o carrega do que a quem o causou. Superam os desafios não por serem invulneráveis, mas porque aprenderam a dançar com o caos, aceitando a impermanência como aliada. São como árvores que dobram ao vento, mas não quebram, pois suas raízes estão fincadas em algo que o tempo não pode corroer.
Agem com bondade e cuidado, não por obrigação moral, mas porque enxergam no outro a mesma centelha que habita dentro de si. Para elas, o bem-estar de um único ser é inseparável do bem-estar do todo. Não fazem distinções baseadas em raça, gênero, crença ou orientação, porque sabem que todas essas divisões são ilusórias, véus que escondem a unidade subjacente. Celebram o sucesso e a alegria do próximo como se fossem seus, porque, em seu olhar, não há "outro", apenas diferentes expressões do mesmo infinito.
Essas pessoas não têm medo de amar, porque entendem que o amor não é posse, mas um estado de ser. Não temem a vulnerabilidade, pois sabem que é nela que reside a verdadeira força. A positividade que carregam não é ingênua, mas uma escolha consciente de ver a luz mesmo nas sombras. São otimistas não porque neguem as dificuldades do mundo, mas porque acreditam no potencial inerente à vida de se renovar e florescer.
Defendem aquilo em que acreditam, mas sem violência ou imposição, apenas com a firmeza tranquila de quem está alinhado com algo maior do que o próprio eu. E, ao fazê-lo, não buscam mudar o mundo inteiro, mas honram a diferença que podem fazer, por menor que ela pareça. Pois sabem que o impacto de uma ação feita com intenção pura reverbera muito além do que os olhos podem ver.
Essas pessoas não vivem para si mesmas, mas como parte de um todo cósmico. Elas não são ilhas isoladas, mas ondas em um oceano compartilhado. O que as torna poderosas não é o que possuem ou conquistam, mas o que são. E o que são é algo tão vasto, tão livre, que nenhuma palavra pode conter. São, em última análise, expressão viva do próprio amor que dá forma ao universo — um amor que não exige, não separa, apenas é.
A natureza humana originalmente é egoísta e ruim. A boa transgressão e o estudo continuo da vida como ela é, apenas instantes que permite a transmutação desta vocação natural em bondade e generosidade.