Futebol
Luto no futebol mundial
No dia 29 de Novembro
Deus fez uma escalação
Mas ele não queria um time qualquer
Ele queria uma seleção
Anjos que se vestiam de verde
Que mostraram que podem subir na vida
Até por que né
A seleção por Deus escolhida
O mundo todo parou
Rezaram, imploraram e pediram
Mas ninguém acreditava
Que aqueles jovens campeões partiram
Luto no futebol mundial
Era um time grande
De uma cidade pequena
Mas tinha o seu potencial
E a cada lágrima de dor
Um gesto de amor
Até o time rival disse
Chapecoense é o vencedor.
Pra viver bem em uma relação a dois é como um jogo de futebol; são muitos dribles, ataques, defesas pra tentar fazer o gol.
Não sairemos desse nauseante retrete
Enquanto formos o país do futebol
E termos marotos como Paulo Freire
Sendo o patrono da educação nacional.
Meu cabelo é cacheadinho
Meu apelido é anjinho,
Sou bom no futebol,
Aqui ninguém entra,
Grande zagueiro,
ninguém aguenta,
Só de pensar em jogar a alma esquenta,
A fé aumenta,
E o grito da torcida já consigo escutar.
Se você for um astronauta será nobre, se for um jogador de futebol será o mais talentoso, se for um cantor será o meu ídolo, se um tocador será súpero, se for um piloto será supino. Você sempre será perfeito pra mim. Te amo.
Procura interessares-te por outros assuntos que não futebol, política e religião, para não correres o risco de ficares mudo.
A política e o futebol deveriam ser tratados com a comicidade que possuem. Tratar tais assuntos com seriedade no Brasil, é perda de tempo e neurônios.
Posso estar sendo um tanto irônico, porém vou comparar nossa vida com uma partida de futebol. Pois bem, começando, estamos sempre correndo atrás de algo, alguém, procurando dar o nosso melhor sempre, as vezes ocorrem tropeços, alguns levantamos sozinhos, outros nos estendem a mão e assim continuamos. Sempre tem alguém querendo lhe impedir de seguir em frente, mas você jamais desiste, nem que isso lhe resulte em uma queda, um machucado. Tem aquele alguém, o mais experiente sempre te alertando, chamando sua atenção e querendo lhe ajudar a seguir o caminho mais fácil, porém quase nunca o escutamos, maldito orgulho[...] E no final o resultado sempre é o mesmo, as vezes perdemos, as vezes ganhamos, porém sempre damos risada do que se passou... E o principal de tudo? Sempre cansamos de tanto correr atrás.
O maior time do mundo não é o mais rico e nem o que é formado por grandes astros do futebol, mas o maior time do mundo é aquele que faz vibrar e alegrar o coração dos seus apaixonados torcedores.
Se o Congresso legislasse a partir de um campo de futebol, talvez ai o brasileiro se interessaria mais por politica
Eu gosto tanto de futebol, que somente aos 18 anos comecei a entender o que era um impedimento. Portanto, sinto-me inapto para falar sobre isso.
"Não me entra na cabeça, que a felicidade de muitos dependa de um time de futebol. Acho que nasci no país errado."
"O futebol é muito engraçado mesmo, os torcedores vão para o estádio com uma semana de antecedência do jogo para comprar o ingresso antecipado, passam até duas horas numa fila para recebê-lo, no dia da partida, chegam com duas horas antes do início, e quando faltam 15 minutos pra terminar o jogo, já estão se levantando pra ir embora. É tão engraçado que chega ser uma tolice de quem compra isso."
Quando surge o alvinegro imponente
Sou Santos Futebol Clube desde que me conheço por gente. Talvez isso explique meu espírito velho. Ou meu espírito velho explique o Santos, quem sabe? Só fui vê-lo campeão em 2002, aos doze anos de idade. Antes disso, ouvia a chacota e a humilhação dos meus amiguinhos da escola e do bairro com a obstinação dos iluminados, como se algo me dissesse que aquela dor teria um fim. Agora penso: deve ser a mesma obstinação que sente vibrar no peito os palmeirensezinhos de hoje.
É verdade que ganharam uma Copa do Brasil esses tempos, mas caindo meses depois, fica difícil. Não conheço a dor da queda - e nem faço questão - mas imagino algo aterrador, horrível; posto que o futebol é o último suspiro das tragédias gregas.
Foi o que falei ao meu amigo Victor, conhecido pela alcunha de Caboclo, assim que bateu em casa para tomar uma gelada. Mostrei-lhe este início de crônica que rabisquei em poucos minutos de intervalo e ele me disse que eu estava tentando copiar Nelson Rodrigues, ênfase para o 'tentando', que é o que mais dói. Contra-argumentei: - Todos copiam a todos. E segui com a digressão: Vinícius copiava Rimbaud; Drummond, Baudelaire. No começo do século passado todo romancista brasileiro queria ser Machado. Todos copiam. Tudo se é copiado, e desde sempre. Acontece que, antigamente, copiava-se os bons. Hoje se copia qualquer um. O poeta mais copiado da atualidade é o Paulo Leminski, Série C da poesia. Copiam até o comediante Gregório Duviviver, que não bate essa bola nem no varzeano. Se eu copio, concluí, pelo menos copio o melhor.
Assim como o Palmeiras, que ao invés das meias verdes, pôs as meias brancas, como que num pressentimento. Sabiam que o gol do alívio sairia dos pés que calçassem meias brancas. Copiando Paulo Coelho para provar que toda regra tem sua exceção: Maktub. E gol de Thiago Ribeiro. Gol no Parque Antártica. Comemora o mar verde em todos os cantos do Brasil. Nunca a torcida santista foi tão grande. Nunca a torcida palmeirense torceu para um time tão grande. Não restam dívidas, estamos quites, palestrinos.
Lembrei-me de Grafite, aquele centroavante que Dunga levou para a Copa de 2010 e que ficou marcado na formidável história do futebol brasileiro quando seus gols salvaram o Corinthians do rebaixamento no Paulistão de 2004. É verdade que o empate no Barradão também mantinha o Palmeiras na elite. O Gol - que heresia irei dizer - foi um detalhe. O grande lance foi os boleiros do Santos terem entrado para jogar, pois poderiam muito bem terem ido em clima de carnaval e aproveitado para ficar por Salvador mesmo.
Mas não tem jeito. O futebol é o esporte predileto do planeta terra, e de todos os outros planetas e seres que lá vivem. Se não fosse o gol do atacante santista ou a ponta dos dedos do goleiro Aranha, algum sopro divino no momento oportuno salvaria o Verdão. Não era a hora. Não novamente. É certo que o Palmeiras está no calvário de sua história, mas todo grande clube já precisou pagar seus pecados.
Quem sabe não melhora se, ano que vem, além das meias e calções, ponham também a camiseta branca? Não há combinação mais nobre na história do futebol. Mas, por gentileza, não deixem para a última rodada. Apesar de caridoso, às vezes o Santos joga de verde.