Fundo
Eu queria achar uma palavra pra descrever esses olhos. Esses olhos castanhos que me olham tão fundo que talvez consigam enxergar meu coração.
Talvez eles consigam enxergar os machucados e as feridas dele.
Talvez eles consigam enxergar como ele fica quando é invadido pelo sorriso mais lindo do mundo.
Talvez eles saibam que ele só bate mais forte com a presença desses olhos e desse sorriso.
Quando eu olho esses olhos, por mais fundo que eu olhe, eu não consigo entender nada, simplesmente pq esses olhos me desconcentram, me deixam fora de mim.
Já não existem mais problemas quando esses olhos invadem meu coração. Eu flutuo, viajo pra longe, e meu sorriso entrega tudo isso.
Eu nego, nego pra mim mesma, nego pra todo mundo. Mas eu sei, e todo mundo sabe.. Meu sorriso não é o mesmo quando eu vejo você. Meus olhos não são os mesmos quando vejo você.
Tudo muda.. O sorriso fica largo, fica bobo. Os olhos brilham, brilham como os olhos de uma criança quando ganha o presente que tanto queria. Os pés flutuam, já não estão mais no chão. E a mente viaja... Viaja pra bem longe.
Não devemos guardar as pessoas no fundo do nosso coração.
No fundo costumam ficar as coisas esquecidas, mas nós devemos guardar na frente, porque na frente estão as coisas que sempre queremos lembrar.
Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza.
É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra.
(Limite Branco)
Ele vai te ligar para dizer boa noite só porque ele sente sua falta. Ele vai olhar no fundo de seus olhos e dizer: ‘’Você é a garota mais bonita do mundo.’’ E pela primeira vez em sua vida, você vai acreditar.
Tenho morrido muitas vezes. Depois, respiro fundo, lavo o rosto, sigo em frente.
Não é fácil morrer, difícil é renascer, fingir-se de sol, cegar a lua, beber o mar.
Detestável seria ter a covardia dos que me mataram.
Eu sigo renascendo, eles seguem covardes.
Talvez eu saiba, em algum lugar no fundo da alma, que o amor nunca dura. E temos que arranjar outros meios de seguir em frente sozinhos.
O mundo que eu criei, não é o mundo que me criaram, enfim, e, porquanto eu sei, no fundo, nunca saberei de mim, mas eu sei quem eu sou.
Você já olhou para uma foto sua e viu um estranho no fundo? Te faz perguntar, quantos estranhos tem uma foto sua? Quantos momentos da vida dos outros nós fizemos parte? Ou se fomos parte da vida de alguém quando os sonhos dessa pessoa se tornaram realidade? Ou se estivemos lá, quando os sonhos delas morreram. Nós continuamos a tentar nos aproximar? Como se fossemos destinados a estar lá. Ou o tiro nos pegou de surpresa. Pense… podemos ser uma grande parte da vida de alguém… e nem saber.
Doçura é a maestria dos sentidos. Olhos que vêem no fundo das coisas, ouvidos que escutam o coração das coisas, lábios que falam apenas a essência das coisas. Doçura é o resultado de uma longa jornada interior ao âmago da vida e a habilidade de lá permanecer e observar. A doçura procura pelo bem nas coisas, pois no seu coração reside a convicção de que o bem existe em algum lugar em tudo, é só ter paciência para descobri-lo.