Futebol
Quando o povo grita gol, os políticos constroem estádios. Quando grita AI no chão do hospital lotado, os coveiros abrem as covas. Publicado Set/2017
No campeonato do seu coração
Eu me candidatei
Dinheiro eu não tinha, mas com um sonho de valsa
Minha inscrição eu paguei
Com bola eu sabia que não era jogador de seleção
Porém com um simples lápis ou caneta
Já me falaram que batia um bolão
O primeiro jogo, confesso, estava bem nervoso
Era contra todos os meninos do bairro
E tinha o João, o mlk era engenhoso
Chapelei todos eles a convidando para um açaí
Não tive vergonha, fui audacioso
Aproveitei cada segundo com ela
Sabia que era um tempo precioso
No outro dia ela me ligou e disse
"Gostei de você, menino habilidoso
porém ainda tem mais 2 jogos
esse entre nós, foi apenas um amistoso"
Pro segundo jogo
Eu teria que ser bem minucioso
Era contra seu irmão
O zagueiro do bairro, conhecido por Fabuloso
- Ei, oque acha sabre sua irmã e eu ?
Ele fez uma cara de espantoso
Já me bombardeou de perguntas
Senti que era um carrinho maldoso
Não me intimidei, expus minhas qualidades
Eu era um jogador teimoso
- Olha, você me conhece a anos, sabe que não sou faltoso,
de todos os garoto do bairro, sou o mais estudioso,
e por mais que você negue, eu tenho um futuro maravilhoso
- Confessar isso, é bem doloroso,
mas eu sei que para minha irmã,
você sera um excelente esposo
Chegou a grande final
De todo a minha vida
Seria o jogo mais perigoso
O pai dela, apelidado de Alemão
Por favor, 7x1 não,
Teria que ser cauteloso
Sentei no sofá e começou a partida
Sabia que teria apenas um chance
Sem jogo de volta, apenas o de ida
Ele já apitou um impedimento
- Oque você quer com minha menina ?
- Namorar, noivar e casar
- Garoto corajoso, oque você faz da vida ?
- Trabalho, estudo e jogador serei um dia
- PÊNALTIIII !!! JOGADOR ?
- Sim, jogador, em sua filha jogarei todo o meu amor,
com ela driblarei todas as dificuldades,
dribles dignos de louvor,
nunca a deixarei de escanteio, e teremos
o mesmo entrosamento, que sua esposa tem com o senhor
GOOOOOOOLLLLLL !!!!!
A torcida enlouqueceu
O Alemão um cara sempre duro
Mas percebi que um sorriso apareceu
Fim de partida, pro atacante aqui
A mão da filha, ele concedeu
É Preta
Pra nos segurar, não existe goleiro
Esse final eu já sabia
Nesse assunto sou um velho boleiro
Já vesti outras camisas
Mas a sua, sinto que tem um sentimento verdadeiro
E de hoje em diante te mostrarei
Que tratante de amor, sou um verdadeiro artilheiro
Aos eternos campeões chapecoenses.
Seres humanos não nasceram para voar
Mas quando morrem ganham assas para morar com Deus!
Entre as ruas que costumávamos passar, os lugares que gostávamos de frequentar, as musicas que vivíamos a escutar e as risadas que pareciam não cessar, cedem ao silencio assustador da solidão. Talvez amor seja um lance de sorte, um pênalti decisivo onde se sente uma explosão de sentimentos, medo, euforia, tristeza, alegria, vontade de gritar e de chorar. Ele respira fundo, se prepara, olha e chuta. - Na trave ! Mas foi por tão pouco, o atacante merecia o gol, o goleiro e a torcida adversaria vibram com toda intensidade. Atras de todo fracasso, sempre existe multidões em êxtase. A felicidade de um e a tristeza do outro, é inevitável, não há como negar. Seja no futebol ou no amor, só entre pro jogo se tiver disposto a suar a camisa, a não desistir, a virar placares, a calar a torcida adversaria.
Uma Vez Flamengo...
Ser FLAMENGO é mais que prazer,
É felicidade, é ser alegre é viver,
É mais que adoração, é dever,
É obrigação!
Obrigação de ter esperança,
Crença, fé e confiança,
Mesmo quando nem tudo vai bem…
Perseverar, nas derrotas,
Sorrir nas vitórias,
E entender que até os menos favorecidos,
Merecem vez por outra vencer,
E não serem só vencidos,
Merecem vez por outra ganhar e não só perder,
Porque se não fica sem graça,
Vencer, vencer, vencer!
E nada de ser FLAMENGO doente,
Porque doente é quem não é…
Mas, sempre seguindo, a máxima da letra do hino,
Uma Vez FLAMENGO, FLAMENGO ATÉ MORRER!
Gutemberg Landi
28.10.2016
Hj passou na tv
"Violência entre torcidas.. ódio... brigas... pancadarias"
N se assuste com isso é normal hj se ver
O ser humano virando bicho e o bicho deixando de ser.
Na verdade nunca o foi
N se pode afirmar só prq n se vê.
O bicho homem q diz q pensa
Mata por causa de uma preferência
A cor de uma roupa é a sentença
Q te tira a inocência
De aqui poder viver.
O q chamas de selvagem
Q n pensam.. só reagem
Mas só matam p comer.
Me ponho a refletir
Na real forma de existir
Quem é o bicho aqui?
Há brasileiros morrendo na construção de estádios, para que empresários bem sucedidos recebam dinheiro, gerado pelos que pagarão para ver jogos de futebol, na Copa do Mundo.
Que bom se a família desses brasileiros mortos recebessem uma comissão gerada pelos que vão gastar dinheiro na Copa!
O preto e branco sem o vermelho não tem valor,já o vermelho sem o preto e branco não vale nada,TE AMO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE!
A canhota para destros
Um gol perdido pelo capricho da perna destra pode ser um desastre cômico, mesmo para aqueles que possuem total concentração no pé direito. Driblar com a perna direita, trazendo pra dentro, arriscando um arremate com a mesma pode não parecer, mas é inviável - salvo por exceções. Mesmo assim o momento nos força a acreditar que é chutando de canhota que as coisas se complicam. E o risco de, numa situação dessas, bater com a destra, é uma “trivela inversa” - sei que o termo produz uma imagem desengonçada - que, pelo desequilíbrio induzido pelo curso livre da bola, após uma matada ou percurso indefinido, não chega a ser chute mascado ou espirrado, e vou comparar com uma desculpa da sinuca: faltou giz no taco. Como diria um conhecido narrador esportivo em seu comentário: "que beleza!"
Jogar com as duas pernas pode parecer um paradoxo. O jogador cresceu chutando com aquela perna direita, com a qual se sentiu mais à vontade para bater no gol, driblar, tomar a bola do adversário, fazer um passe. Criou uma perna viciada e, em momentos, descontrolada e alienada, egoísta; e com uma personalidade forte mas, nem por isso, livre do castigo da desatenção, que leva ao erro. Porque, ao passar do tempo é como se não lhe fosse permitido atuar com as duas, ou então, uma proeza para os craques (como muito se fala, para não dizer para poucos), ou mesmo que não sejam considerados craques, para pessoas que nasceram com uma habilidade especial, um dom: ser ambidestro. Criou-se um mito em torno do ambidestro, na proporção “8 ou 80”, que permeia o imaginário futebolístico. Por isso, esquece-se com frequência da natureza da perna esquerda; ela é preterida, mas pode ser tão surpreendentemente extraordinária e potente na mesma medida, que pode até apresentar um resultado superior ao comumente obtido pela destra. Fato que faz com que nem mesmo o autor do chute acredite no feito.
Embora nos apeguemos à simetria, ou seja, uma perna “igual” à outra, - pelo menos aparente, poupe-me da necessidade dos detalhes - de forma oposta, não há como negar que possuem mentalidades diferentes (ou pelo menos é a hipótese que sugiro - estranhas uma à outra). Quem nunca experimentou escrever com a mão esquerda, ou até mesmo, viu-se forçado a isso por alguma circunstância do destino ou do acaso? Em um primeiro momento é uma sensação desconfortante, comparável a andar em um ambiente escuro, desconhecido. Parece tudo ao contrário, se desenvolve para o outro lado, a caligrafia por mais que se tente com esmero, não se compara à escrita destra - atente que meu ponto de vista é o de um destro. Portanto, praticar a escrita com a mão esquerda é algo que se faz quando não se tem o que fazer (em situações muito isoladas, e é uma prática que ao passar do tempo é deixada de lado na medida em que o sujeito amadurece). E, em situações que exigem alta concentração, praticidade, agilidade e excelência, não é a esquerda que entra em ação, é a destra. E a perna canhota, partindo desta análise subjetiva dos membros superiores, pelo histórico do jogador de estar habituado a bater de direita, passa despercebida, esquecida. É como se o jogador, em seu imaginário, acreditasse que não há opção, se não bater de direita. Para o destro nato, bater de canhota não chega a ser considerada nem como última alternativa na maioria dos casos.
Por fim, a favor da canhota, há de se ressaltar o seguinte: imprevisibilidade. Aquele que ousa chutar com as duas pernas, entendendo a maneira como os pés buscam estratégias para bater na bola, torna difícil a reação do adversário quando esse exerce marcação, que tende, inconscientemente, a focá-la prevendo o chute com uma das pernas (a destra). Você já ouviu aquele ditado: Ele não sabia que era impossível, foi lá e fez. Pois, transpondo para o nosso texto, num “insight” futebolístico (me permito escrever): ele não sabia que era possível bater de canhota, foi lá e (não só bateu) fez um golaço.
Do passar dos tempos nos meios de entretimento, subiu a bola,
Na grama molhada longa e justificada, o coração à devora,
Vozes ao longe me coloca a sorte, que é esporte ou arte pois se é o ignora,
Machados do chão a frente ou não o futebol
nos aflora,
Ódio ou amor desejo ou rancor,
sobre tudo o adora.
Epitáfio
Nem sempre tudo são flores.
É preciso espernear,
se infiltrar nos amores,
conhecer, devanear...
Ouvir quem conta uma história,
seja triste ou indecente.
Ou até um poema insano
desse poeta insolente.
Visitar a Pedra Grande,
despir quem me incendeia.
Balbuciar nos ouvidos:
- Você é linda, Serra Feia!
A indecência chega a ser boa
na medida do prazer.
O epitáfio dos loucos?
Poetar, sonhar, viver.
Autor: Renan Castro
Poema que faz parte do livro Guapó, Nossa Gente, Volume 2, de Claudenilson Fernandes.
O sonho
Dormi e sonhei
que beijava-lhe
o corpo inteiro
fazendo-a perder-se
em devaneios.
Acordei despindo-me...