Galhos
Se todas as folhas caírem
Se os galhos secarem
Se o visgo morrer
Arranca a raiz do solo
Dê espaço para uma nova planta crescer.
Poesia ( A Árvore )
Agradável aos nossos olhos
Galhos feito mãos, não escolhem
Uma mistura de cores a envolvem
Sentimentos de paz e harmonia
Faz a alma vibrar sons de alegria
QUE BOM SERIA
Que bom seria
Se os pássaros vivessem
Sempre livres a voar
E nos galhos da árvore a cantar.
Que bom seria
Se as matas não acabassem
Se nos animais não atirassem
E os rios não assoreassem.
Que bom seria
Se a vida não terminasse
Se a paixão aflorasse
E o amor não terminasse.
Que bom seria
Ver o mundo sem guerra
As crianças sem fome
O povo sem maldade.
Que bom seria
Ver sempre a lua nascer
O Sol sempre a brilhar
E o homem sempre a amar.
Se apaixone!
Pelo sol que brilha forte entre os galhos das árvores,
A grama alta que se movimenta com o sopro do vento,
A chuva que chega sem aviso prévio,
Não se esconda!
Dance por entre suas gotas que transbordam vida...
Se apaixone por palavras perdidas naquele velho livro,
E se apaixone mais ainda pelo rapaz que o tem em mãos,
Que seja a primeira vista,
Ao primeiro toque dos corpos,
Ou melhor, ao primeiro toque das almas…
Que não haja medo de se apaixonar!
Não fique esperando a vida acabar,
Coloque sua música preferida,
E puxe logo ele para dançar!
Minha mão esquerda
Às vezes a vejo como galhos tortos de uma árvore
Dedos trincaram e cicatrizaram de um jeito engraçado
Ela monta acordes, desliza em meu cabelo molhado, e segura meu celular
Ela falta te tocar… toque leve, a seu rosto endereçado
Ela quase fala, mas se tivesse boca não diria nada
Eu te tocaria e ela te beijaria apaixonada.
Sou passarinho solitário
Cantando uma liberdade em tom maior
Nos galhos da vida, onde os ventos da saudade me leva...
Este entrelaçado de galhos escuros
Nessa densa floresta da vida
Em sala de aula, os futuros
Pelos alunos, muito querida
Nestas árvores em bosque denso
Neste caldeirão de coisas fatídicas
Selva de pedra, trânsito intenso
De plantas de seivas verídicas
Gentil mulher de sorriso reluzente
Muito esforçada, incrivelmente inteligente
Muita noção da vida
8º anjo que o diga
Sonhadora iminente
Voa longe
Resiliente
Peita, do males, a fonte
Obrigado por estar aqui
De verdade
Viajante dos sonhos
Vidente da realidade
Do seu castelo é dona
Pinheiros no coração
Entretida na televisão
Ela é meio estranha
Sofá laranja, ideias em colisão
No pátio a mulher-aranha
Em saturno tu encontras tua concha
Da pedra da lua, você
E.T
A tempestade chega quebrando os galhos das arvores, destrói plantações, levanta poeira, causando erosões. Os raios estremecem o chão, o relâmpago ilumina a escuridão.
Só rezamos para tudo acabar bem, são nesses dias que sabemos quanto somos fortes e entendemos a lição. Quando a tempestade passa avistamos o Sol e temos a compreensão de que tudo que vivemos não foi em vão foi necessário para nossa evolução.
A velha cerejeira...
As folhas secas cairam
e muitos galhos secaram.
Foram podadas as arestas
e um novo ciclo se iniciou
dando vida nova ao velho tronco
que ao longo dos anos,
foi enfraquecendo
e suas flores e frutos,
escasseando.
by/erotildes vittoria/
O que você ver?
Os galhos retorcidos
as folhas que já caíram
a sobrevivência de um ser.
O desenho das nuvens
o intenso azul do céu
as sombras que contornam a árvore
a força de um ser.
O verde lá no fundo
você consegue ver?
Eu vejo formas,
eu vejo o tempo
um Cerrado resistente.
Faz-se o fogo
brota a semente
cai a água
mata a sede.
É verde sim
é seco,
é casa
é fruto
é alto
é rasteiro
é múltiplo
tem fases
de cinzas
de cores
de fauna
de flores
sou bioma ameaçado
cobiçado
me cercam de todos os lados
tentando me diminuir
mas, saibam por mim
que sou insistente.
E sou independente de como você me ver ...
A perfeição de cada árvore se encontra em sua firmeza naquilo que a nutre, em seus galhos retorcidos de forma única, no dançar das folhas ao ritmo do vento, em seu envolvimento contributivo para as mais diversas formas de vida no planeta, no amor incondicional emanado por sua essência, que só pode ser sentido na distância do ego.
A natureza fala!
Defender partido político no Brasil é o mesmo que uma mulher, cheia de galhos na cabeça, defender o marido galinha na vizinhança afirmando que ele é fiel.
"Por mais forte que seja a ave, ela sempre desce ao chão pra comer ou buscar galhos para o seu ninho."
Estamos na gruta aínda
Estou sonolenta
Atordoada pela fumaça
Escuto um barulho
De galhos terminando
De serem quebrados
De leve mexo no meu lobo
Falo no seu ouvido
Escuta o barulho
Ele está debilitado
Está sangrando nas patas
Vejo um clarão na entrada
Da caverna
É um lobo de outra matilha
Espera um pouco
Esse brilho
É o meu colar
Ele com sua voz grave diz
Encontrei perto do rio
E sei que é seu
Sabe que te sigo sempre
Sei dos seus passos
Meu lobo está inquieto
E quer se levantar
Olho para ele e imploro
Agora não é a hora
O outro lobo fala
Quer o colar
Vem pegar
Ele sabe do poder desse colar
E através dele que me comunico
Com meu lobo
Não quero briga
Me devolve
Eu me levanto
Vou com passos lentos
Até ele
Quando estendo a mão
Meu lobo pula
E puxa o colar
Que cai no chão
A briga começa
Meu lobo está em desvantagem
Não tem outro jeito
Viro loba também
A briga e sangrenta
Mas mesmo ferido meu lobo
Consegue por ele para correr
Agora temos que sair urgente
Daqui
Eu e meu lobo
Vamos em busca da saída
Mais luz, mais vida, mais amor. Essa é a primavera. Ela insiste em ressuscitar os galhos secos que parecem mortos. O que será depois? A primavera e seus perigos (encantos)...
Sempre gostei do pé de jasmim que crescia no quintal de minha vó.
Seus galhos eram cortados constantemente num ato negligencioso.
E, se você se aproximasse bem, veria as cicatrizes que ele carregava. E mesmo com as cicatrizes que os constantes cortes deixavam, ele crescia, de uma forma singular. Se adaptando em meio ao caos.
Os jasmins que cresciam no topo portavam uma beleza singular. Por muitas vezes senti desejo de tocar aquelas macias pétalas, mas deixava elas seguirem seu processo natural, e caírem conforme o tempo ia passando. Sempre vi uma enorme beleza nesses detalhes, em pétalas caídas no chão de terra.
Em noites tempestuosas, o pé de jasmim inclinava para lá, e para cá. Sempre ameaçando cair, mas nunca caiu. Assim como eu.