Garoto
Era uma vez uma pequena garota que nunca tinha conhecido o amor até um garoto quebrar o seu coração.
Um garoto perguntou ao pai: "Qual o tamanho de Deus?" Então, ao olhar para o céu, o pai avistou um avião e perguntou ao filho: "Que tamanho tem aquele avião?" O menino disse: "Pequeno, quase não dá para ver." Então o pai o levou a um aeroporto e ao chegar próximo de um avião perguntou: "E agora, qual o tamanho desse?" O menino respondeu: "Nossa, pai, esse é enorme!" O pai então disse: "Assim é Deus: o tamanho vai depender da distância que você estiver dEle. Quanto mais perto você está dEle, maior Ele será na sua vida!"
Eu vivi os mais belos sonhos de garoto
Eu ja chorei as mais puras lágrimas de
um jovem que nao sabia onde ir.
Eu já me despedi de pessoas que nunca mais as
verei
Eu já acertei e também já errei.
Eu sei que meu Já ainda não acabou
Pois já escrevi o que podia escrever
E também já ocultei o que poderia ter escrito.
O Assalto
Quando a empregada entrou no elevador, o garoto entrou atrás. Devia ter uns dezesseis, dezessete anos. Desceram no mesmo andar. A empregada com o coração batendo. O corredor estava escuro e a empregada sentiu que o garoto a seguia. Botou a chave na fechadura da porta de serviço, já em pânico. Com a porta aberta, virou-se de repente e gritou para o garoto:
- Não me bate!
- Senhora?
- Faça o que quiser, mas não me bate!
- Não, senhora, eu…
A dona da casa veio ver o que estava havendo. Viu o garoto na porta e o rosto apavorado da empregada e recuou, até pressionar as costas contra a geladeira.
- Você está armado?
- Eu? Não.
A empregada, que ainda não largara o pacote de compras, aconselhou a patroa, sem tirar os olhos do garoto:
- É melhor não fazer nada, madame. O melhor é não gritar.
- Eu não vou fazer nada, juro! disse a patroa, quase aos prantos. – Você pode entrar. Pode fazer o que quiser. Não precisa usar de violência.
O garoto olhou de uma mulher para outra. Apalermado. Perguntou:
- Aqui é o 712?
- O que você quiser. Entre. Ninguém vai reagir.
O garoto hesitou, depois deu um passo para dentro da cozinha. A empregada e a patroa recuaram ainda mais. A patroa esgueirou-se pela parede até chegar à porta que dava para a saleta de almoço.
Disse:
- Eu não tenho dinheiro. Mas o meu marido deve ter. Ele está em casa. Vou chamá-lo. Ele lhe dará tudo.
O garoto também estava com os olhos arregalados. Perguntou de novo:
- Este é o 712? Me disseram para pegar umas garrafas no 712.
A mulher chamou, ocm voz trêmula:
- Henrique!
O marido apareceu na porta do gabinete. Viu o rosto da mulher, o rosto da empregada e o garoto e entendeu tudo. Chegou a hora, pensou. Sempre me indaguei como me comportaria no caso de um assalto. Chegou a hora de tirar a prova.
- O que você quer? – perguntou, dando-se conta em seguida do rídiculo da pergunta. Mas sua voz estava firme.
- Eu disse que você tinha dinheiro – falou a mulher.
- Faço um trato com você – disse o marido para o garoto – dou tudo de valor que tenho na casa, contanto que você não toque em ninguém.
E se as crianças chegarem de repente? pensou a mulher. Meu Deus, o que esse bandido vai fazer com as minhas crianças? O garoto gaguejou:
- Eu… eu… é aqui que tem umas garrafas para pegar?
- Tenho um pouco de dinheiro. Minha mulher tem jóias. Não temos confres em casa, acredite em mim. Não temos muita coisa. Você quer o carro? Eu dou a chave.
Errei, pensou o marido. Se sair com o carro, ele vai querer ter certeza de que ninguém chamará a policia. Vai levar um de nós com ele. Ou vai nos deixar todos amarrados. Ou coisa pior…
- Vou pegar o cinherio, está bem? disse o marido.
O garoto só piscava.
- Não tenho arma em casa. É isso que você está pensando? Você pode vir comigo.
O garoto olhou para a dona da casa e para a empregada.
- Você está pensando que elas vão aproveitar para fugir, é isso? – continuou o marido. – Elas podem vir junto conosco. Ninguém vai fazer nada. Só não queremos violência. Vamos todos para o gabinete.
A patroa, a empregada e o Henrique entraram no gabinete. Depois de alguns segundos, o garoto foi atrás. Enquanto abria a gaveta chaveada da sua mesa, o marido falava:
- Não é para agradar, mas eu compreendo você. Você é uma vitima do sistema. Deve estar pensando, ” Esse burguês cheio da nota está querendo me conversar”, mas não é isso não. Sempre me senti culpado por viver bem no meio de tanta miséria. Pode perguntar para minha mulher. Eu não vivo dizendo que o crime é um problema social? Vivo dizendo. Tome. É todo o dinheiro que tenho em casa. Não somos ricos. Somos, com alguma boa vontade, da média alta. Você tem razão. Qualquer dia também começamos a assaltar para poder comer. Tem que mudar o sistema. Tome.
O garoto pegou o dinheiro, meio sem jeito.
- Olhe, eu só vim pegar as garrafas…
- Sônia, busque suas jóias. OU melhor, vamos todos buscar as jóias.
O quatros foram para a suíte do casal. O garoto atrás. No caminho, ele sussurrou para a empregada:
- Aqui é o 712?
- Por favor, não! – disse a empregada, encolhendo-se.
Deram todas as jóias para o garoto, que estavam cada vez mais embaraçado. O marido falou:
- Não precisa nos trancar no banheiro. Olhe o que eu vou fazer.
Arrancou o fio do telefone da parede.
- Você pode trancar o apartamento por fora e deixar as chaves lá embaixo. Terá tempo de fugir. Não faremos nada. Só não queremos violência.
- Aqui não é o 712? Me disseram para pegar umas garrafas.
- Nós não temos mais nada, confie em mim. Também somos vitímas do sistema. Estamos do seu lado. Por favor, vá embora.
A empregada espalhou a notícia do assalto por todo o prédio. Madame teve uma crise nervosa que durou dias. O marido comentou que não dava mais para viver nesta cidade. mas achava que tinha se saído bem. Não entrara em pânico. Ganhara um pouco da simpatia do bandido. Protegera o seu lar da violência. E não revelara a existência do cofre com o grosso do dinheiro, inclusive dólares e marcos, atrás do quadro da odalisca.
Quando eu era garoto, eu não sabia o que queria ser quando crescesse. Os adultos sempre perguntam isso para as crianças. Eu nunca tive uma boa resposta, não até aos vinte e oito anos. Até o dia em que eu conheci você. Foi aí que eu soube exatamente o que queria ser quando crescesse. Eu quero ser o homem que faz você feliz.
Eu tentei ser um garoto, eu tentei ser uma garota, eu tentei ser uma bagunça, eu tentei ser a melhor. Eu acho que fiz tudo errado.
Inimigos podem se perdoar, rivais se ajudar, mas jamais um garoto ou garota apaixonada pode se tornar amigo de seu amado
Meu namorado,
Apenas tentando expressar o que tu me causa.
Obrigada, garoto, por tão pouco tempo já me fazer tremendamente feliz, sou feliz todos os dias, é possível uma coisa dessa? Sem dúvida alguma você me mostrou e vem mostrando que é, sim.
Me cativa, me surpreende, me emociona, sabe exatamente o que dizer para me deixar com cara de boba. Nossos sonhos cada vez mais tão reais, nossas perspectivas, sonhar junto a ti é como se o sonhos estivessem a apenas um passo, você me faz acreditar!
Não vejo um futuro onde você não esteja, pelo contrário, meu futuro é digno de um verdadeiro conto, ou melhor, vejo o futuro do meu livro. Te vejo como meu amigo, amor, namorado, noivo, te vejo vestido de pinguim e nessa hora vai ver novamente minha cara de boba. Meu marido, meu companheiro de sempre e para sempre. Já tô suspirando aqui, e com os olhos nada secos.
Só quero que saiba mais uma vez que estou feliz, meu amor, e que você é incrível. Seus detalhes me fascinam, seu olhar, o olhar de desejo, sua testa franzida, suas bochechas erguidas no sorriso, o modo como ri quando tentar me provocar, seus toques, quando fica de bico e olha de lado. Tudo em você é tão lindo, me encanta, me fascina. Sem contar os diversos outros detalhes que me fazem te admirar e amar ainda mais, seu jeito atencioso, o modo como se preocupa comigo. Os abraços de carinho e aquele olhar que diz que quer me proteger, o modo como você sempre quer que me sinta bem, como demonstra isso sempre. Sério, isso é de um valor imensurável e já estou chorando novamente. Difícil falar de ti assim, sem me emocionar, porque você é tudo que sempre sonhei e falar assim do nosso maior sonho se tornando real é ter nosso coração gritando, é ter seus olhos e todo seu corpo mostrando o quando está feliz.
Eu te amo, meu menino.
De sua namorada chata.
Eu nunca havia sido carregada nas costas por um garoto, ou gargalhado tanto na mesa de jantar que minha barriga doesse, ou escutado o tumulto de centenas de pessoas falando ao mesmo tempo. A paz é contida, isso aqui é liberdade.
(Divergente)
E ele estava ali
Doce garoto
Sentado em seu balanço
Olhando seu jardim
Refletindo o irrelevante
Pois é assim
Sente o vento em seu rosto
Indo e voltando
Impulsionando o corpo, a vida
Solta gargalhadas cativantes
E sem medo de cair
Salta do balanço
Seus pés tocam o chão como lanças afiadas
Seu sorriso se desfaz
Ensanguentam todo o belo jardim
Manchando de vermelho todo o verde
Pouco a pouco chega a dor
Já não há mais vento suave
Pois é assim
Que somos ensinados
A viver
Eu sempre soube que vivi um pouco diferente de outros homens. Quando eu era um garoto não vi nenhum caminho antes de mim, simplesmente dei um passo e depois outro. Sempre em frente, sempre para a frente, correndo em direção a algum lugar que eu não sabia onde. E um dia eu virei e olhei para trás e vi que cada passo que eu tinha tomado era uma escolha, ir para a esquerda, ir para a direita, ir em frente ou até não ir. Cada dia, cada homem tem uma escolha entre o certo e o errado, entre o amor e o ódio, e às vezes entre a vida e a morte, e a soma dessas escolhas torna-se sua vida. O dia que eu percebi isso foi o dia que eu me tornei um homem.
O que aconteceu com aquele garoto alegre, carismático e sorridente? Onde foi parar aquele garoto que mesmo em meio a tristeza encontrava motivação para seguir em frente? Eu não sei a razão, mas sei que agora a alma dele se isola dentro de uma imensa escuridão.
Por que eu estava sendo tão gentil e cuidadosa? É porque eu sentia que se eu não fizesse, o garoto na minha frente iria se partir em pedaços.