Fúria
A FÚRIA DO AMOR
A FÚRIA DO AMOR – 13/01/2018
Ah, o amor...
O amor não se porta inconvenientemente... não expõe ninguém ao constrangimento, nem fere seus escrúpulos.
O amor não busca os seus próprios interesses... não impõe sua agenda particular em detrimento do bem comum.
O amor não se irrita... não perde a compostura.
O amor não suspeita mal... ainda que tudo indique haver culpa no cartório.
O amor jamais diz "bem feito!", pois não se alegra com a injustiça, mas com a verdade, mesmo que esta nos desaponte.
O amor tudo sofre... até a maior decepção.
O amor tudo crê... mesmo quando há tantas dúvidas e perguntas sem resposta.
O amor tudo espera... ainda que o tempo pareça esgotar-se.
O amor tudo suporta, tudo releva, tudo perdoa... inclusive a mais dura e cruel verdade.
O amor jamais se acaba...
Ele pode mudar de estado assim como a água, esfriando até congelar, ou aquecendo até evaporar, mas jamais deixa de existir. Ele pode até fluir discretamente sob o solo, infiltrando-se pelas paredes ou jorrar com força feito um chafariz; ele pode açoitar as rochas feito ondas ou gotejar serenamente como uma garoa, mas jamais deixa de fluir. Como um rio, ele contorna obstáculos e segue até desaguar no mar, seu destino. Não ouse represa-lo, pois com o tempo, sua fúria irrompe os diques, inundando tudo à sua volta sem nem mesmo respeitar os limites do seu próprio leito.
Será que a fúria dos poetas é a violência da delicadeza?
Ou a verdade dos carentes da leitura excessiva?
E em meus momentos de fúria
Não havia ninguém lá
Apenas o desespero
A melancolia gritava em minha mente
A tristeza me mantinha vivo
Os dias eram longos
E nesses momentos, eu era honesto comigo mesmo
Não havia felicidade
Não havia controle sobre nada
O que há é a tristeza sempre presente
E ela se esconde dentro de cada pessoa
Queremos ignorá-la
Mas ela é o bicho papão de cada um, a personificação do medo
A evitamos a qualquer custo
Mas é apenas nela que somos racionais
Que vemos o mundo como realmente é
Na escuridão, nós somos nós mesmos.
Vi o sol se esconder, vi a lua pairar sobre esse planeta tenebroso, vi a lua brilhar em minha fúria a se revelar, a fera incontrolável que habita dentro d'mim, uma ira incurável de ódio e fúria, o caos é meu alento.
Tem bunkers que são verdadeiras mansões. A hora que a fúria despertar.... Todos descobrirão que foram auto-enganados.
A fúria tenta embriagar-me
Tomo um gole de sabedoria
Misturada com a vontade
De ser forte
conquistar
De ser superior
Dessa forma, meu empoderamento
Terá doses de ética
dias de fúria...
antro de notações
desfrute do teu amor,
sensações que doem,
tudo tão pesado...
lagrimas de raiva.
Não se engane, forte não é o rochedo impassivel diante da fúria das ondas, e sim o oceano que aproveitando-se dessa impassividade acaba por transformá-lo em cascalhos...
odair flores
Sua liberdade é preciosa, um pássaro engaiolado deixa um céu inteiro em fúria.
Um ser humano enjaulado em sua própria
prisão emocional, esta arriscando sua própria saúde mental...
SOMBRAS DO AMANHÃ
Em dia de fúria,
Desgosto e tempestade
Há tanto medo e trevas
Em todo pensamento
Sobre o amanhã...
Nem Kafka me socorre
Nem Pessoa,
Que Dante
Socorria.
Nem Castro Aves
Com o peso da
Cruz de Sousa
Sobre o lombo dos homens.
Pobre Zaratustra
Ventríloquo de Deus
Na língua do diabo
Palhaço de Goethe
Verlaine e Rimbaud.
Nada me socorre
Nem poesia nem vinho
Nem fumo ou absinto
Nem Maiakovski
Neruda
Ou Baudelaire.
Meu corpo é como um mar em fúria, lá no fundo, calmo que se faz em águas cristalinas, quando amo torno-me uma tormenta que não quer sessar, posso criar movimentos internos e externos distintos entre si, liberto sentimentos profundos que nem eu sei explicar, só sei que nessa tormenta vivo na plena calmaria a espera da cumplicidade do tempo!
FÚRIA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Às vezes, por mais que tentemos não deixar, o pior de nós se afigura com a força brutal da fraqueza que nos faz esquecer o mundo à volta. Quando isso acontece, quebramos toda frágil certeza do que buscamos. Ferimos a nós próprios, pela ciência do quanto estamos aquém do nosso ideal. De quem achamos que somos ou tentamos ser... do nosso eterno sonho de paz interior, pela conquista do equilíbrio.
Sentimos um peso inexplicável. Um cansaço desmedido. Queremos, mas não há como escapar da consciência. Ficamos presos, e cada passo é pro nada. Pro vazio que habita em nós. Nesse ponto, só nos resta esconder... ou pelo menos tentar, por mais um tempo, engambelar esse bicho acuado, por isso mesmo feroz, que mora nesse vazio. Nessa falha de humanidade que desde sempre conheço, pois a tenho.
Amar é saber lidar; o doce, o amargar, a calma da briza, a fúria do mar; O medo da agonia, a paz de alegrar. Um dia Eu chego lá...
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