Fúria
A fúria dos ventos...
Deixa-me envolver
no murmurar musical das ondas do mar...
e nelas num bailar de melodias
entre seus gemidos abandonar-me
a fúria dos ventos que me arrebatam de ti
fúria sedenta
palavra que se quer
terra
água
fogo
e ar
mulher – amante
mãe que gera no seu ventre
um grito novo
por gritar
in "Meditações sobre a palavra" (um tributo a Ramos Rosa, o poeta do presente absoluto), editora Temas Originais, do poeta
A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira.
Não sou louca! Só um pouco esquizofrênica e com tendência a ataques de fúria quando contrariada, entendeu?
Baixemos as armas
do ódio
da fúria
da ira
da inveja
da ganância
da maldade
da inverdade
do rancor ...
O único sentimento
que inda pode
nos
levar ao paraíso ...
É o Amor !
O som as vezes me escapa com notas de dor e fúria, com tons doentes de ódio eu ja ecoei a vida com harmonia em sua notas hoje porem tenho esse som desagradável de revolta e solidão
Quem eu sou?
Sou mais do que
Os olhos podem ver:
Sou acerto;
Mas também, erro.
Sou fúria;
Mas também, calmaria.
Sou sussurro;
Mas também, algazarra.
Sou coragem;
Mas também, covardia.
Sou paixão;
Mas também, desapego.
Sou brisa leve;
Mas também, ventania.
Sou complexo;
Mas também, simplicidade.
Sou timidez;
Mas também, confiança.
Sou angústia;
Mas também, consolo.
Sou felicidade;
Mas também, sofrimento.
Sou paciência;
Mas também, agonia.
Sou de tudo um pouco
E de tudo quase nada.
Nem quadrado
Nem redondo
Apenas eu
Nada mais.
Bom dia anjo de amor e luz!
(22/12/2017)
A fúria se agita em mim
Quisera poder mudar o mundo,
calar o mal e elevar o bem,
Dar de natal o que os pequenos pedem nas cartinhas
e seus doces olhinhos não mentem jamais.
Se há algo puro e que como fonte de vida e amor
jorra sem parar, é a pureza do nascer!
O existir é o espetáculo da natureza!
Mesmo o vulcão em sua extrema soberania quando ressurge desfia sua beleza e espetáculo sem igual, do qual ninguém ousa desafiar ou negar.
Dura o tempo que lhe convém, para depois exausto se dobrar e voltar a hibernar
"O embalo de corações, o espetáculo do existir, a inocência do pequeno, o germinar da nova flor, o novo dia...
nada mais é, do que o Criador, lançando pétalas de rosa no seu amanhecer!"
Nós falamos de amor quando o coração tem amor pra falar. Mas quando tudo o que se tem é fúria, angústia, amargura e decepção, a gente não fala de amor. Fala o que tem pra falar.
A FÚRIA DO AMOR
A FÚRIA DO AMOR – 13/01/2018
Ah, o amor...
O amor não se porta inconvenientemente... não expõe ninguém ao constrangimento, nem fere seus escrúpulos.
O amor não busca os seus próprios interesses... não impõe sua agenda particular em detrimento do bem comum.
O amor não se irrita... não perde a compostura.
O amor não suspeita mal... ainda que tudo indique haver culpa no cartório.
O amor jamais diz "bem feito!", pois não se alegra com a injustiça, mas com a verdade, mesmo que esta nos desaponte.
O amor tudo sofre... até a maior decepção.
O amor tudo crê... mesmo quando há tantas dúvidas e perguntas sem resposta.
O amor tudo espera... ainda que o tempo pareça esgotar-se.
O amor tudo suporta, tudo releva, tudo perdoa... inclusive a mais dura e cruel verdade.
O amor jamais se acaba...
Ele pode mudar de estado assim como a água, esfriando até congelar, ou aquecendo até evaporar, mas jamais deixa de existir. Ele pode até fluir discretamente sob o solo, infiltrando-se pelas paredes ou jorrar com força feito um chafariz; ele pode açoitar as rochas feito ondas ou gotejar serenamente como uma garoa, mas jamais deixa de fluir. Como um rio, ele contorna obstáculos e segue até desaguar no mar, seu destino. Não ouse represa-lo, pois com o tempo, sua fúria irrompe os diques, inundando tudo à sua volta sem nem mesmo respeitar os limites do seu próprio leito.
Será que a fúria dos poetas é a violência da delicadeza?
Ou a verdade dos carentes da leitura excessiva?
Dominar a fúria de um amor em um coração apaixonado
É mais difícil do que dominar a raiva de uma consciência;
Em deixar passar a tempestade
consiste a sabedoria dos que sabem
que a fúria de todos os mares
se abranda pela manhã.
Cika Parolin
"Um beijo
Um carinho retribuído
Dois corpos em fúria
Se chocam
Provocando um turbilhão de fagulhas
Um só coração."