Fui
Não quero dar a impressão de que sou um grande musicólogo, mas sou muito melhor do que fui descrito durante muito tempo. As pessoas diziam que eu só sabia três acordes, quando na verdade sabia cinco.
Um dia desses fui num surungo de campanha, e tomei uns tragos da casa, e passei da conta, lá pelas tantas me doía os pés dentro das botas. Também uma vontade de mijar, pois homem não faz xixi mija mesmo. E me fui pra fora no escuro aliviei os pés e também a bexiga, e na volta vi um vulto de branco, era uma china fazendo xixi nos fundos do galpão. mas bah! quando cheguei perto dela me descuidei e ela se atrapalhou toda e dei uma botada nela.
Saudade mim...
Saudades de mim...
Do que vivi... Sonhei... Provei... Acreditei...
Do que fui... E do que não volta!
Não posso lamentar se me amaram demais...
Se me quiseram demais...
Se me desejaram demais....
E nem sei se foi demais....
Só sei q sim: estou acostumada com confetes, desejos, presentes, carinho e colo... E não ter, ou ter de forma diferente me deixa frustrada.
Não por ser errado, ou não ser verdadeiro, não é isso...
É que se sentir importante, desejada e amada me faz feliz... E fica uma lacuna pra quem sempre viveu assim e agora não o é...
Cadê minha resiliência???
Se bem que o tempo passa....
Na vida tudo passa... Tudo muda...
Ja não somos os mesmos... Metamorfoses ambulantes talvez...
Ja não temos as mesmas querencias dos 30...
O mesmo corpinho dos 20...
Nem a pureza da adolescência...
Mas que dá saudades do que já fui... Ah...
Isso dá!
Saudades de mim...
Não sinto saudade e nem arrependimento do muito que fui, também do muito que tive, pois me faltava um pouco de felicidade.
Amo o pouco que sou, e o pouco que tenho, por que sou muito feliz.
PRESO NO LIMBO
Longe de ser quem fui, agora sou somente um livre questionador de minhas próprias idéias, idéias inseridas, idéias criadas, idéias herdadas. Esperando que os relâmpagos que vejo no horizonte desta noite traga uma tempestade que leve minha condição de enxurrada, se é que ela virá.
Por enquanto, só me deixem, deixem-me questionar toda gama de aspectos que permeiam minha vida, mesmo sabendo que não haverá respostas. Será que a expressão "preso no limbo" ainda é suficiente para descrever meu estado mental, emocional e psicológico?
Amor platônico
Quando eu me pego pensando em você,
Vejo o quanto fui ingênuo sem perceber...
Mas, mesmo bobo eu lhe amei profundamente!
Ao não tê-la em meus braços na mocidade,
Muito sofri, mas hoje acho que foi primordial.
Para não sentir a saudade que penso ter!
Leviano sentimento que vivo sem explicação...
Aos trancos e barrancos navego em momentos de solidão por você.
Mas como pode se não sei o gosto dos seus beijos...
Nem o calor dos seus abraços...
A ternura existente em ti nunca me foi ofertada,
Nem o seu mau humor eu pude contemplar!
O rolar de suas lágrimas não presenciei...
Então, como pedir ao anjo para recolhê-las!
Enxergar a sua aura, nem pensar...
Nunca olhei nos seus olhos como deveria,
Você não deixou!
Nossas almas eram gêmeas para mim,
O que faria de nós dois, apenas um!
Hoje quando me lembram de ti, eu digo assim:
Não falem dessa mulher perto de mim...
Eu não disse adeus...
Sai, fui embora.
E ele não fez nada para deter-me...
Então entendi porque o mar joga as coisas na areia.
E jamais as reclama...
Porque não se importa..!
..
Não importa minha origem!
Da onde vim, e pra onde vou!
O que fui, e o que sou!
O que importa, é o amor!
Que tenho e levo no coração!
Por onde ando, e onde estou.
Reflexão diária 01/12/2016
Muitas coisas fui obtendo respostas com o tempo para cada vez mais manter minha qualidade de vida, uma delas é que questionava muito o que me era sugerido, e hoje entendo o porquê de tal regrinha. Quando não se cumpre o sugerido é o mesmo que saltar de um avião e esperar o limite máximo para abrir seu paraquedas, ou seja, corre um grande risco de se esborrachar no chão, sendo que há várias maneiras de seguir o sugerido, uma delas é não saltar de um avião.
Não sou
Boazinha coisa nenhuma.
Talvez
"EU" nunca fui.
Pois de boa
Nem mesmo o sobrenome
"EU" tenho.
Eu vou começar tudo de novo, fazer mais do que fiz, ser mais do que fui e ganhar muito mais do que ganhei.
Tenho tantos "poréns", tantas falhas...O que fiz não me fazia diferente. Nunca fui melhor ou pior que ninguém!
Se Deus me permitisse queria apenas um minuto com meu pai, só pra sentir o quanto fui feliz ao lado dele.
Bastava um olhar e sabia o quanto me amava e o quanto se orgulhava de mim.
Como eu queria um abraço, um beijo, um "eu te amo minha filha," "Hehehe você é muito inteligente."
Era assim... amor que não tem fim!
Lembra do rato dentro da coca cola? Fui desafiada a fazer uma campanha de retratação da empresa para seus consumidores...
Aí está...
- Caro cliente, foi mouse, muito mouse!
Eu fui a liberdade para alguns.
O segredo perfeito e o imperfeito.
A marca do in, prefixo de negação.
O refúgio do real.
O desejo da fuga.
A menina que se foi, pra algum lugar dentro de mim.
Aqui jaz o passado.
Cresci brincando com minhas próprias aventuras.
Fui capitão do meu navio que naufragava mas eu não morria.
Fui comandante das mais bravas tropas que invadiram as mais tenebrosas selvas em busca de exércitos inimigos. Me atiraram bala de canhão, pedra em fogo de catapultas, mas eu não morria.
Lutei contra dragões cuspindo fogo e mergulhei em águas infestadas de tubarões e monstros mitológicos. Sangrei por horas, mas não morria.
Até que um dia inventei de me aventurar nos bailinhos de garagem.
Transformei valsas em foxtrote e mazurcas em forró. Me vesti de Don Juan e falei como um Casanova. Porém aquele toque de lábios que até então desconhecia, me fez as pernas tremerem e o frio polar me tomou o estômago. Foi quando eu morri. De amor.
Eremita
Fui perguntar a Helenita
por onde anda seu fiote
andei a pé e de cabrita
mas esse danado tá ruim de dá o bote
ela me disse
'tu acredita, cismou agora de se isolar
diz que achou no dicionario
uma palavra bunita,
e foi se assim se aventurar'
Digo eu
'Dona Nita, este é ruim memo de enlaçar
que palavra é essa
Se não meu nome para fazê-lo tanto enfeitiçar?'
Em tremenda complicação,
para achar o palavrão
embrião, não
benedita, risca
'Sei que termina com mita
será que foi se morar nas arabias saudita?'
Até achar então
numa evidente marcação
a tal da palavra destacada:
'Erê mí tá', diz-se assim
'Pra eu, patavina...
deve ter ido pra China'