Funk
Menino, MC, mandando no estilo
Mais o que importa é a escola
E também importa o ostentar
Mais o que lhe importa
Nois pode importar
Compra mos 3Vicco nois vamos brindar
Porque Nois têm dinheiro e queremos gastar
Mais que nos cola é as meninas
A evolução sempre impressionou os olhos mais sagazes, assunto que tem em sua essência a mudança: é a capacidade do ser vivo de ser modificado pelo meio ambiente sofrendo alterações em sua estrutura. Por outro lado, em análise sociocultural, e abstendo de observações minuciosas físicas e psíquicas que envolve o evolucionismo, é difícil ver o funk contemporâneo brasileiro como um avanço, tais letras são capazes de fazer um cérebro sadio ser um cérebro homicida.
Loucura!
Tem vergonha de dizer que ama Jesus, mas não tem de andar de Saveiro arrastando e som alto falando de pinga,sexo e bailão
Nada justifica uma vida de exageros. A ostentação muitas vezes demonstrada em vertentes musicais como o próprio Funk, demonstra a fragilidade da vida humana. Pessoas que muitas vezes tem como única perspectiva de vida dor e sofrimento, criam um mundo de expectativa e muitas vezes de ilusão para fugir de sua realidade. Ver pessoas que até certo ponto conseguiram alcançar suas expectativas nos faz pensar que os sonhos são possíveis e muitas vezes alcançáveis. O porém da história fica por conta daqueles que se esquecem das origens. Pois o futuro por mais incerto que seja segue para um único destino: "Debaixo da terra, somos todos a mesma coisa", ostentados em vida ou não.
É, é que o povo se estressou
Porque a gente se juntou
Apenas se juntou, né, bebê?
Mas me perdoa, meu amor
Porque isso apenas começou
Eu já falei para você não se apaixonar
Eu não sou flor que se cheire, posso te fazer pirar
Avisei para você que não sou a Chapeuzinho
Dessa pequena história, tu só sabe um trechinho
Ai, se soubesse como eu quero te levar pra casa
Parava de ser mó lixo, esquentava o clima
Ô, menino, deixa de ser bobo
Que o que tu quer comigo, há
Eu quero em dobro
Que confusão...
Não implica com o meu cabelo.
Porque hoje eu não estou boa não.
Faz o que quér de mim...
Depois diz que foi sempre assim...
Bota um cílios, da um retoque na maquiagem...
Uma sombra discreta e um brilho labial...
Estou pronta, querido e espero sinceramente, que o meu vestido de gala, combine com a ocasião...
Que confusão...
Yeahhhhhhhh
Que confusão...
Uuuuhuuuuuu...
Que confusão...
Yeahhhhhhhh...
Combatemos a pornografia enquanto mastigamos ou celebramos, desavisados, como se reféns de um acordo tácito, a pornofonia em palavras e canções.
Conclusão de um comentário que eu recebi, referente a 9 jovens, que morreram numa ação militar, no baile funk, em São Paulo:
Se você é negro (mesmo que você se considere branco, tem sangue de negro correndo nas veias e é pobre), morador da favela: - não saia de casa, pois você corre o risco de passar pelo lugar errado, na hora errada e acabar sendo assassinado pela polícia (polícia pobre, negra, e até morador da favela, subordinada pelo sistema para obedecer as ordens que vem de cima para baixo).
Acha mesmo que se eles tivessem opção de moradia e lazer iriam fazer uma festa numa rua na favela?
A necessidade do jovem de interação e relacionamento falaram mais alto que o bom senso dos que estão de fora e vem aquilo como perigoso. Mas se eles tivessem opção de lazer e diversão a historia seria diferente!
Esses que morreram pisoteados são sim vítimas da sociedade. Não eram bandidos. Não saíram a noite para roubar e sim se divertir e paquerar. Como pobre vc sabe muito bem o quão escassas são nossas alternativas de diversão. Sem lugar melhor para ir foram para um baile funk na favela e lá morreram como animais pisoteados por uma massa desesperada e em fuga.
O texto passou de 3 linhas. Leia mesmo assim. Questões complexas não podem ser debatidas com um simples meme.