Fundo
Astronauta no fundo do oceano
Não é que o meu amor próprio esteja em falta
É que simplesmente o meu desejo de gritar é mais forte
Você me tira o ar e me enche os pulmões
Eu queria estar com você mesmo que isso roube o meu sossego
A minha adrenalina é a nossa paixão
Eu sinto sua falta tanto quanto você sente a minha
E a tua presença é minha anestesia dessa vida de merda
Termos médicos para relatar o que eu sinto
E é tão sádico o que eu penso
Tão profundo o que eu quero
E tão distante o que eu posso
Você está presente sem ser fisicamente
Os céus são infinitos assim como teu olhar
Você tem um universo de possibilidades mas o mundo te toma o alcance
Se eu pudesse ser tua salvadora
Eu trocaria minha vida para que tu alcances tuas possibilidades
Que você pudesse ser o que sonhou ser
Brilhasse, onde nasceu para brilhar
E o meu desejo mais íntimo de não existir se afunda-se ao te amar
Que eu pudesse morrer ao viver contigo
Que eu pudesse te amar ao infinito
E que isso acabasse
Eu estou me perdendo
Me afundando num mar de solidão
O escuro dessa imensidão que não me deixa respirar, mas não me faz morrer
Eu não vejo nada
Tenho medo do que possa encontrar
Mas mesmo assim
Eu não sei se estou afundando ou mergulhando
Você está na superfície e eu
Sou uma astronauta no fundo do oceano
Quando as pessoas imaginam que a Felicidade cai do céu, no fundo, acreditam que vão sentir sensações positivas sem que precisem fazer nenhum esforço.
"[...] Eu era um elo perdido até ser encontrado na fenda de uma
irredutível rocha no fundo do oceano [...]."
No fundo da alma, quando tudo aperta,
A dor não é física, é uma dor esperta.
Não é um machucado que se vê por fora,
É algo dentro, uma ferida que devora.
É tipo um nó na garganta, um peso no peito,
Quando tudo dói, não tem jeito.
Não é só um arranhão na pele,
É um aperto fundo, algo que se revela.
Não é uma pancada que deixa marca,
É um aperto, uma dor que embarca.
Não dá pra mostrar com um curativo,
É uma dor que fica, um pouco mais corrosivo.
Então, quando tudo dói, não é só físico,
É algo que vai além, é um lance mais crítico.
É um grito silencioso, um peso na mente,
Quando tudo dói, a dor é diferente.
'ENFIM ACABOU'
Você se foi, eu te amava demais,
A saudade apertava o peito,
No fundo, eu sabia que não havia mais jeito;
e hoje não te quero mais !
Você foi embora , foi bom , fez certo.
Agora não te quero por perto.
Mas enfim a saudade acabou
O sentimento esfriou
e a vida, feliz, sigo em frente.
Você nunca foi humano.
Ardiloso,Iscariotes , enganador .
Não se esqueça dos outros à quem feriu ,
e dos outros que abandonou .
Não conhece o que é amor.
Lembre-se da Lei do retorno,
lembre-se da colheita da vida
Infiel e traiçoeiro, como fel é seu sabor
Na vida só conhece
ferramentas "destrutiva
Você não sabe o que é amar,
Nem mesmo a si nunca amou
minha sombra você quase apagou
Me abandonou no momento de dor
Mas Deus chegou, me acolheu;
Me envolveu com seu amor,
Me aquecendo do gelado frio da vida,
O qual você me deixou .
Hoje seguindo a vida,com júbilo, contente
Amando e sendo amada
Por alguém que ama e demostra verdade
Incondicionalmente !
Maria Francisca Leite
Em muitas coisas os poetas vêem mais fundo do que reformadores, os psicólogos e os construtores de sistema: e esta — a causa do por que o Mundo chora — é uma delas.Habituados a se moverem em países misteriosos, obscuros, submarinos, os poetas verdadeiramente poetas guardam o passo leve, o gesto fino, o discernimento delicado, e assim evitam aqueles deslizes e as quedas feias e tristes (...). A poesia, pode-se dizer que é um tato espiritual para coisas transcendentes, vistas às vezes nas coisas mais triviais, que todo o mundo vê, vendo-lhe somente a trivialidade. Não admira muito, por isso, que estejam em Camões as mais finas intuições que escaparam entre os dedos grosseiros.
Dói tanto que me sinto sufocada, eu me sinto vagando num poço. Em um poço pois um poço é fundo, e, assim, eu conseguiria desenvolver tudo com bastante calma e tempo. Me sinto vagando nesse poço de forma que me abraço internamente, tentando confortar minha cabeça, ao mesmo tempo que ela por si só têm autonomia para se sabotar. E tudo passa, as pessoas mudam, o tempo passa, as pessoas se vão. Eu fico. Meu poço se mantém. Ele só pode chegar ao fim, quando eu chegar ao fim.
Por mais que neguem, lá no fundo as pessoas sabem que o único caminho capaz de levá-las à felicidade é o amor.
Ah quisera eu que as pedras não fossem mudas...
Que no fundo dos copos encontrasse as verdades...
Que as palavras fossem de fácil entendimento...
E que os amores não fossem desfeitos...
Quisera eu que meus pés descalços não fugissem...
Do tempo que a tudo destrói e forma fuligens...
Que as ilusões não se desfolhassem...
Que os sonhos não perdessem as virtudes...
E que amando só conhecessemos as verdades...
Às vezes uma dor nos desespera...
E a verdade nos engana...
Então o desalento clama...
E a vida queremos que encerre...
Então para que nunca nada se perca...
O desejo cultivamos mesmo amargo e rude...
E diante das auroras que se avizinham...
Para que o sonho viva de certezas...
Para que o tempo da paixão não mude...
Por bem vos quero...
E morro despedido...
Na esperança de um vão contentamento...
Em saber que nem tudo está perdido...
Sandro Paschoal Nogueira
Olho no espelho minha cara descarada
Olhos lá no fundo sem ter fé nesse mundo
Carcaça ja cansada de virar uma noitada
Tentando sacudir aquele pó la da estrada
Depressão é só pressão
Sentimento sai d dentro
Falsidade é só vaidade
Preocupação vem d irmão
Satisfação do coração
Existência é excelência
Perfeição é ilusão
Rimas bobas sem pretexto
Se juntar td vira um texto
No calor do dia o ar pesado e seco...
O sertão parece pegar fogo...
Imagens ao fundo da ar de água...
O calor sufoca as nuvens dão um contraste bem ao longe...
O vento soprar um sotaque...
Alma brasileira é guerreira...
Num discurso ao longe margarida se despede do tempo que escolhi uma gota de orvalho...
Nas entranhas da saudade, o coração geme em agonia,
Ecos de uma separação que cravam fundo, como espinhos na via.
O homem, marcado pela sombra da ausência querida,
Ama na distância, sofre na carência da alma ferida.
Em cada pedaço da noite, murmúrios do passado ressoam,
A mulher que partiu deixou um vazio que seus sonhos devoram.
Ainda o amor persiste, como um farol em noite escura,
Guiando a esperança, enquanto a dor perdura.
Cada toque, cada beijo, permanecem tatuados na pele,
Como promessas que o tempo não consegue apagar, nem cancelar.
Enquanto o homem sonha, acordado, com reencontros possíveis,
O coração se recusa a desistir, alimentando esperanças incríveis.
No ballet da vida, outras bailarinas tentam sua dança,
Mas ele, na teimosia do amor, recusa a oferta, recusa a mudança.
Pois a mulher que ama, mesmo distante, é seu farol,
E qualquer sombra de felicidade parece pálida, sem calor.
Recusa-se a aceitar o consolo de outros braços,
Pois neles não encontra a magia, nem os laços,
Que o uniam àquela que ainda é dona dos seus suspiros,
Mesmo que o tempo teima em ser o senhor dos retiros.
Oh, homem que ama com a chama da eternidade,
Ainda há esperança na alvorada da felicidade.
Que o destino, fiandeiro dos fios do coração,
Teça um reencontro com a mulher da tua canção.
Que a dor da separação seja um prelúdio,
Para um capítulo onde o amor é o núcleo.
E nos braços dela, encontre a paz merecida,
Na sinfonia da vida, uma harmonia restabelecida.
Pessoas que tentam ser melhores que as outras se tornam pessoas egocêntricas que no fundo não passam de frustrados e todos acham patético.
Um peixinho adoeceu, desceu para o fundo, debaixo de uma folha e ali esperou pela morte. A morte é um passo íntimo e solitário.(Walter Sasso)
No fundo da alma de qualquer povo dormem, ignoradas, forças infinitas. Quem as souber despertar, moverá montanhas.
"O peso da culpa"
No fundo do poço
Me encontro num relento
Onde almas vivem sozinhas
Em um longo periodo de tempo
Se o mundo transbordase
No desespero da ilusão
Sangrariamos os olhos
Em busca de compaixão
Vivendo uma vida angustiante
Lotada de opressão
Tornamos o horizonte
Um ponto sem informação
Onde o luto cobra a vida
Dando lições e sermão
Na busca por perfeição
Enaltecemos o ego
De almas feridas
Cobertas por furos de prego
Estes que pregam o vazio
Como uma martelada de dor
Numa moldura de um quadro
Velho e sem cor