Gelo
O Gelo
Gelo.
Frio, com o toque do desespero.
Permeia em minhas roupas já apodrecidas pelo tempo.
Quanto tempo eu dormi?
Me sinto inerte em devaneios,
Alguns já levados para longe pelo vento.
Que vida triste de se viver, que nem quase morta consegue se convencer
Que lutou bravamente pelo poder,
Mas se enraiveceu quando percebeu que perdeu.
Estou congelando até a morte me alcançar.
Lenta ela vem, para poder rir de mim
E me fazer sofrer até eu não mais aguentar.
Quanta coisa se foi com o tempo,
Que só morrendo agora percebo.
Lembranças das quais gozava de alegria
E tantas outras chorava como uma bebê recém-nascida.
Sentimentos que nem o coração se esquece de sentir,
Que lembra todos os dias O dia em que eu parti.
Não deixei minha família para procurar alegria,
Deixei minha família para procurar a melancolia.
A depressão tomou conta,
A ansiedade virou dona,
Os pesadelos já vivem por conta,
E eu, sofro todos os dias por deixar isso vir átona.
Eu sou pura poesia
Sou um livro de mil páginas
Sou muitas em uma só
Sou fogo
Sou gelo
Sou paz
Sou tempestade
Sou mistério indecifrável
Sou dúvida momentânea
Sou certeza de quem sabe
Sou um sonho
Sou pesadelo
Sou seu porto seguro
Sou seu maior medo
Sou apenas eu.
"Coração de gelo"
Em dias quentes
De amores gelados
Eu bebo vinho
E me embriago
Em beijos mornos
E bocas superficiais
Eu perdi o equilíbrio
Quem fez a maldita regra de gelo
Que locura é essa que vivem
E brindam com tanto fervor
Longe de mim participar desse devaneio
Longe de mim
Me entregar há abutres sem amor .
Agoniza coração que sem amor ainda bates,
sente o frio que inunda o peito em pedaços de gelo aguçado,
que também a alma na escuridão deambula perdida sente o frio,
e se deixa levar.
No teu manto preto me deito e com o teu beijo serei para sempre.
Cristal de gelo
Numa noite de madrugada fria e escura,
os meus olhos estão encharcados de sangue,
meu coração bombeia ansiosamente,
meu corpo sofre mutação a todo instante.
Algo quer me levar, algo quer me fluir, as ondas se batem em pedras,
O ruim é você chorar e não sentir tristeza, sorrir e não sentir felicidade.
Oh! Madrugada fria! Quero voltar para as estrelas, quero ver os cosmos se enlouquecerem, jazendo em mim, uma nova história de compaixão, trazendo consigo uma eterna ilusão.
Noite de Gelo -
Longe, embora perto,
o murmurio rouco e confuso
de vozes na noite
num Porto sempre por achar!
Estranha noite aquela,
noite em que me vi só,
tão só ...
Poço! Onde mãos, corpos,
Almas se confundem, se tocam,
se contaminam ...
Distancia imensa,
dolorosa e sangrenta.
Coitos de morte,
onde gestos amargos,
inquietos, obcessivos
nascem da memória de outros gestos.
- Esses, onde a Vida corre
e a ternura é o fio.
Em mim, uma plena consciência
do marulhar desse pantano humano
e distante.
- Uma fracção de voz,
um grito, um gemido.
Em mim, um imenso desidério,
cósmico, Lunar afastamento.
- Misto de Luz e frio,
proximidade real,
lonjura sem alcançe!
O gelo do Coração.
.
Nesse calorzão
Do final de verão,
Faz um bem danado
Ter um coração gelado...
.
Primeiro o frio foi na barriga,
Pensei que fossem lombrigas...
Mas eram só borboletas em chamas
Seguidas de contos, mentiras e dramas...
.
Por fim, o frio da barriga de espalhou
E no coração se alojou...
E como sem ligar pra nada
No peito fez morada...
.
Exupéry foi por Buki trocado
Platão por um "Schop" gelado
Pra temperatura gelada manter
E assim poder continuar a viver...
.
É um frio muito gozoso,
Maravilhoso...
É a melhor companhia
Nos dias quentes de chuva
Com vinho tinto das uvas...
.
Seja fora frio ou calor,
O coração gelado mantem sua gélida temperatura...
Assim passa longe da dor
E mantem distante a loucura...
.
Misael Malagoli
ANTÍTESE
És o fogo que aquece minhas mãos
Quando me amas, à lareira!
Mas também o gelo que me queima na ausência.
Tal qual o fogo ateado à lenha, nas noites frias.
És o carvão que me tece um triste coração
Nos desenhos feitos na areia quando a tristeza
Me faz sentar à beira da estrada, sozinha.
Então me torno os olhos tristes do homem
Que buscou construir seu castelo, na solidão.
Sem a lareira e sem lenha no terreiro!
Brasa, gelo e ego
Fizeste das paixões estigmas.
Das confissões de amor pecado.
Das juras mentiras.
Te tua conveniência verdades.
Abra-te a cura
Os estigmas vão sumir
confessa-te a si mesmo.
Que todas as conveniências sejam de dupla via em respeito as paixões do passado e as que vão surgir.
21/06: Início do Inverno
No frio do inverno, acenda a lareira interna, derreta o gelo, aqueça o coração e assim, sinta na alma, o conforto da estação.
( Edileine Priscila Hypoliti )
( Página: Edí escritora )
Não tão sós
Noturno... soturno
anéis de Saturno.
Mistura de gelo e pó
giram independentes e sós.
Não tão sós...
os anéis de
Júpiter e Urano
Netuno.... também no Universo estão
mas em segundo plano.
Um plano...
luzes, câmera, ação...
vê o que está indo em sua direção?
Planos não passam de planos
acontecem ou não..
Saturno... e os anéis continuam girando
com nada se importando.
Ei, quebra o gelo do seu coração
Você já sabe, tô na sua mão
E agora não tem como mais fugir
Não tem outro lugar a não ser aqui
Para os que já desistiram de amar, tornando-se um coração de gelo, lembre-se: todo gelo é refresco de alguém. Derreta este iceberg que abriga seu peito e deixe o calor do amor espantar este inverno dentro de ti. O inexplicável quer te habitar! Abra seu peito e o deixe entrar.
E pra mim todos os dias são inverno..desde aquele dia que você me tratou com frieza... o gelo do teu coração esfriou todo o resto... meus dias escureceram e minhas noites ficaram cinzentas...eu morri aquele dia... morreu o amor que eu sentia por dentro... morreu uma parte de mim com a tua indiferença.....
Tu e Eu frente a frente... É a brasa nas mãos, Tu e Eu frente a frente... É gelo que se desfaz no corpo e se apavora e faz bater os dentes de frio. Quero este encontro mas sem fronteira, sem limites e sem preconceito. quero este encontro, tu e eu frente a frente prontos para a vida.
Tu e Eu frente a frente...E a fogueira arde e acelera os nossos corações fazendo-nos afirmar, sim queremos, não foi uma ilusão, sentimos claramente, não é ilusão dos sentidos.
Partiu-se em dois, partiu-se ao meio, e uma metade era quente como fogo, e a outra fria como gelo, uma era tenra, a outra cruel, uma trêmula, a outra dura como pedra. E cada metade tentou destruir a outra...
No inverno, a natureza descansa, Em um manto branco de frio. Mas mesmo sob o gelo e a neve, A vida aguarda seu renascer.