Galo
O carnaval começou...seja em Olinda, nas ladeiras da Sé, no Galo da Madrugada, no sambódromo, seja onde Deus quiser.
O que mais me irrita, não é a pessoa fazer uma coisa errada, é cantar de galo como se o feito fosse algo bem feito e bom.
SILÊNCIO
A vida esta cada vez mais barulhenta,
quero ouvir o galo me acordar,
mas ao invés disso escuto
carros buzinando, obras começando, pessoas tagarelando,
e aos poucos vou pirando.
O despertador toca,
continuo a dormir,
nem ouvi,
me acostumei com o barulho.
Vou ao restaurante almoçar,
o garçom não ouviu o meu pedido,
mas consegue ouvir a promoção de emprego na mesa ao lado,
O término de namoro,
em uma fofoca com a amiga na outra mesa.
Quero silêncio, de dentro pra fora,
de fora, para escutar o que digo
por dentro,
por favor faça silêncio.
Por dentro eu me calo,
por fora escuto a poluição sonora.
Quero um lugar no mundo onde eu não possa ouvir nenhum ser humano,
quero um encontro silencioso com a natureza que me rodeia,
quero sair dessa teia
ensurdecedora de palavras faladas.
Amar em silêncio,
falar com os olhos,
e escutar apenas o barulho do seu coração,
para mim já estará bom.
Encontro então, a melhor forma de gritar em silêncio,
escrevo alto, falo com letras maiúsculas,
desabafo nas letras miúdas.
Escrevo,
enquanto o mundo dorme,
escuto a melodia da chuva e penso,
enfim o silêncio.
De madrugada o galo canta, de dia canta também, menina so te pesso desculpas se pra você não sou ninguém.
Não há mais palavras,
Acabou.
O vento não uiva,
O galo não canta,
A gaita, frustrada no canto.
Acabou.
As folhas se rasgam,
E tem seu som silenciado.
Corações partem,
Trens partem.
O músico, frustrado no canto,
Tem seu som silenciado.
Silenciado pelo barulho
De sua mente, de sua alma.
Seu coração já não bate,
Silenciado pelo barulho.
Do galo, ao vento, rasgando a folha.
Da última música, que o músico frustrado,
Escreveu naquele canto.
O trem partiu, a gaita ficou, naquele canto.
a gente tinha um galo que cantava todo dia às quatro da manhã né
cresceu com a gente
aí um dia a gente enjoou do galo
chegamo pro galo e falamo
"e aí galo
vai parar de cantar
ou vai querer virar patê?"
e eu tô aqui comendo o patê, né...
NO ASFALTO
Morre no asfalto...
Anta, lobo e gato
onça, bode e sapo
galinha, galo e galo.
Morre...
O cachorro e o dono do pato
a mala o cadeado o saco
morre, jegue, cavalo e gado
jacaré cobra e cagado...
Gente boa e os safados.
Morre no asfalto...
Alegria, dia e noite
sedo meio dia e tarde
tino, sino e badalo.
Morre...
A felicidade, verdade e gabo
montante de hoje e ontem
noite horizonte e fado,
a ponte para o futuro...
A flecha atirada ao monte.
Morre no asfalto...
Combustível, fumaça, embalo
lembrança distancia malho...
Todo tipo de aero tipo
toda grife, todo ralo.
Morre no asfalto...
Toda cor e todos embalos
ritmos, som e seus estalos
todo peso e todo fardo,
as sentenças com seus mandos...
E os encargos com seus horários.
Morre no asfalto,
todas as falas
e todos tiks dos gagos...
Silencio e afretamento
sonho de fé e plano,
e os segredos de fulano.
Morre no asfalto...
O homem a mulher o prado,
e o ritmo do velho diabo.
Antonio Montes
Em terra de faz de contas
Enterram os que ainda curtem
O que fazem os que de galo cantam
E bilhões de propina contam
Dando surra de cinto
- nada sucinta -
Nos que também não curtem.
Infância pura!
Por aqui dancei lapinha
nas quadrilhas de são joão
galo brigando na rinha
bola de gude e pião
e a saudade é a espinha
dos amores que eu tinha
nos meus tempos de sertão.
As vezes penso será que amanhã quando o sol nascer o galo canta os pássaros cantando, será que estarei viva para poder ver e apreciar a natureza por mais um dia será? Eu n sei o que será de min no amanhã só sei q viverei todos os dias como se fosse o último.
Mais o problema de eu viver todos os meu dias com se fosse o ultimo é que eu não posso porque eu nunca vou poder mostra quem eu sou de verdade, porque nem eu mesmo sei quem sou
Chuva de bençãos.
O galo bem cedo canta
no clarear da madrugada
é cedo que se levanta
pra cuidar da bicharada
a seca já não é tanta
porque a semana santa
foi de chuva abençoada.
►Amor Doentio
Faço-te várias investidas, feito um galo de briga
Olho para seus olhos que refletem o brilho do sol
Pele macia feito o grão de neve
Em plena segunda-feira lhe faço essa dedicatória malfeita
Avistando seu reflexo no oceano,
Indicando que ele saiba o quanto te amo
Um romance nada meloso é impossível,
Pois me apaixonei logo que admirei teu lindo rosto,
Tão misterioso, com um sorriso instigante
Que não consigo diminuir a quantidade de palavras,
Fazendo-te um texto de frases aladas.
Talvez chegue o dia que lhe escreva um belo poema
Descrevendo o sentimento passional que tanto me condena
O que sinto por ti é, para mim, um amor surreal
Não me imagino mais sem teu calor
Não me vejo em outro lugar diferente de onde estou
Sua simplicidade me tornou réu da saudade
Tantos procurando a felicidade,
E eu aqui, caçando o número da sua casa.
Dizem que a música é a melhor forma de serenata,
Talvez a única, mas transformarei esses versos em notas
Criadas no fundinho da minha alma
Elas demonstrarão como o compositor sente sua falta
Escreverei infinitamente, até que seus olhos me notem
Farei com que os meus dedos implorem
Prometo-lhe que não soltarei este amor
Se preciso for, eterniza-lo eu vou.
Busco sempre te impressionar
Busco sempre uma maneira de te agradar
Percebo a cada dia o quão difícil é te conquistar
Mas, não vou desistir, e um texto romântico irei lhe dar
Sou muito inocente,
Pois acredito que com as palavras certas, você irá me amar
Mas em que posso acreditar?
Já que você é um enigma tão difícil de solucionar
Tenho medo que eu possa te afastar de mim por algo que escrevi aqui
Desejo tanto criar uma declaração para tu se apaixonar
Versos que te façam entender que quero te namorar.
Meu sentimento por ti é enorme, e indescritível
Me causa uma desordem sem limite
Encontrei na dedicatória uma forma de lhe fazer um convite
Que, talvez no final, após ter lido, você aceite sair comigo
Meu coração parece precisar muito disso
É como se eu não encontrasse palavras suficientes para mostrar o que sinto,
É como se fosse algo impossível de ser escrito
Confesso que sou um marinheiro de primeira viagem,
Não possuo a experiência necessária, sou um aprendiz de fábrica
Navegando em águas desconhecidas, mas, de certa forma agradáveis
Procurando meu tesouro, que é, na verdade, minha "cara metade"
Sua casa é a direção que minha bússola aponta, sem saber se também me ama
Mas talvez isso não importa, só quero dedicar esses versos para a dama
Mesmo enfrentando ondas violentas,
Mesmo resistindo as tempestades extensas,
O meu objetivo é lhe dar meu amor doentio.
O nome de um homem é o seu maior legado!
Boa quinta a todos, pois o galo já cantou anunciando que mais um dia empreendedor esta nos aguardando para ser conquistado!
"" Escolher era a opção que ele tinha
poderia nascer galo ou galinha
escolheu cantar na penumbra
sem querer acabou virando
oferenda de macumba...
A luz.
O galo vai pro poleiro
e o sol enfim descansa
a lua vira o ponteiro
e a escuridão avança
sem energia no terreiro
é pela luz do candeeiro
que eu enxergo a esperança.
Meu interior.
O galo vai pro poleiro
e o sol enfim descansa
a lua vira o ponteiro
e a escuridão avança
sem energia no canteiro
é pela luz do candeeiro
que eu enxergo a esperança.
Tem um povo acolhedor
onde a felicidade aflora
quando se planta amor
bem se colhe toda hora
quem nasce no interior
não tem tamanho de dor
que lhe faça ir embora.
Por aqui não tem maldade
povo humilde sim senhor
que sente a felicidade
até quando faz um favor
como é bom a tranquilidade
o amor e a amizade
que existe no interior.
Aqui a tarde passa lenta
o vento espanta o calor
na calçada a gente senta
para ver o sol se pôr
a paz ainda alimenta
o respeito que sustenta
a vida no interior.