Fundo
Todo mundo é idêntico na sua tácita crença secreta de que bem lá no fundo é diferente de todo mundo.
Quanto mais fundo a tristeza adentra em seu ser, mais alegria poderá conter.
Todos os dias
Escolho seguir em frente
Os pensamentos me traem
Trazendo memórias às quais peço esquecer
Olho o futuro como um quadro branco
Mas não entendo por que ainda recordar o que passou
Vidas bagunçadas, trocadas
Mágoas que ainda existem aqui, na memória
E tudo continua como um grande ponto de interrogação.
O lado bom do fundo do poço está em que a única opção é olhar para cima de onde vem o socorro e encontra-se a saída.
Você voltou, voltou a ter um olhar sombrio.
Você voltou, voltou para o passado que tanto te feriu.
Você desistiu da luz e abraçou a escuridão.
Preferiu voltar para o fundo do poço, do que pegar na minha mão.
Você voltou,voltou ser a mesma.
o tempo trás suas farpas
tudo muito transcendente
das coisas que dominam
tantos momentos passados,
defloram os sentimentos da escuridão.
Sem Noção
Perdido, sem noção
Estado de alarmação
cheio de intenção
de infracionar
É essa solidão
-foda,tá puxado irmao-
penso no que fazer
não tem pr'onde correr
sentado nesse chão
parado, sendo julgado
-vagabundo, tu é um fraco-
mulato, negão...
forma de associação
pensar,agir
agir,pensar
por enquanto to só conjugando
vou deixar rolar
encontrar solução
nunca fui muito bem em matemática não
é só problema de montão
Oh meu Deus,
to na fossa
Alcança minhas mãos?
No fundo
Bem no fundo
O silencio sussurra que passará
Irei me encontrar.
FIES: FABRICANDO INDIVIDUOS ENDIVIDADOS SOCIALMENTE
Quem aí não teve o sonho de entrar na faculdade, e só depois de formado começar a se preocupar com as dívidas dos estudos?
Pois bem, muitos brasileiros tiveram esse sonho, mas somente alguns conseguiram realiza-lo, tudo por causa de mudanças de normas que afetaram todo o sistema do Fundo de Investimento Estudantil Superior, não deixando assim, os usuários desse sistema finalizarem sua inscrição, e o pior de tudo é que muitos já estão no final do primeiro semestre e nem sabem se vai ou não sair seu cadastro.
Acho que a pior parte é que o estudante tem que pagar a primeira matricula da faculdade e depois aguardar a liberação do financiamento, mas, até sair esse financiamento, esses estudantes foram acumulando dívidas com os órgãos estudantis.
A notícia que sempre ouvimos é dê que o Brasil está cheio de pessoas com o nome no SPC, e os que nunca tiveram seu nome lá, infelizmente terão por causa do FIES que não libera o estudante, e ainda deixa ele com o nome retido até pagar a dívida gerada na faculdade que ele escolheu para estudar sem ônus até o período de formação, porém, não é essa a realidade, muitos que ainda estão tentando fazer o cadastro sempre encontram barreiras como: limite de financiamento, cota e notas não compatível com o MEC.
E enquanto nada se resolve para os que sonham com uma formação superior, nossos políticos estão aumentando absurdamente seus salários deixando a educação e os professores na mão.
Aos novos estudantes que farão parte do FIES sejam bem-vindos ao fabricante de indivíduos endividados socialmente.
Autor: Elvis da Silva Salgueiro
Elvis poeta de rua.
Perder é recomeçar...
Antes que desperte em mim algum grito...
Antes que se perca o sentido...
Diante o desconhecido...
Não me disseram para o que vim ainda...
Em um excesso de desejar sonhar, sonho...
Mas não sei trocar a minha sorte...
Antes da morte me beijar...
Hei de gritar...
Hei de cair e de chorar...
Também levantar...
Hei de amar, querer , desejar...
Não quero ter outra lei...
Além de sonhar...
Terrível solidão do mundo...
Onde pensam serem felizes por estarem acompanhados...
Onde colocam suas esperanças...
Em outro tão mais ou menos coitado...
Transcende a vida...
Entre as feridas...
Entre sopros...
Enganando-nos ...
Entre sorrisos e arrotos...
Enquanto nos abandonamos...
Enquanto no peito pulsa e canta a chama...
No silêncio mais fundo de nossa alma...
Sobre tudo por nós criado...
De si mesmo...
Contemplador e contemplado...
Enquanto escoa o tempo e o vento...
Até se completar o fado...
Perder e recomeçar...
Sempre...
Voltando, novamente...
A sonhar...
Sandro Paschoal Nogueira
Um peso morto
O frio da madrugada gela meu corpo.
Inerte estou à beira do mar...
Minha mente a divagar...
Como um barquinho perdido no mar.
Abandonada emocionalmente
Tento colocar minhas coisas no lugar...
No meio de tanta bagunça louca... tenho a impressão de que vou ficar...
Do mar vem o conforto
Entro devagar... o corpo mais frio começa a ficar...
Boio nas águas salgadas...
Deixo as ondas me levar...
A boiar... a boiar...
O sol nasce no horizonte.
O calor de volta traz.
Volto pra areia silenciosamente...
Minha dor no fundo do mar...
Novo dia.
Esperança.
Alegrias?
Deixará meu caminho de ser torto?
Deixarei eu de ser pro mundo um peso morto?