Fundo
E ele me beijou algumas vezes, com direito de música de fundo. Mas eu não tava nem aí para a música que tocava ao fundo. Eu estava muito aí para ele. Para ser dele. Para tentar entender que eu não conseguia. E ele colocava sua mão em volta de mim e eu só queria saber os motivos para que ele gostasse de mim. E ele ria. E na verdade, eu ri também. Sem medo algum que ele fosse embora, porque eu sabia, não iria embora naquela hora. Poderia ir embora depois, ou meses depois, mas não naquele momento.
Você me olhou, olhou no fundo dos meus olhos e sorriu, me olhou como nunca tinha olhado, foi só isso, e me fez me sentir como nunca tinha me sentindo, como se nossos encontros fossem resumidos em um só olhar, posso ter me iludido, mas mesmo assim valeu a pena, valeu a pena te olhar mais uma vez, e ver a felicidade em meus olhos, antes de chorar por não te ter eternamente.
Meu barquinho naufragou no teu coração,
E eu me afoguei na tua paixão.
Lá no fundo do amor lhe encontrei,
Foi tão bom, melhor do que pensei.
Tocarei com o olhar o fundo da sua alma...regarei seus sonhos com os mais doces dos beijos molhados de felicidade...farei com que toda parte do seu corpo sinta saudade...e me procurará,procurará o meu olhar por toda cidade...
Versos foram amordaçados e jogados em um buraco sem fundo.
Tento tornar possível o mais difícil de mim todos os dias.
não tem sido fácil. Mas passei a acreditar no improvável!
Sendo assim me recuso a ficar parada.
Ainda assim é impossível não lembrar de tudo que houve.
De todas as juras não cumpridas, de todos os momentos unicos
de um amor que mesmo sem razão de ser, será pra sempre.
Não posso apagar o passado!
Nem tão pouco concertar o presente...
Menos ainda viver de "ontens" !
Então um café me acompanha durante a noite..
Na espera de um dia novo...
De um respirar melhor.
Do Poço: O fundo e a borda
O desafio não esta em sair do fundo do poço, apesar de todas as dificuldades, o caminho a ser seguido para a salvação é óbvio: Para o alto, sempre.
Ao se chegar a borda é onde começa o problema. Afinal, o homem que sai do poço – inexoravelmente – esta a beira do abismo.
Adiante o horizonte o encara como uma esfinge guardiã de uma infinidade de destinos possíveis. As suas costas, a queda.
Seguir, paralisar, voltar, norte, leste, oeste... O verdadeiro desafio se apresenta.