Fundo
Em momentos que choro pelas magoas que deixou...
a água está muito gelado igual as tua palavras,
tentei lembrar de bons momentos...
nossas duvidas traidoras que afetam nossos corações...
são soma de nossas perdições no entanto amamos...
sem tradições ou questões apenas traições...
de sentimentos puro murmuro,tanto valores...
centrado no cálice do destino, doce vaidade,
privilegiativos, dadivas sendo algo dado a poucos...
belo sentido passado digno em tantas questões...
tenha lhe faltado compaixão... diga lhe amor,
mesmo calado no silencio da tua morte...
que vale teu coração... de tantas formas de amar
buscou se calar... me afogar em solidão ...
bem ferir do gosto cálida por assim ser...
me diga de tanto nunca me respondeu!
apenas mar morto sem vida num apogeu...
entanto sinto que voo ou apenas passou...
me pergunto se amou deixou de amar...
se feriu ainda feri se deferi a angustia ...
que se atrai benéfica o direito de amar.
Perder é recomeçar...
Antes que desperte em mim algum grito...
Antes que se perca o sentido...
Diante o desconhecido...
Não me disseram para o que vim ainda...
Em um excesso de desejar sonhar, sonho...
Mas não sei trocar a minha sorte...
Antes da morte me beijar...
Hei de gritar...
Hei de cair e de chorar...
Também levantar...
Hei de amar, querer , desejar...
Não quero ter outra lei...
Além de sonhar...
Terrível solidão do mundo...
Onde pensam serem felizes por estarem acompanhados...
Onde colocam suas esperanças...
Em outro tão mais ou menos coitado...
Transcende a vida...
Entre as feridas...
Entre sopros...
Enganando-nos ...
Entre sorrisos e arrotos...
Enquanto nos abandonamos...
Enquanto no peito pulsa e canta a chama...
No silêncio mais fundo de nossa alma...
Sobre tudo por nós criado...
De si mesmo...
Contemplador e contemplado...
Enquanto escoa o tempo e o vento...
Até se completar o fado...
Perder e recomeçar...
Sempre...
Voltando, novamente...
A sonhar...
Sandro Paschoal Nogueira
Felizes dos cômicos e trágicos que percebem que a nossa vida se movimenta num eterno alternar de figura e fundo diante da quarta parede.
FIES: FABRICANDO INDIVIDUOS ENDIVIDADOS SOCIALMENTE
Quem aí não teve o sonho de entrar na faculdade, e só depois de formado começar a se preocupar com as dívidas dos estudos?
Pois bem, muitos brasileiros tiveram esse sonho, mas somente alguns conseguiram realiza-lo, tudo por causa de mudanças de normas que afetaram todo o sistema do Fundo de Investimento Estudantil Superior, não deixando assim, os usuários desse sistema finalizarem sua inscrição, e o pior de tudo é que muitos já estão no final do primeiro semestre e nem sabem se vai ou não sair seu cadastro.
Acho que a pior parte é que o estudante tem que pagar a primeira matricula da faculdade e depois aguardar a liberação do financiamento, mas, até sair esse financiamento, esses estudantes foram acumulando dívidas com os órgãos estudantis.
A notícia que sempre ouvimos é dê que o Brasil está cheio de pessoas com o nome no SPC, e os que nunca tiveram seu nome lá, infelizmente terão por causa do FIES que não libera o estudante, e ainda deixa ele com o nome retido até pagar a dívida gerada na faculdade que ele escolheu para estudar sem ônus até o período de formação, porém, não é essa a realidade, muitos que ainda estão tentando fazer o cadastro sempre encontram barreiras como: limite de financiamento, cota e notas não compatível com o MEC.
E enquanto nada se resolve para os que sonham com uma formação superior, nossos políticos estão aumentando absurdamente seus salários deixando a educação e os professores na mão.
Aos novos estudantes que farão parte do FIES sejam bem-vindos ao fabricante de indivíduos endividados socialmente.
Autor: Elvis da Silva Salgueiro
Elvis poeta de rua.
Na imaginação de alguns eu estou no fundo do poço, prestes a me afogar, falam mal de mim pelas beiradas, mas ninguém joga a corda.
Fundo do Poço - posSO Ser f u n d o
Me jogaram aqui a muitos anos,
Acabaram com minha vontade de lutar.
Me calaram e acabou-se os planos,
Nem forças eu tenho pra revidar.
O mundo toda noite é meu sufoco,
Com pensamentos tortos me afundo.
E no fundo do poço já dou socos,
Se não saio por cima rasgo o meio do mundo.
Abaixo os amigos são minha lama
Que se grudam a mim como cola.
É cada ideia que se descola,
E eu colo um novo meio de drama.
Passo a mão na parede e tento escalar,
E está lá não me faz ver o topo.
Daqui o aperto é claustrofóbico,
E pra me livrar, tudo eu já topo.
Momentos são apenas momentaneamente,
E de repente a família é minha escada.
Essa é a armadilha mais bem armada,
Que tira o suicida da minha mente.
Mais um passo pra cima e fico
Mais perto de segurar a base com as mãos.
Sei que é difícil sair vivo,
Mas não é o labirinto
Que para o general em sua ação.
São seus esforços que te faz
Ficar voraz; ser e dar o seu melhor.
Seguro firme e não deixo que lá jaz.
Naquela noite não levarei a pior.
Estou me erguendo para me sustentar.
Vejo o quanto eu na vida já escalei.
E com um tropeço a mim empurrar;
Não vou parar, vou lutar,
Pois tudo de novo eu subirei.
você se torna totalmente resiliente após passar tempo o suficiente no fundo do poço para acha-lo confortável, depois disso, tudo é simplesmente "moleza"
deitei na cama, numa kitnet vazia
só queria chorar
mas não conseguia
acho que me esforcei tanto pra ser forte
durão
que meu subconsciente não me permitiu chorar
porquê pra mim seria uma derrota derramar lágrimas...
Todo mundo é idêntico na sua tácita crença secreta de que bem lá no fundo é diferente de todo mundo.
Mateando ao pé do borralho, conto causos e anedotas.
E o fogo véio campeiro me aquenta o bico da bota.
E pra cantar ao Brasil inteiro venho do fundo da grota.
As ruas vazias e o ar morbido...
fazem solidão paira sob o a liberdade...
o amor e afeto e se retrucam na voz do medo...
o ambiente sombrio denota o verbo.
a dor do vazio torna se mais obscuro,
na transição do amor paira a paz da solidao.
murmuro uma música que afringe o sentimento na crua estrada da vida.