Fui
... e nem sempre fui assim, hoje melhor que ontem ou talvez amanhã melhor que hoje. As circunstâncias dirão.
Me deixei levar pelas águas misteriosas do amor, e em uma grande e linda viagem fui pra longe do meu cais para atracar em um desconhecido, hoje este cais não existe mais depois que ele foi destruído eu perdi o norte da minha vida e o nordeste do meu cais, navego sem saber pra onde vou, a deriva da minha vida, as tempestades das decepções só me fazem morrer aos poucos o dia todo, todos os dias.
Cê tá achando que eu não valho nada
E que no final eu sempre fui errada
Só porque tomou um "não" na sua cara
Agora tá tentando mudar o foco da piada
Eu lutei
Eu me entreguei
Eu fui atrás
Mas era ele que fazia seus olhos brilharem
Era para eles seus sorrisos mais sinceros
Era um ele o amor da sua vida
E eu quero que você seja feliz minha lua
Mesmo q isso signifique não ter você comigo
O ASSALTO
Anos atrás fui vitima de um assalto em frente no antigo cinema Art Palácio, 7 horas das noite, me deram duas facadas, uma no peito e outra nas costas. Na hora não senti a mínima dor, juro, só depois fui reparar no liquido quente escorrendo no peito, e olha que nem reagi, já chegaram batendo, digo furando. Peguei rapidamente um táxis na Avenida Guararapes, parecia que estava sentado num prato de papa e pernoitei no Hospital da Restauração, ficando em observação, fiz alguns exames básicos e fiquei reparado a urina pra ver se largava algum sangue, talvez precisasse de cirurgia. Pela manhã tive alta. Sangrei ainda por uns quinze dias, em casa, até cicatrizar. Na ocasião, ainda no hospital, na madrugada, parou em minha frente uma maca conduzida por uns policias militares, com um senhor que se encontrava extremamente pálido com uma marcha enorme de sangue no peito e pediu pra uns dos policiais ajeitar a mangueira de soro, e prossegui. Instastes depois retornaram correndo com ele estático, olhando o teto, entraram numa sala ao lado e o medico de plantão reparou e disse que havia morrido. Saiu uma moça, saiu chorado e soube que era dentista, que estavam noivos e contou que dois assaltantes os abordaram numa moto, na saída do antigo Cavalo Dourado e o carona, apontando uma arma, pediu o relógio dele, ele negou, prontamente, o cara atirou e pegou e xau! Não vale a pena reagir, a vida vale mais que um relógio, um celular, etc. Levaram, compra outro, quando não morre, fica aleijado. Dizem que é o momento. Pois é, momento de morrer, como aconteceu com o dentista. E não é nenhuma covardia, o outro tá armado, você não, além de favorecido pelo elemento surpresa, já tudo arquitetado, a rua, o beco, que vai correr... E pagam um alto preço, tem uma vida curta, porém, tipo, "quem com muitas pedras mexe uma lhe cai na cabeça".
(18.02.2017)
Não fui fabricado para ficar preso em casa
Enquanto a vida lá fora passa
E eu passando o tempo a te esperar.
Não fui nomeado '' coração destemido"
Para me dar por vencido, sem poder voar.
“Fui menino, moço, morto e agora transitório, também fui louco, sonhador e agora busco o que ainda não fui.”
Giovane Silva Santos
fui agraciado pela imortalidade, um dom que só me levo pro abismo profundo, há sombra da solidão, viver uma eternidade é bom mas também ruin pelo fato de vivência toda vez a perda das pessoas que amamos
Meus amores, todos, foram guerras
Contra exércitos inteiros
E eu sempre fui um Espartano:
Findava morto, jogado às traças
Mas com uma sensação honrosa
De dever cumprido.
Sou solitário, sempre fui, não sou triste por isso.
Sempre escrevi minhas poesias e filosofias, até que em uma manhã, um papel nas mãos da poesia foi ao chão, cinco dias depois, a mesma poesia me devolveu um papel.
Agora minha poesia saiu do papel e vive, vivemos, somos um só universo.
Filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Por muito tempo fui incapaz de distinguir o que era aquela coisa em segundo plano, aquele subpadrão indistinto, mas agora estou bastante certa de que se trata de uma mulher.
Roubo
Devagar eu fui entrando
A escuridão tomava lugar
Abrindo a porta, eu fui no silêncio
Ela começou a rinchar.
A sala estava vazia
O chão estava molhado
A rosa que eu deixei em cima da mesa
já tinha murchado...
Olhei em alguns cantos
Mas ali não estava.
Entrei no quarto
A porta estava amassada,
As gavetas estavam abertas,
O cofre estava arrombado.
Ela roubou o meu coração,
E ainda roubou o que tinha lá dentro,
Mas o que tinha lá
Não era nada de importante.
Era apenas um caderno
Aonde eu escrevia
O quão grande era para mim
O amor que por ela eu sentia.
Estórias- VIII- Vício… Fumar… Fumador… Fumadora…
Pra ti que como eu fui, ainda um és tal;
Dedico aqui na rede, este poema;
Não para te assustar, com este tema;
Mas para a ti mostrar, seu fazer mal!
Repara nos pulmões, de um fumador;
E compara-os com um, que não o é tal;
Pois verás, quanto andas a fazer mal;
A esses teus órgãos, com tal estupor!
Livra-te desse vício tão malvado;
Enquanto ainda tens tempo, como eu tive;
Daí, já em mim cá contar: sessenta!...
Porque sem te avisar, tal descarado;
Só serve pra matar o que em ti vive;
Por ser de VIDA, que o tal se alimenta.
Com fé em tua resiliência, por saber que não há FRACO vício, que a FORTE humano vença;
A rosa maldita fere
Constrói uma prisão de espinhos
Quase fui a Vênus por um triz
Mas na hora H
Me perdi no caminho
É isso mesmo: eu fui oficialmente cancelada! Estamos na “era do cancelamento”, onde quem comete um erro é cancelado. E, com isso, juízes de internet que são 'perfeitos e sempre acertaram' em tudo resolvem destilar ódio e sabotar a vida da pessoa em questão. E, bom, minha vida não foi tão diferente assim. Já errei muito. E todas as vezes acabei com um grande impacto disso em minha vida. As pessoas decidem que, para se confortarem, precisam apontar um deslize do outro para diminuir o delas e, assim, se sentirem perfeitas. Essa sempre foi a grande diferença entre nós: eu sempre assumi e tentei aprender e melhorar quando fui falha, já elas apenas escondem e seguem suas vidas procurando novos alvos.
É triste, dói e você se culpa. Muitas vezes perdoei tanta gente que me causou mal e no meu primeiro deslize eu já não servia mais e me tornava a pior pessoa do mundo. Esquecemos tudo que nos foi ensinado: “ame ao próximo”, “perdoe”, “ajude quem precisar de ajuda”. Bom, você não tem que manter ninguém em sua vida, principalmente se essa pessoa te machucou ou vai contra seus ideais. Mas você não pode, em hipótese alguma, semear ódio, julgar, ameaçar ou rebaixar alguém. Precisamos olhar para as pessoas com humanidade, essa mesma que perdemos há tanto tempo. Não lembramos que as pessoas têm suas próprias dores, história, sentimentos: vida!
Muita gente acaba desenvolvendo depressão, ansiedade, crise de pânico, perda de autoestima e tantos outros problemas por falta de responsabilidade alheia. Tanta gente desiste de si mesmo porque outras pessoas esqueceram a humanidade que há nelas por se acharem perfeitas, mas se fossem, acredito que, não estariam aqui. É preciso responsabilidade, empatia, compaixão, estender a mão para quem está disposto e quer melhorar o que errou, assim como você já precisou de ajuda para melhorar. Temos que parar de querer apontar tanto para os outros e olhar mais para nós mesmos, de querer controlar a vida dos outros e aprender a direcionar a nossa. Ninguém tem que carregar a culpa da sua falta de maturidade, por não conseguir assumir suas próprias broncas, e precisar apontar defeito no outro pra se sentir melhor dentro de um coração tão vazio.
Fui eu que...
Fui eu que fiz as estradas e não sei andar;
Fui eu que construir o tempo e ele não quer passar;
Fui eu que sonhei estar em alto mar, mesmo sem saber nadar;
Fui eu que comprei e não levei;
Fui eu que viajei e lá fiquei;
Fui eu que plantei flores, mas não as colhi;
Fui eu que muitas vezes mostrei os dentes, mas não sorri;
Fui eu que o tudo prometeu pra mim, e não cumpri;
Fui eu que o caminho da verdade descobrir, e em uma encruzilhada me perdi;
Fui eu seu advogado numa causa perdida;
Fui eu a chegada de uma felicidade não acolhida;
Fui eu a dor inesperada, uma morte sem despedida;
Fui eu que briguei para satisfazer a vontade,mas não abri os olhos para realidade;
Fui eu que abria o caderno e toda vez escrevia seu nome e deixava lá;
Fui eu que olhei para o Céu e a estrela que eu admirava, mudou-se de lugar;
Fui eu que beneficiava-me com a fonte e o tempo fez secar;
Fui eu que construir um lar, e ao entrar, sozinho, pus-me a chorar;
Fui eu que precisava muito de você, e você não quis um pouco de mim;
Fui eu uma história com um romântico começo e um triste fim;
Fui eu a quem muitos olharam e não viram;
Fui eu que permanecia dentro daquele coração escondido;
Fui eu que estava no mundo só e perdido;
Fui eu "amor não correspondido".