Gelo
"Fio de ouro"
Meu coração é feito gelo que derreteu com o calor
Agora lágrimas de sangue
Percorridas aqui
Onde foi que me perdi
Ahhh meus olhos a mercê de você
A minha alma ansiosa
Por que você sabe
Eu nunca vou esquecer
Dedilhando os dedos na tela
Você não sabe mas só hoje
A esperança tola de te ver
De ouvir você dizer
Eu amo você
Esperança burra tão tola
Quanto meu coração
Que agora dói em chamas
Eu deixei o amor entrar
Lua, Luar
Ah, se eu pudesse tocar-te
desenhar-te com o dedo
Pálida, branca como gelo.
Solitário, hei de amar-te.
Ah, se eu pudesse descrever,
este encontro entre nós,
o desejo de estarmos sós,
no lampejo, dou-me a escrever:
"- O fino véu translucido,
banha-me de corpo inteiro,
que jaz prazenteiro,
do meu eu, esmorecido.
Todo eu já combalido,
de minh'alma esvanecido,
pois, de ti entorpecido,
meu eu tenho carecido.
Hoje doudo por inteiro,
no silêncio matreiro,
Fugaz e sorrateiro,
ser d'alma poeteiro."
Ah, se pudesse o nevoeiro,
não me deixar arrefecido,
minh'alma teria oferecido,
como amante... fiel escudeiro.
Tão pálida sua luz sombria,
farta-me de tal maneira,
e ao meu coração esgueira,
quente dentre a noite fria.
A face da terra acaricia,
luzente como um ser divino,
toca nest'alma de menino,
que no gélido sereno, ardia.
Como amantes de histórias antigas,
Deusas, homens e meninos,
finda o espírito, tais desatinos,
nesta e noutras épocas vindouras.
Dominante o nevoeiro,
descansa no campo enegrecido,
Pálida, repousa sobre o outeiro,
e finda o campo enegrecido.
*Alma Quimera**
Um corpo apaixonado se revela,
*Desnuda o tempo* — tudo nela é gelo
e chama. Transe de espera singela:
do encontro íntimo de dois desvelos.
Um toque. Um sopro. Beijo que desvela
na pele o instante que o desejo anseia:
alma quimera, razão que se dobra
*à dualidade da carne que arde e voa.*
Sou orvalho noturno em teu verão,
lágrima doce em pele salgada de mar.
Chora teu corpo o hino da paixão,
enquanto a alma dança no luar.
*No espelho d’água, alegra-te, quimera:*
confia nos beijos que o tempo acelera.
Conduze-me no rio dos teus anseios,
*onde o feito eterno-se em nossos veios.*
"Eu coloquei gelo na ferida, pra tentar amenizar a dor.
A dor continua, percebi que não funcionou.
Whisky e gelo, ainda sinto na boca o amargor.
A ferida no peito não cicatrizou.
E minh'alma ainda está com dor.
É dor de amar, é dor de amor.
Minha dor é mar, meu amor ofurô.
Meu corpo estremece quando lembro do seu olhar, aquele frugor.
Talvez não seja crível o que narro ao meu leitor.
Mas crivado de mágoas, eu sou um todo de ódio e rancor.
Meu corpo roga pela sua tez, implora aquele fervor.
No vento sinto seu cheiro, e na boca, daquele último beijo, o sabor.
Minha paixão é destrutiva, meu amor construtor.
Conquista-la já perdeu o prazer, agora só existe o labor.
Lembro-me que das minhas cicatrizes, eu sou o causador.
E tentando cura-las, eu coloquei gelo na ferida, pra tentar amenizar a dor..."
Tempestade de gelo
No meu copo o apelo
Mar tenebroso no meu marasmo de zelo
Respiração profunda
Responde a pergunta
E eu flutuo enquanto a embarcação afunda.
Cristal de gelo
Numa noite de madrugada fria e escura,
os meus olhos estão encharcados de sangue,
meu coração bombeia ansiosamente,
meu corpo sofre mutação a todo instante.
Algo quer me levar, algo quer me fluir, as ondas se batem em pedras,
O ruim é você chorar e não sentir tristeza, sorrir e não sentir felicidade.
Oh! Madrugada fria! Quero voltar para as estrelas, quero ver os cosmos se enlouquecerem, jazendo em mim, uma nova história de compaixão, trazendo consigo uma eterna ilusão.
Noite de Gelo -
Longe, embora perto,
o murmurio rouco e confuso
de vozes na noite
num Porto sempre por achar!
Estranha noite aquela,
noite em que me vi só,
tão só ...
Poço! Onde mãos, corpos,
Almas se confundem, se tocam,
se contaminam ...
Distancia imensa,
dolorosa e sangrenta.
Coitos de morte,
onde gestos amargos,
inquietos, obcessivos
nascem da memória de outros gestos.
- Esses, onde a Vida corre
e a ternura é o fio.
Em mim, uma plena consciência
do marulhar desse pantano humano
e distante.
- Uma fracção de voz,
um grito, um gemido.
Em mim, um imenso desidério,
cósmico, Lunar afastamento.
- Misto de Luz e frio,
proximidade real,
lonjura sem alcançe!
Chuva de Gelo- Letra de música
Durante um tempo a chuva de gelo fez sombra em teu coração,
mesmo sofrendo me mantive firme em teus laços cometendo todos os dias os mesmos pecados de ti amar demais,
Sempre foi um sonho viver esse amor no meio das nuvens passageiras, mesmo sem ter as certezas de um novo alvorecer,
Não venha me dizer adeus, porque essa frase não cabe na sua melhor versão, ainda sinto no ar e no teu olhar o cheiro forte da paixão,
como um atleta de alto níveo eu treino e luto forte pelo teu coração,
então não minta para o teu próprio coração, repense as tuas memorias e entre no ciclo das boas reflexões.
Nada é tão puro ou mais transparente do que meu querer por ti, só nós dois sabemos o quanto eu quero cuidar do teu amorrrr, ooooooo, oooo,
Por um tempo a chuva de gelo recaio sobre a nossa relação, mas foi apagada pela fogueira quente da compreensão,
o que parecia um abalo císmico, hoje cresce forjado em cima das nossas melhores decisões e assim vamos vivendo os doces momentos da nossa união.
Soneto de amor perdido
As borboletas de gelo se derretem,
E então se tornam bailarinas salgadas,
Acompanhando a suave chuva álgida
Farta, clamo às bailarinas: Se aquietem
Em lástimas, se cessam e se enfraquecem,
Mas aqueles momentos não se envelhecem.
Músicas me atacam desde sua partida,
Sonhando com o rosto da morte lívida.
Me perguntando se você voltará
Continuo confusa com suas promessas
Permanecendo em solidão intensa.
O triste é saber que isso não cessará,
Nossas vidas nos poemas expressas,
Descobrimos que limite o amor dispensa
E pra mim todos os dias são inverno..desde aquele dia que você me tratou com frieza... o gelo do teu coração esfriou todo o resto... meus dias escureceram e minhas noites ficaram cinzentas...eu morri aquele dia... morreu o amor que eu sentia por dentro... morreu uma parte de mim com a tua indiferença.....
Sabe o efeito do sol direto no gelo?
Esse é o efeito na minha paciência com gente testando o meu intelecto.
"De um coração, em chamas, que amou alguém.
Sobrou um coração, de gelo, que não confia em mais ninguém."
O Gelo
Gelo.
Frio, com o toque do desespero.
Permeia em minhas roupas já apodrecidas pelo tempo.
Quanto tempo eu dormi?
Me sinto inerte em devaneios,
Alguns já levados para longe pelo vento.
Que vida triste de se viver, que nem quase morta consegue se convencer
Que lutou bravamente pelo poder,
Mas se enraiveceu quando percebeu que perdeu.
Estou congelando até a morte me alcançar.
Lenta ela vem, para poder rir de mim
E me fazer sofrer até eu não mais aguentar.
Quanta coisa se foi com o tempo,
Que só morrendo agora percebo.
Lembranças das quais gozava de alegria
E tantas outras chorava como uma bebê recém-nascida.
Sentimentos que nem o coração se esquece de sentir,
Que lembra todos os dias O dia em que eu parti.
Não deixei minha família para procurar alegria,
Deixei minha família para procurar a melancolia.
A depressão tomou conta,
A ansiedade virou dona,
Os pesadelos já vivem por conta,
E eu, sofro todos os dias por deixar isso vir átona.
Eu sou pura poesia
Sou um livro de mil páginas
Sou muitas em uma só
Sou fogo
Sou gelo
Sou paz
Sou tempestade
Sou mistério indecifrável
Sou dúvida momentânea
Sou certeza de quem sabe
Sou um sonho
Sou pesadelo
Sou seu porto seguro
Sou seu maior medo
Sou apenas eu.
Somos,
Como água fervente que evapora.
Como gelo que derrete, como um vento, um momento.
Somos o agora.
